Os clubes brasileiros faturaram 36% do total pago pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) em premiações pelas Copas Libertadores e Sul-Americana em 2021. As duas finais realizadas em Montevidéu em novembro reuniram quatro times do Brasil, país que teve três dos quatro semifinalistas na Libertadores.
O Brasil classificou 14 times para as duas competições, mais do que qualquer outro (a Argentina colocou 13). Ganhar mais em cotas do que os demais pode ser natural, portanto, mas a diferença é grande e ocorre pelo melhor desempenho dos times nos torneios, chegando em fases finais que rendem mais dinheiro.
Com 14 clubes em 2021 nos torneios da Conmebol, o Brasil teve o equivalente de 15% do total de participantes, mas na hora da divisão dos valores levou 36% —US$ 81,9 milhões, contando as duas competições segundo dados oficiais da confederação sul-americana. A entidade distribuiu em premiações US$ 227,2 milhões.
Os clubes da Argentina, com um participante a menos em campo, somaram US$ 35,3 milhões em prêmios nos dois campeonatos, 16% do total. O Equador, que teve o Barcelona chegando à semifinal da Libertadores junto com Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo, ficou como terceiro país que mais recebeu, com US$ 19,8 milhões (8%).
Há alguns meses um movimento de insatisfação de federações menores com o poderio brasileiro, principalmente, e argentino começou, mas logo foi abafado. Das últimas cinco edições da Libertadores, o Brasil levou quatro e a Argentina uma taça. Em 2016 o colombiano Atlético Nacional foi campeão, mas antes dele somente a LDU (do Equador), em 2008, levantou o troféu sem ser brasileiro ou argentino.
A diferença é que até 2016 as cotas pagas pela Conmebol eram bem menores —em 2015, por exemplo, foram distribuídos aos clubes US$ 71,2 milhões. Com o aumento para quase US$ 230 milhões, e incremento maior principalmente a quem avança às fases finais, o fato de clubes brasileiros e argentinos chegarem mais longe acabou gerando um abismo entre eles e os demais filiados.
No momento a Conmebol tenta auxiliar o desenvolvimento em federações menores, principalmente com treinamento para profissionais e melhora de infraestrutura, tanto do profissional quanto da base. As cotas, a princípio, devem se manter sempre aumentando mais para campeão, vice e semifinalistas —havia movimento de federações menores para que prêmios em etapas intermediárias aumentassem proporcionalmente igual.
Em 2022 o Brasil tem 15 equipes nas duas competições, o que a depender do desempenho pode aumentar ainda mais o faturamento. Nesta terça-feira começa a segunda rodada das fases de grupos da Libertadores e da Sul-Americana.
VEJA QUANTO GANHARAM EM 2021 OS CLUBES DE CADA PAÍS SOMADOS (Libertadores e Sul-Americana):
Total repassado pela Conmebol: 227,2 milhões (valores em US$)
Brasil – 81,9 milhões (36%)
Argentina – 35,37 milhões (16%)
Equador – 19,87 milhões (8%)
Colômbia – 17,8 milhões (7%)
Paraguai – 17 milhões (7%)
Uruguai – 12,07 milhões (6%)
Bolívia – 11 milhões (5%)
Chile – 10,87 milhões (5%)
Peru – 10,77 milhões (5%)
Venezuela – 10,55 milhões (5%)
Brasil, cotas, Libertadores, Sul-Americana
3 visitas – Fonte: Uol
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