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São Paulo revê Flamengo com virada de ânimo para Ceni após 4 a 0 marcante


A temporada de 2021 não foi fácil para o São Paulo. Em meio a uma luta desgastante contra o rebaixamento no Brasileirão, a equipe conviveu com duas goleadas doloridas sofridas para o Flamengo: a primeira por 5 a 1, sob o comando de Hernán Crespo, e a segunda por 4 a 0, no Morumbi, já com Rogério Ceni como treinador.

Cinco meses depois do atropelo sofrido em casa, quando Ceni disse que os torcedores presentes deveriam ter sido ressarcidos, o São Paulo revê o Flamengo, hoje (17), com um ânimo diferente. Apesar da derrota na final do Paulistão para o Palmeiras, a campanha no Paulistão reviveu as esperanças são-paulinas de dias melhores em uma temporada que foi dada como “muito difícil” pelos dirigentes ainda no fim do ano passado.

Os problemas financeiros dificultaram a busca por reforços e os resultados dentro de campo em 2021 mostraram que havia muita coisa para melhorar. Uma delas era a própria autoestima da equipe. A goleada por 4 a 0 para o Flamengo foi precedida por uma preleção pouco otimista por parte do treinador, em que o principal conselho era tentar evitar a derrota. Essa foi uma das atitudes do técnico que levaram a um clima tenso no CT da Barra Funda nos primeiros meses do ano.

O tom para baixo se refletia em Rogério Ceni. Os primeiros meses comandando o São Paulo foram complicados, com poucas vitórias e o risco de rebaixamento. “Com tranquilidade não vai acontecer nada. Muito trabalho, sofrimento. Passando sufoco, mas vamos ter que de uma maneira ou outra fazer com que esse time vença. Vamos ter que jogar um campeonato à parte”, disse Ceni, na coletiva depois da goleada sofrida.

Durante o Paulistão, em que o São Paulo iniciou frequentando a zona de rebaixamento, Ceni disse que não tinha motivos para sorrir enquanto a equipe não desse resultado em campo, de modo consistente. E eles vieram justamente depois de mais uma crise. O

UOL Esporte

mostrou que

a conduta de Ceni incomodava elenco e funcionários

. Na entrevista coletiva depois da vitória por 1 a 0 sobre o Santo André, Ceni aproveitou o assunto para apontar problemas encontrados quando chegou no São Paulo: a piscina sem água, os períodos da fisioterapia, entre outros.

A declaração mudou a chave do São Paulo. O time engatou uma sequência positiva e avançou com tranquilidade para as fases finais do Paulistão. Chegou muito perto do título, ao vencer o Palmeiras no jogo de ida por 3 a 1 —o Palmeiras foi absoluto na volta e acabou com as esperanças de título.

Se uma goleada por 4 a 0 para o Flamengo abalou a confiança são-paulina no ano passado, o mesmo placar para o Palmeiras não trouxe efeito igual agora. A equipe de Rogério Ceni rapidamente se ergueu com uma vitória pelo mesmo placar sobre o Athletico, na estreia do Brasileirão.

O São Paulo encara hoje, no Maracanã, o Flamengo em busca de manter a evolução na temporada. Do outro lado, a equipe carioca ainda tenta se encontrar após polêmicas envolvendo o elenco e o treinador Paulo Sousa e os fracos desempenhos apresentados dentro de campo.

O vestiário rubro-negro, Sousa e Ceni

Paulo Sousa no banco do Fla - Heber Gomes/AGIF - Heber Gomes/AGIF

Paulo Sousa, técnico do Flamengo, durante partida contra o Atlético-GO no pelo campeonato Brasileiro A 2022.

Imagem: Heber Gomes/AGIF

O

UOL Esporte

também já mostrou que, no vestiário rubro-negro,

há uma busca por melhor conexão entre técnico e jogadores

. Paulo Sousa chegou com a missão de mudar muita coisa no dia-a-dia do Ninho do Urubu. Na teoria, pensou muita coisa. Na prática, não tem sido tão simples assim a chacoalhada encomendada.

As notícias não devem ser de tudo surpreendentes para Rogério Ceni. Ele teve uma experiência semelhante por lá. Substituto de Domènec Torrent no Flamengo —ou, o segundo na linha de sucessão de Jorge Jesus, na qual Sousa é o quarto agora —, o ídolo são-paulina até trouxe um novo sopro de esperança ao time quando assumiu o comando do Rubro-Negro, que vivia ainda uma ressaca após a passagem de Jesus e um ambiente de frustração com o catalão.

De cara, Ceni ganhou o grupo com treinos que eram elogiados internamente, mas nunca foi exatamente abraçado por parte da torcida.

O técnico resistiu a eliminações na Copa do Brasil, na

Libertadores

, mas deu a volta por cima com as taças do Brasileiro, da Supercopa e do Carioca. Aos poucos, no entanto, o clima azedou no vestiário e foi minando o trabalho do comandante.

Rogério Ceni no Ninho do Urubu - Alexandre Vidal / Flamengo - Alexandre Vidal / Flamengo

Rogério Ceni conversa com grupo de jogadores do Flamengo em treino no Ninho do Urubu

Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Ceni era tido como uma pessoa de trato mais complicado, e o apoio foi diminuindo à medida que os resultados rarearam. Com o departamento médico lotado de jogadores e muitos outros a serviço de suas seleções, ele não resistiu a uma derrota para

Atlético-MG

. Mas não é que a saída tenha sido decidida de modo simples.

Sua permanência foi debatida longamente, e uma reunião que contou com a presença de Rodolfo Landim parecia ter garantido o “fico”. Porém, a demissão se consumou na madrugada —um horário atípico, para dizer o mínimo. Rogerio, é claro, não gostou da forma como o Fla agiu. Por isso, não abriu mão de sua multa contratual, algo que nem sempre é exigido na relação entre técnicos e clubes do

futebol

brasileiro. Apesar das taças conquistadas, ele deixou o clube magoado.

Renato Gaúcho foi contratado e saiu ao final do ano. Depois de nova busca no exterior, Sousa foi o escolhido. Após derrotas para o Atlético-MG na Supercopa e para o Fluminense na final do Carioca, o português passou a ser questionado em alto e bom som. Ele tem na Libertadores e no Brasileirão as chances para recuperar o ânimo rubro-negro. Da mesma forma que aconteceu com Ceni desde o último encontro entre os times.


FICHA TÉCNICA


FLAMENGO X SÃO PAULO


Local:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)


Hora:

16h


Árbitro:

Anderson Daronco (Fifa/RS)


Assistentes:

Rafael da Silva Alves (Fifa/RS) e Michael Stanislau (RS)


VAR:

Wagner Reway (PB)


Flamengo:

Santos, Willian Arão, David Luiz e Filipe Luís; Rodinei, João Gomes, Andreas Pereira (Thiago Maia) e Lázaro; Éverton Ribeiro e Arrascaeta; Gabriel.

Técnico:

Paulo Sousa


São Paulo:

Jandrei (Tiago Volpi), Rafinha, Diego Costa, Léo e Welington; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Igor Gomes (Gabriel Sara) e Alisson; Eder e Calleri.

Técnico:

Rogério Ceni

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