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Flamengo precisa cuidar de seus titulares


Jogadores do Flamengo tirando foto com cadeirante, torcedor do Goiás – Foto: Gilvan de Souza

BLOG DO ANDRÉ ROCHA: Dorival Júnior inseriu quatro titulares, mais o goleiro Santos, para enfrentar o Goiás na Serrinha: David Luiz, Léo Pereira, Thiago Maia e Everton Ribeiro. Os zagueiros e o volante não jogaram contra o Vélez Sarsfield na quarta, o camisa sete foi para o sacrifício na clara intenção de entregar criatividade ao meio-campo.

Não funcionou e a atuação coletiva foi apenas razoável no empate por 1 a 1. O que já vinha chamando a atenção desde a vitória suada sobre o Botafogo no Estádio Nílton Santos ficou escancarado contra o time de Jair Ventura: os reservas, principalmente no setor ofensivo, ficam bem longe de manter o nível dos titulares.

Victor Hugo oscila e é natural para seus 18 anos. Absurdo era levar o “time B” nas costas, enquanto Marinho e Everton Cebolinha produzem quase nada com seus manjados cortes para dentro na tentativa de finalizar. Para piorar, Arturo Vidal dá sinais de que está sentindo fisicamente a transição para o duro calendário brasileiro e o desempenho também caiu.

Se o gol de Diego teve a sorte do tropeço que colocou a finalização atrapalhada longe do alcance de Santos, o Flamengo novamente achou o empate com um gol meio aleatório depois de um escanteio e confusão na área, assim como contra o Ceará. Desta vez Léo Pereira disputou a bola com o goleiro Tadeu e, na sobra, Matheus França empurrou para as redes. O VAR confirmou que não houve a falta assinalada pelo árbitro de campo.

Voltando a ficar a nove pontos do líder e virtual campeão Palmeiras, é hora de focar no que importa para o time de Dorival Júnior até o final de 2022: as copas. E diante do desnível entre titulares e reservas, o treinador deve tratar como ouro o time que foi o maior achado da temporada.

Santos; Rodinei, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Thiago Maia, João Gomes, Everton Ribeiro; De Arrascaeta; Gabigol e Pedro. O 4-3-1-2 que “estreou” nos 7 a 1 contra o Tolima, jogo que será marcado como o grande ponto de virada caso o ano seja de títulos, ou apenas do tri da Libertadores.

Mas o “marco zero” foi nos 2 a 1 sobre o Santos na Vila Belmiro, com Everton Ribeiro pela primeira vez sendo usado mais recuado pela direita, como um dos meio-campistas de lado no losango, e Arrascaeta, Gabigol e Pedro criando em ataque por dentro o gol da vitória.

Esse é o time para quarta contra o São Paulo e, confirmando a vaga na decisão, também para os jogos finais do mata-mata nacional nos dias 12 e 19 de outubro e, principalmente, para a batalha de Guayaquil contra o Athletico de Felipão.

No Brasileiro, apenas para manter o ritmo de jogo, mas sem a responsabilidade de carregar o time nas costas, se desgastar e correr o risco de sofrer alguma lesão muscular. Resta ao Flamengo administrar o G-4, pelo menos até saber se terá ou não a vaga garantida na fase de grupos da próxima edição da Libertadores. Se faturar a Copa do Brasil, aí poderá dedicar-se integralmente, por dez dias, à final continental.

O sonho da tríplice coroa fica para uma temporada em que as escolhas e o planejamento estejam bem alinhados desde o início e o elenco entregue desempenho condizente. 2022 está sendo de recuperação após o desastre da “Era Paulo Sousa” e assim precisa ser tratado pelo clube.

Link do Artigo do FlaResenha

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