O
Flamengo
derrotou o
Atlético-MG
por
1 a 0 no sábado (30)
e diminuiu a diferença de pontos na disputa pelo título brasileiro para dez, sendo que tem dois jogos a menos que o clube mineiro, mas a atuação do time comandado por Renato Gaúcho foi bem diferente ao que torcedor rubro-negro se acostumou nos últimos tempos, com o time se defendendo durante a maior parte do tempo.
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Posse de Bola #174
, Mauro Cezar Pereira afirma que, diante das circunstâncias, com o time vindo de eliminação para o Athletico-PR e a pressão sobre o técnico Renato Gaúcho, a estratégia para a vitória diante do Galo foi válida, mas que não é o que se espera de um elenco com tamanho investimento como o do clube carioca, atual bicampeão nacional.
“Renato empilhou defensores e meio-campistas para segurar o resultado. Ok, a estratégia para o jogo foi vitoriosa, mas o Flamengo não pode ter um time de R$ 200 milhões para jogar assim. Para esse jogo, especificamente, podemos até entender. Vindo de uma eliminação vergonhosa pela maneira como perdeu para o Athletico-PR. Eu entendo as circunstâncias, mas achar que essa vai ser a maneira de o Flamengo jogar, pelo amor de Deus. Primeiro que os adversários não vão oferecer ao Flamengo essa possibilidade, não vão para cima como o Atlético-MG teve que ir a partir dos 25 minutos, quando tomou 1 a 0, especialmente. Você não vai encontrar esse cenário”, diz Mauro.
“Se ganha do Atlético-MG, é claro que é para o torcedor ficar eufórico, mas essa não é a forma como você imagina que o time dos R$ 200 milhões, como fala desde os tempos do
Grêmio
o Renato Portaluppi, vai jogar. E o Atlético-MG com uma atuação muito ruim de um Cuca que ainda quis brigar lá na entrada do vestiário, uma cena patética também. Valeu para esse jogo, não vale para os próximos”, completa.
O jornalista também afirma que o nível do
futebol
apresentado tanto pelo Rubro-negro, quanto pelo Galo, foi muito abaixo do esperado, mas que mostra também como trabalham os técnicos do futebol brasileiro em sua maioria.
“O jogo foi a cara dos técnicos brasileiros. Eu entro em campo com qual propósito independentemente de ter elenco, estar desfalcado ou completo? O Flamengo desfalcado e o Atlético-MG completo, o Atlético-MG fora e o Flamengo em casa com a torcida apoiando muito, o tempo todo, então você tem ali uma situação em que há pontos positivos e negativos para um e para outro e você vê o quê? Eu quero fazer um gol e depois vou me defender, essa é a proposta dos dois. Se tivesse que colocar junto com a escalação na súmula, estratégia, os dois colocariam a mesma estratégia, marcar um gol, sabe-se lá como e me defender com unhas e dentes para contra-atacar”, diz Mauro.
“Se esse jogo fosse mostrado para o mundo inteiro como modelo do que é o Campeonato Brasileiro da Série A, as pessoas cancelariam as assinaturas. Não quero ver, quero ver o campeonato da Ucrânia, que é melhor do que esse negócio aí”, completa.
Em relação ao fato de
Gabigol
mais uma vez ter tido atuação discreta, Mauro Cezar considera que isso se dá pela forma como o Flamengo tem atuado sob o comando de Renato Gaúcho, que na sua visão, não privilegia o estilo de jogo do atacante.
“O Gabigol não está jogando nada porque o time não favorece o time favorece aos zagueiros, Léo Pereira e Gustavo Henrique jogaram bem por que? Protegidos ali, espaço curto, tirando bola, o adversário não criava nada. Difícil para os zagueiros é jogar lá em cima, pressionando os adversários, que é como o Flamengo deveria jogar sempre, exceto nesse jogo, até compreendo, mas essa não pode ser a proposta do Flamengo, o Flamengo não pode virar o time do Abel Ferreira era só o que faltava”, conclui.
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