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Rodinei desfruta seus dias de estrela e vê melhor temporada no Flamengo: “Redenção grande” – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 09/11/2022 às 08:01:23 Em entrevista, lateral diz que ficou emocionado ao entrar na pré-lista de Tite para a Copa, conta motivo de ter diminuído sua exposição nas redes sociais e detalha parceria com David Luiz Muitas vezes visto como o elo mais fraco do time estrelado do Flamengo, Rodinei conseguiu terminar o ano em alta, com desempenho elogiado e lugar na pré-lista do Brasil para a Copa. Foi a melhor temporada do lateral com a camisa rubro-negra.

Rodinei Flamengo x Athletico-PR Libertadores

Gilvan de Souza/Flamengo

Depois da chegada de Dorival Júnior, Rodinei ganhou mais importância no esquema tático ao se tornar uma válvula de escape pelo lado direito. Coube a ele cobrar o último pênalti da final da Copa do Brasil e decretar o título para o Flamengo.

– Um jogador desacreditado e muitas vezes perseguido por muitas pessoas, que disseram não ter nível para o Flamengo, e hoje poder desfrutar esse ano e ser um dos protagonistas do time é maravilhoso – afirmou Rodinei.

Rodinei tem contrato até o fim deste ano e seu futuro ainda está indefinido. Em entrevista ao ge, o lateral contou que ficou mais longe das redes sociais este ano e explicou detalhes de como a parceria fora de campo com David Luiz o ajudou a ser um profissional melhor.

Rodinei explica o lance do gol e a sua relação com a torcida do Flamengo

Ge: O Dorival tem te chamado de “Ródnei” em algumas entrevistas. Afinal, qual a forma certa de falar seu nome?

Rodinei: Ele me chama de um monte de coisa. Eu falei para o professor: “Pô, meu nome é Rodinei. Pode me chamar de Rôdi, Ródi…” . Mas ele muda várias vezes. O Dorival é um cara sensacional, virou um paizão para mim. Só tenho gratidão por ele, pode me chamar do que quiser, o importante é que me coloque para jogar (risos).

Você acredita que, aos 30 anos, conseguiu alcançar o auge da sua performance?

Desde que eu comecei, trabalho para ter momentos como os que eu tive em 2022. Nos anos anteriores não conseguir esse nível tão alto. Em 2014 e 2015, na Ponte Preta, foi sensacional para mim. Quando chego ao Flamengo em 2016, tinham seis, sete clubes que me mandaram proposta. Já tive outras temporadas boas, mas a dimensão no Flamengo é diferente. No Flamengo, posso dizer, sim, que 2022 foi a minha melhor temporada. Isso foi com muito trabalho, muito esforço.

Rodinei converte pênalti do título e leva torcida do Flamengo ao delírio

Você mesmo ficou surpreso com o nível da redenção que conseguiu?

Não fico surpreso porque eu sempre soube da minha qualidade. Muitas vezes alguns treinadores fazem o jogador se adaptar ao estilo dele. Quando chega um e fala para fazer as coisas como se sente bem, é onde mostramos o talento. E todos sabem que não sou um grande marcador, não precisam ficar me falando isso toda hora. Eu sei das minhas limitações. Se eu fosse um grande marcador, um cara que ataca muito bem e faz gols todos os jogos eu estaria no Bayern de Munique, no Real Madrid, e não no Brasil, com todo o respeito. Não é que eu faça o que eu quero, mas o Dorival me dá liberdade de ir para cima. É uma redenção grande, mas eu sabia do meu potencial.

Como você encarou o retorno ao Flamengo depois da passagem pelo Internacional? Na ocasião o time tinha o Isla, o Matheuzinho…

Quando tive a chance de ir para o Inter fiquei feliz porque vi a vontade do clube de me levar. Quando eu volto, voltei com confiança. O Inter não exerceu o direito de compra. Minha expectativa no retorno era alta porque tinha feito uma boa temporada no Inter, e precisava demonstrar meu valor no Flamengo.

Tinha Matheuzinho, Isla, que são excelentes laterais, mas no futebol cada um luta pelo seu espaço. É uma coisa de momento. Continuei trabalhando, e agora o professor Dorival armou um esquema que me favorece. Eu sou o desafogo pela lateral. Me pede para atacar, ir para cima, fazer o que eu realmente me sinto à vontade. Tem treinador que quer que você faça coisas que você não está feliz de fazer. Com o Dorival foi diferente. Falou da minha força, da minha capacidade no um contra um. Só escutei e coloquei em prática.

Aquele Flamengo x Internacional em 2020 foi um capítulo à parte. Um torcedor pagou a multa para você enfrentar o Flamengo, e você, depois de quase fazer um gol, acabou expulso. Qual sua recordação?

Aquele jogo envolveu muitas emoções. O torcedor foi lá e pagou a multa. Eu sabia da minha importância para o Inter, o Abel Braga já tinha me dito que, independente do que o torcedor fez, o clube estava disposto a pagar. Lá me deram muita confiança. No jogo pode acontecer tudo. Chutei uma bola na trave no primeiro tempo e poderia ter feito o gol e dado o título ao Inter. Depois, numa infelicidade eu fui dominar a bola e ela escapou. Acabei acertando o Filipe.

Com o VAR é complicado. O cara vai lá olhar em câmera lenta e acha que o lance foi um absurdo. Mas fiz de tudo para ajudar o Inter. Futebol é assim. Depois voltei ao Flamengo e os meus companheiros me receberam muito bem. Agora eu sou o jogador mais antigo no elenco, porque cheguei em janeiro de 2016, e o Diego em julho. Já sei o que é viver o Flamengo.

Sete anos não são sete dias, né. Eu digo aos garotos que eles têm que me respeitar (risos). Mas trato todos na resenha, com humildade. Quando faz o gol do título da Copa do Brasil, todos correm atrás de mim para comemorar. Tenho muita gratidão por esse carinho.

Após revisão no VAR, o árbitro expulsa Rodinei, aos 3 do 2ºT

Depois do título você e o David Luiz falaram muito da relação de vocês, do quanto ele foi importante para você nesta temporada. De que forma ele te ajudou?

O David virou um irmão mais velho. Desde a primeira vez que me viu treinar enxergou potencial, acreditou em mim: “Não sei por que você não joga, por que não tem uma temporada fantástica. Você tem tudo, o físico, a qualidade técnica… várias coisas que nem na Europa eu vi”. Me deu muita moral.

A partir disso, disse que eu poderia contar com a ajuda dele. Na entrevista, ele conta que estou sempre na casa dele para assistirmos a jogos europeus e analisar o posicionamento dos jogadores. Chegar cedo no treino foi a primeira coisa que fizemos. Ele disse: “A partir de agora, vamos ser os dois primeiros a chegar. Se for às 9h, 7h vamos estar lá”. E assim eu comecei. Mudou totalmente a forma de eu ver o jogo.

Eu vim do interior da São Paulo, Tatuí, e não foi nada fácil. Quando chega num time grande, quer fazer uma graça dentro de campo, mas não entende o que é o futebol. É muito estudo, ter um plano, ver o adversário que vai enfrentar. E eu não tinha esse costume. Quando o David me oferece ajuda, um cara que ganhou Champions e disputou Copa do Mundo… apesar de eu ter 30 anos e não ser novinho, precisei ter a humildade de que precisava aprender. Foi quando comecei a perguntar a ele também. Os frutos estão aí. Já agradeci a ele várias vezes por tudo o que fez por mim.

Nesses jogos que você e o David Luiz assistiram juntos algum time ou lateral se tornou uma referência?

A gente via mais o posicionamento, aí o David dizia onde o jogador ia bem ou não ia bem. Ele é muito inteligente. Assistimos jogos do Chelsea, Liverpool, Manchester United… tudo. “Agora o lateral fechou, agora não fechou”. Na final da Libertadores tem uma bola que acontece e eu tinha muita dificuldade, quando o lateral-direito adversário cruza e o atacante atropela o lateral. É muito difícil marcar. Na final teve um lance assim. O atacante estava atrás de mim, aí eu jogo meu corpo em cima dele e consigo tirar a bola. Então, o David me ajudou muito nisso.

Teve alguma mudança também no seu jeito de ser? Porque você sempre foi o cara brincalhão, irreverente, e muitas vezes esse lado chamou mais atenção do que as coisas que você fazia em campo.

Nunca foi uma preocupação, mas claro que às vezes incomoda, porque quero ser lembrado pelo que faço dentro de campo. Não entro em campo para dar risada e brincar, sou profissional. Entro para dar a vida. Mas não vou perder a minha essência, não desfrutar da vida. Rodinei fechando a cara para todo mundo? Não. Nas redes sociais às vezes eu dava uma exagerada nas brincadeiras, mas isso eu mudei. Passei a ocupar mais meu tempo vendo jogos, me concentrando.

Mas quando fomos campeões, sou o primeiro a fazer as brincadeiras. Espero que agora que eu fiz esse ano espetacular as pessoas vejam que é meu jeito, mas que eu dou a vida para ajudar o Flamengo.

Qual foi a sensação de estar na pré-lista dos 55 jogadores feita pelo técnico Tite para a Copa do Mundo?

Primeiro não tinha saído o meu nome nem o do João Gomes. Quando fiquei sabendo, foi uma emoção muito grande, como se eu tivesse sido convocado. Estar numa lista de tamanha importância não é para qualquer um. Agradecer a todo mundo que esteve junto comigo nos momentos bons e ruins. Vou levar isso para o resto da vida.

Agora é seguir trabalhando porque com 30 anos ainda tenho muita lenha para queimar. Seleção não é uma coisa que vou desistir, ainda tenho tempo pela frente. Se tiver a oportunidade, será uma honra.

Como foi chegar no estádio e ver a torcida do Flamengo gritando “Fica, Rodinei”?

O torcedor é assim. Pode um dia estar te vaiando, aí você faz um gol e começam a te aplaudir. Eu também já fui torcedor, sabemos como é. Olhar do camarote é fácil, mas quando entra dentro de campo não é fácil não. Só para deixar um recadinho.

Mas eu brinco com meus amigos e digo que já fui vaiado no Maracanã com 70 mil pessoas e depois aplaudido por 70 mil quando fiz o gol do título do Carioca. Importante é ter resiliência. Mas ouvir o “Fica, Rodinei” na partida contra o Corinthians, não tem como não emocionar. Fiquei até meio travado dentro de campo. Graças a Deus consegui escrever meu nome na história do clube. Agradeço todo o carinho.

Um jogador desacreditado e muitas vezes perseguido por muitas pessoas, que disseram que o Rodinei não tem nível para o Flamengo, e hoje eu poder desfrutar esse ano e ser um dos protagonistas do time é maravilhoso. Só tenho gratidão.

Tem alguma chance de permanência na próxima temporada?

Não depende só de mim. O Flamengo deve estar esperando terminar o Brasileiro, mas essa bola eu jogo para o meu empresário. Não posso sentar na mesa e negociar, não tenho esse poder. Deixo para o meu empresário decidir com a diretoria.

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