Sorteio dos grupos da Libertadores será nesta sexta-feira, às 12h (de Brasília), com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+ e no Youtube e Facebook da ESPN
Os oito representantes do Brasil na fase de grupos da
Conmebol Libertadores
conhecerão nesta sexta-feira (25) quem serão os adversários na briga por vagas no mata-mata do torneio mais importante da América.
O sorteio está marcado para 12h (de Brasília)
e terá
transmissão ao vivo pela ESPN no Star+
.
Cabeças-de-chave,
Palmeiras
,
Flamengo
,
Atlético-MG
e
Athletico-PR
já sabem que, em um primeiro momento, escaparam de
River Plate
e
Boca Juniors
, sempre temidos e apontados como candidatos ao título. Mas as duas pedreiras ainda podem cair nas chaves de outros brasileiros, como por exemplo o
Corinthians
.
É claro que a criação de um grupo encardido vai muito além de topar com Boca ou River logo de cara.
Tradição, boa fase recente, altitude e outros fatores
são coisas a serem evitadas, se possível, para ter uma fase de grupos mais tranquila rumo às oitavas de final.
Pensando nisso, o
ESPN.com.br
analisou os 24 possíveis rivais dos clubes brasileiros, tentando traçar problemas, pontos fortes e se é preciso temer ou não determinados adversários. Afinal,
é melhor torcer para cair junto ou evitar de qualquer maneira?
Veja abaixo um raio-X de cada equipe e cruze os dados, porque tal time pode – ou não – entrar no seu caminho…
POTE 1
Com seis títulos de Libertadores, o Boca Juniors é temido por qualquer adversário que entre no seu caminho,
principalmente quando joga em La Bombonera
. Em relação a brasileiros, o retrospecto é positivo no torneio continental.
Em 59 partidas, venceu 25, empatou 18 e perdeu 16 vezes
. Cabeça de chave na atual edição, o
Xeneize
tem Sebastián Battaglia, ex-jogador e campeão da Libertadores pelo clube, como técnico. Ele substituiu Miguel Ángel Russo, demitido em agosto de 2021.
No elenco, o trio de ataque formado por
Sebastián Villa, Dario Benedetto e Óscar Romero
é a esperança da torcida. A defesa também não deixa a desejar. Com o quarteto experiente formado por
Fabra, Rojo, Izquierdoz e Advíncula
, levou somente seis gols em sete partidas disputadas no Campeonato Argentino. Pedreira, claro, para quem estiver no caminho.
Tricampeão continental,
o Nacional vem acumulando decepções nos últimos anos
dentro dos torneios sul-americanos. Atual vice-campeão uruguaio, o time
foi eliminado na fase de grupos da última Libertadores
e não conseguiu passar pelo rival Peñarol nas oitavas da Copa Sul-Americana.
Em início de trabalho com o técnico Pablo Repetto, acumula resultados negativos no Uruguaio, com
uma vitória em seis jogos
. Será sempre temido pela tradição que possui no torneio, mas, atualmente,
não desponta como uma das grandes forças do continente para rivalizar com as principais equipes brasileiras
.
Terceiro maior campeão da Libertadores
, com cinco títulos e atrás apenas de Boca (6) e Independiente (7), o Peñarol deu fim a uma seca de três anos sem troféus nacionais e foi campeão uruguaio em 2021. Com isso, conquistou a vaga direta à fase de grupos. Depois de ficar fora da edição passada, o clube tenta quebrar um jejum de títulos continentais
que já dura desde 1987
. Pelas últimas campanhas, porém, não tem se mostrado uma verdadeira ameaça em Libertadores –
desde 2012, os aurinegros não passam da fase de grupos
.
Porém, como todo clube tradicional no futebol sul-americano, o
Peñarol pode ser um adversário perigoso
. Principalmente quando os jogos acontecem em Montevidéu, no Estádio Campeón del Siglo. Em 2017, por exemplo, apesar da vitória sobre a equipe da casa, o Palmeiras viveu momentos de tensão no local após uma confusão generalizada depois do apito final.
O time atual do Peñarol é uma mescla entre jogadores experientes, como o meio-campista Walter Gargano, de 37 anos, e jovens, como o atacante Ignacio Laquintana, de 23 anos
.
Quatro vezes campeão da Libertadores,
o River Plate entra no sorteio como o líder do ranking de clubes da Conmebol, prova de sua força na história e também nas últimas edições da competiçã
o. Cabeça-de-chave, os argentinos não poderão cair no mesmo grupo de Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG ou Athletico-PR entre os brasileiros, mas serão preocupação, claro, caso enfrentem qualquer outro time do país.
Sob o comando de Marcelo Gallardo, o River ainda poderá contar nos grupos da Libertadores com
o artilheiro Julián Álvarez
, já negociado com o
Manchester City
, mas que só se apresenta na Inglaterra depois de julho. Além dele, os Milionários ainda contam com um nome que foi alvo de muitos clubes brasileiros,
Ezequiel Barco
, contratado no início do ano; e
Juan Quintero
, outro reforço de peso para a temporada.
POTE 2
Nem pedreira, nem “baba”. Atualmente no pote 2,
o time paraguaio chega credenciado como campeão do Clausura
e pode cruzar o caminho de diversos brasileiros, como Palmeiras, Atlético-MG, Athletico-PR e Flamengo, integrantes do pote 1. E o Cerro se reforçou bem para a competição sul-americana.
Neste ano, trouxe dois velhos conhecidos do futebol brasileiro:
Piris da Motta, ex-Flamengo, e Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro, Flamengo e Grêmio
. Além disso, conta com a joia Fernando Ovelar, de 18 anos. Ele é conhecido por ter feito um gol contra o Olimpia quando ainda tinha 14 anos.
Depois
de quase ser rebaixado no Campeonato Chileno no início de 2021
, o Colo Colo retorna ao maior torneio da América com o vice-campeonato nacional da última temporada. Campeão em 1991,
o time não passou da fase de grupos em 10 das últimas 12 participações na Libertadores
, sendo eliminado nas fases preliminares em três oportunidades. Não deve impor sérias dificuldades às grandes potências do Brasil que ocasionalmente o enfrentarem na fase de grupos.
No mesmo pote que o Corinthians no sorteio,
o Emelec tem a altitude de pouco mais de 2.500m de Guayaquil como grande aliada para colocar alguma preocupação para os possíveis rivais nos grupos da Libertadores
. Atual vice-campeão de seus país, os equatorianos também fazem seu retorno à principal competição do continente após ficar de fora das edições de 2020 e 2021 –
será sua 29ª aparição no torneio
.
Já dentro de campo, o Emelec não parece impôr tanto respeito assim em 2022. O momento, pelo menos, não é dos melhores.
São três jogos sem vencer no Campeonato Equatoriano, com duas derrotas nas últimas partidas
, uma delas para o modesto Gualaceo, recém-promovido. Os
resultados colocaram pressão sobre o técnico Ismael Rescalvo, que convive com pedidos de demissão de torcedores em seu quarto ano no clube
. Após o vice-campeonato local na última temporada, o time teve como principal reforço o atacante Alejandro Cabeza.
Com apenas 64 anos de existência, o Del Valle tem obtido certo sucesso nos últimos anos. Conhecido por ser um clube formador,
chegou à decisão da Libertadores em 2016
, após eliminar Boca e River, além de conquistar a Sul-Americana de 2019, ao bater o Colón na final.
O atual elenco não foge das origens do clube desde que foi adquirido por Michel Deller, em 2007. Com uma média de idade de 25 anos, o Del Valle tem como principal nome
Junior Sornoza
. Velho conhecido dos brasileiros, o meia equatoriano passou por Fluminense e Corinthians no Brasil, retornando ao clube que o revelou no final de 2021.
Além do meia, o Del Valle tem no banco de reservas mais um nome interessante como técnico. Depois de Pablo Repetto e Miguel Ángel Ramírez, a diretoria equatoriana aposta no português Renato Paiva, que chegou a ser ventilado no Santos na atual temporada. A altitude pode ser uma arma forte do Del Valle. Por mandar os jogos no Estádio Casablanca, da LDU, em Quito, já possuiu resultados expressivos,
como o 5 a 0 no Flamengo em 2020
.
Outro que nem é pedreira, nem baba. A equipe paraguaia garantiu classificação direta à fase de grupos pelo título no Apertura da última temporada. Apesar de ser figura constante nas últimas edições de Libertadores,
a equipe não costuma ir muito longe
. O máximo que conseguiu em anos recentes foi disputar a quartas de final em 2020, fato que ocorreu também em 2007, 2011 e 2012. Em 2006, alcançou a semifinal, ao perder para o
Internacional
, que seria o campeão.
Atualmente no pote 2, pode cair na chave dos brasileiros Atlético-MG, Athletico-PR, Flamengo e Palmeiras. No seu elenco, o Libertad tem velhos conhecidos do futebol brasileiro, como o goleiro
Martín Silva
, ex-Vasco, o lateral
Ivan Piris
, ex-São Paulo, e o veterano
Roque Santa Cruz
, de 40 anos. Longe de ser um favorito, mas não dá para tratar como “cachorro morto”.
Tetracampeã seguida do Campeonato Chileno, a Universidad Católica vem para a disputa da quarta Libertadores consecutiva e está no pote 2 do sorteio.
Se no Chile o retrospecto é vitorioso, na Libertadores não pode ser dito o mesmo
. Nas últimas três participações, duas quedas na fase de grupos e, em 2021, nas oitavas para o Palmeiras. Nos últimos dez jogos contra brasileiros pela competição, são sete derrotas. Ao todo, são 34 partidas disputadas, com 11 vitórias, seis empates e 17 derrotas.
Com o ex-auxiliar Cristian Paulucci como treinador desde setembro de 2021
, a Católica tem como peça-chave alguns jogadores experientes que estiveram na disputa das últimas três Libertadores. José Fuenzalida, ex-Boca, Luciano Aued, ex-Racing, Diego Buonanotte, ex-River Plate, e Fernando Zampedri, ex-Atlético Tucuman e Rosário Central, formam a espinha dorsal do time.
Para a atual temporada, dois nomes chegaram para ajudar.
Fabián Orellana
, experiente jogador chileno que atuou por Valencia e Celta de Vigo, além de
Yamil Asad
, ex-Vélez e que estava na MLS, foram contratados para elevar o patamar do ataque. Atualmente, a Católica ocupa a 8ª colocação no Campeonato Chileno após sete rodadas.
Campeão da Libertadores em 1994, o Vélez
foi o melhor colocado na tabela geral argentina em 2021
e disputará a competição continental pela
16ª vez na história
. No ano passado, a equipe de Buenos Aires caiu nas oitavas de final para o Barcelona de Guayaquil-EQU. Além disso,
de 2004 para cá, o time avançou para o mata-mata em todas as edições que disputou
. Contra equipes brasileiras, o retrospecto é equilibrado. São 44 jogos na história, com 16 vitórias, 10 empates e 18 derrotas.
Portanto,
ter o Vélez no grupo pode ser complicado
, ainda mais quando precisar ir ao Estádio José Amalfitani. Com capacidade para quase 50 mil espectadores, a casa do clube argentino é uma espécie de “caldeirão”. Como toda equipe argentina, é um adversário perigoso. No elenco, também há alguns rostos conhecidos,
o principal deles o atacante Lucas Pratto
, ex-Atlético-MG, São Paulo e River Plate.
POTE 3
Segundo clube com mais títulos peruanos na história (24)
, atrás apenas do arquirrival Universitario, o Alianza Lima é o atual campeão nacional e voltou à Libertadores depois de ficar fora da última edição. E apesar de toda a tradição no seu país,
nunca chamou atenção por suas campanhas na Libertadores
, apesar das 27 participações. Ainda sem nenhum título conquistado, o Alianza
só passou da fase de grupos três vezes na história
desde a primeira participação, em 1963. A última vez foi em 2010.
Não deve ser um adversário perigoso se cair em algum grupo com clube brasileiro. O retrospecto contra equipes do Brasil também fala por si só: são
28 derrotas e apenas duas vitórias em 30 jogos
. No elenco atual, o Alianza tem dois rostos bem conhecidos no ataque: o argentino
Hernán Barcos
, ex-Palmeiras e Grêmio, e ainda
Jefferson Farfán
, de 37 anos, que é um dos grandes ídolos do futebol peruano recente.
De cara, é difícil dizer que o Caracas é um rival temido para os clubes brasileiros. Apesar de estar em sua 15ª Libertadores, sendo a quarta participação consecutiva, falta ao time venezuelano uma campanha de destaque ou consistência para se tornar um adversário que imponha mais respeito. Até aqui,
o máximo que chegou foi às quartas de final, uma única vez, em 2009
.
É o atual vice-campeão venezuelano, mas soma resultados irregulares até aqui em 2022: uma vitória, dois empates e uma derrota na liga nacional, tendo sofrido cinco gols e marcado apenas três.
O elenco é basicamente inteiro de jogadores locais
, com exceção dos atacantes Akinyoola (Benin), Oguns (Nigéria), Ovando (Equador) e Bonsu (Gana). Joga no Estadio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela.
Também no pote 3, o Red Bull Bragantino é o único clube do país que já sabe que não estará no mesmo grupo que o Colón. Para os demais,
enfrentar times argentinos sempre costuma ser complicado, e a equipe de Santa Fé vive o melhor momento de sua história de 116 anos
. Em 2021, por exemplo, conquistou seu primeiro título de primeira divisão na Argentina, o que lhe garantiu vaga para sua terceira disputa de Libertadores.
Da equipe que foi campeã da Copa da Liga Profissional argentina, o Colón perdeu seu técnico, Eduardo Domínguez, que foi para o Independiente.
No banco na Libertadores, porém, o time terá um nome de bastante experiência, Julio César Falcioni
, vice-campeão com o Boca Juniors em 2012. Já dentro de campo, a equipe segue com
Luis Miguel Rodríguez, “El Pulga”
, de 37 anos, destaque do título de 2021 e também do vice da Copa Sul-Americana de 2019; e um velho conhecido dos brasileiros,
Ramón Ábila
, ex-Cruzeiro, no ataque.
Campeão do Torneio Finalização do Campeonato Colombiano em 2021, o Deportivo Cali é um dos grandes de seu país e já foi vice-campeão da Libertadores duas vezes, em 1978 e 1999. Será seu retorno à competição sul-americana após cinco anos de ausência, mas é um sonho distante imaginar que o clube possa repetir uma dessas campanhas saindo do pote 3, o mesmo do Red Bull Bragantino.
Na liga local, por exemplo, nesta temporada, ocupa a penúltima posição, com só duas vitórias em 12 jogos – foram oito derrotas.
Não faltam, porém, caras conhecidas para os brasileiros.
O técnico, por exemplo, é Rafael Dudamel, que teve breve passagem pelo Atlético-MG e foi campeão em 2021
. Em campo,
Yony González
, ex-Corinthians, Fluminense e Ceará, compõe o elenco, assim como o veterano
Téo Gutiérrez.
Uma das grandes referências técnicas da equipe no título da última temporada,
Harold Preciado
, porém,
deixou o clube rumo ao Santos Laguna, do México.
Presente no pote 3 do sorteio,
o Táchira é o adversário ideal para estar no grupo de uma equipe brasileira
. Com 26 jogos contra times do Brasil,
são apenas três vitórias
. Os únicos triunfos aconteceram na Venezuela contra Internacional, em 2021 e 1989, e Santo André, em 2004.
Segundo maior campeão venezuelano – é o atual vencedor -, o Táchira, nas últimas sete edições da Libertadores, ficou fora de apenas uma (2019).
No entanto, se não caiu na pré, ficou na fase de grupos
. Em 2022, o clube de San Cristóbal fez uma mudança drástica no elenco, com a contratação de 14 novos jogadores.
Treinado pelo espanhol Alex Pallarés, o Deportivo Táchira tem na joia Yerson Chacón o nome de esperança, tanto técnica quanto financeira. O jovem de 18 anos estreou na equipe principal com apenas 14 e, desde 2020, tem sido o grande nome do clube.
Em 2021 foi o MVP do Campeonato Venezuelano
. Em 42 jogos, marcou 10 gols e deu oito assistências na campanha do título do Táchira.
Finalista da Libertadores em 1997, quando foi derrotado pelo Cruzeiro, o time peruano não passa da fase de grupos desde 2004, acumulando
12 eliminações precoces na competição
. No ano passado, caiu na chave do São Paulo, para quem perdeu dentro e fora de casa. Atual vice-campeão peruano, o Cristal vem de início de temporada negativo: a equipe é apenas a 11ª colocada do Apertura, com apenas duas vitórias em seis jogos.
Famoso no Brasil por ter eliminado o Corinthians na fase prévia, em 2011
, o Tolima retorna à fase de grupos pela primeira vez desde 2019. O time é o atual campeão do torneio Apertura de 2021 da Colômbia e
é o terceiro colocado da edição 2022
, atrás de Millonarios e Atlético Nacional. A equipe ainda aposta na
altitude de 1.285 metros
da cidade de Ibagué. Mesmo assim, nunca conseguiu passar dos grupos na Libertadores. Será capaz de aprontar dessa vez?
POTE 4
O Always Ready vai disputar a terceira Libertadores de sua história, a segunda consecutiva, e, entre os brasileiros, só não poderá enfrentar América-MG e Fortaleza, também no pote 4. O
grande trunfo dos bolivianos, claro, é a altitude: o time joga a mais de 4.090 metros acima do mar, em um dos estádios mais altos do mundo
. O Internacional, em 2021, por exemplo, sofreu com isso e foi derrotado por 2 a 0 no Estádio Municipal de El Alto, nos arredores de La Paz.
O clube vive franca ascenção no cenário boliviano nos últimos anos e foi
vice-campeão nacional em 2021
. A expectativa é desempenhar um melhor papel na Libertadores em relação à última temporada, quando acabou eliminado na primeira fase – embora não tenha perdido para o Inter nem em Porto Alegre (empate em 0 a 0), o time tomou uma sonora goleada de 7 a 2 para o Deportivo Táchira, da Venezuela.
Dentro de campo, algumas situações curiosas:
Loco Abreu, aquele, chegou a ser técnico do Always Ready em 2022, mas deixou o comando após apenas quatro jogos
– ganhou um, empatou outro e perdeu dois. Menos ainda durou Cristaldo, ex-Palmeiras, no clube: foi contratado, viajou para a Bolívia, mas desistiu do negócio por discordâncias contratuais.
Há ainda um brasileiro no elenco: Kelvin, ex-Porto, Vasco, Palmeiras, São Paulo, entre outros.
De volta para a competição depois de três anos ausente, o tetracampeão da Libertadores
conseguiu a última vaga argentina para esta edição do torneio
. Nas fases preliminares, conseguiu eliminar Audax Italiano e Everton, dupla do Chile.
No Argentino, o time de Ricardo Zielinski lidera seu grupo, com somente uma derrota em quatro partidas. Suas campanhas recentes, porém, não são de tanto destaque no torneio nacional, com o melhor resultado tendo sido em terceiro lugar em 2017.
Obviamente dará trabalho, pela tradição, pels boa fase recente e por poder formar um “grupo da morte”
, justamente por estar no pote teoricamente mais frágil do sorteio.
Campeão boliviano inédito em 2021, o clube da cidade de Sucre
disputará pela primeira vez na sua história
a Libertadores. E logo de cara na fase de grupos. Fundado em 1932, o Independiente tem pouca tradição na América do Sul, porém, o que pode dificultar os seus adversários é a altitude.
Sucre está situada a 2.810 metros acima do mar
, o que de cara já é um adversário à parte para os confrontos na Bolívia e já dificultou a vida de muitos clubes brasileiros.
O estádio em que o Independiente manda os seus jogos é o Olímpico Patria,
com capacidade para um pouco mais de 30 mil pessoas
. O elenco da equipe boliviana é bastante diversificado, mas “desconhecido” e com um investimento inferior ao de qualquer clube brasileiro. A maioria (21) é de jogadores nascidos nos país, mas também há argentinos, paraguaios, colombianos, equatorianos e venezuelanos no plantel.
Até hoje o único clube paraguaio campeão da Libertadores (são três títulos), o Olimpia chega para a sua
44ª participação na competição continental e disputará a fase de grupos pelo quarto ano consecutivo
. A equipe da capital Assunção chega motivada, já que, nas prévias, deixou para trás César Vallejo,
Atlético Nacional
e
Fluminense
em sequência. E contra os brasileiros, na última fase eliminatória, o Olimpia reverteu uma desvantagem por 3 a 1, no primeiro jogo, para vencer o Tricolor nos pênaltis.
E como todo clube de camisa pesada no futebol sul-americano,
o Olimpia pode ser uma pedra no sapato para qualquer brasileiro
. Na última edição, por exemplo, o clube eliminou o Internacional nas oitavas. E o histórico de eliminações contra brasileiros é grande. Ou seja, ter o clube paraguaio no grupo pode ser perigoso. No elenco atual, o Olimpia também tem alguns rostos conhecidos pelo torcedor brasileiro.
O principal deles, o camisa 10 Derlis González, que teve uma passagem pelo Santos
.
No Brasil, a imagem recente do Talleres
é de quem eliminou o São Paulo, na segunda fase prévia em 2019
. Um resultado que não pode ser desprezado, claro, mas que foi inegavelmente o auge do clube argentino na Libertadores. Até aqui,
são apenas dez jogos em duas participações, em 2002 e 2019
, e nem chegou à fase de grupos na campanha mais recente. A tendência é que não imponha medo nos brasileiros que eventualmente caírem em sua chave.
Seu técnico é Guillermo Hoyos, argentino de 58 anos que levou a Universidad de Chile ao título nacional em 2017.
Até aqui, em seis jogos, não ganhou nenhum
(dois empates e quatro derrotas), o que já coloca pressão sobre o trabalho recém-iniciado. O Talleres se classificou como
terceiro colocado do Campeonato Argentino
, atrás apenas de River Plate e
Defensa y Justicia
, e conta com um grupo jovem, com apenas três atletas acima de 30 anos.
Ao falar em The Strongest, a primeira coisa que aparece na mente dos torcedores brasileiros
é a temida altitude de 3.625 metros de La Paz
. De 30 jogos, apenas nove vitórias brasileiras por lá. E apenas uma dos bolivianos fora dos seus domínios.
Dominante na Bolívia, com 15 títulos conquistados, sendo o 3º maior vencedor nacional, disputou as últimas 11 edições do torneio continental.
No entanto, jamais passou das oitavas de final
. A equipe treinada pelo argentino Cristian Díaz tem no trio ofensivo a esperança para a fase de grupos, já que ajudaram a decidir na pré-Libertadores.
Rodrigo Amaral, ex-Nacional e Racing, com dois gols, Martín Prost, com também dois tentos, e Enrique Triverio, ex-Racing, Toluca e Huracán, com um gol e uma assistência, participaram de todos os gols da equipe no torneio até o momento.
* Colaboraram Artur Rocha, Guilherme Moreno, Murilo Borges, Thiago Cara e Thiago D’Amaral
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