A escalação de alguns titulares contra o Santos surpreendeu boa parte dos torcedores do Flamengo. Na semana da final da Libertadores, em Guayaquil, o esperado era que Dorival Júnior utilizasse o time reserva, mas em reunião, os próprios jogadores pediram para jogar. A decisão foi criticada pelo jornalista Mauro Cezar Pereira.

No podcast “Posse de Bola”, Mauro afirmou que considera a estratégia arriscada e relacionou a decisão à forma como o treinador gere o seu grupo de atletas. Para o jornalista, Dorival é refém do elenco e, diferente de Jorge Jesus, não consegue fazer o que quer.

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“Nove ou oito titulares deverão estar em campo contra o Santos, eu acho uma temeridade. Mas isso mostra também como o técnico do Flamengo trabalha pisando em ovos. Ele é meio refém do grupo, tem que ficar administrando o tempo todo. Os jogadores querem atuar e ele não tem condições de chegar ali e falar ‘não vai jogar’. O Jesus era diferente, o Jesus fazia o que queria, o Dorival está sempre tendo que equilibrar pratos porque ele encontrou o clube nessa situação”.

Mauro explica que isso é fruto dos erros que a diretoria cometeu durante o ano, desde a passagem de Paulo Sousa:

“É uma questão política e isso reflete os equívocos que são cometidos no futebol do Flamengo. Porque você contrata um técnico para fazer mudanças, não dá certo, os jogadores ganham uma queda de braço, o time despenca, vai mal, aí cai só na conta do técnico. O outro técnico consegue dessa maneira ir levando, para o ano que vem, ele permanecendo, talvez possa fazer um trabalho com um pouco mais de autonomia. Se o Flamengo perder para o Athletico-PR, isso vai ser tema para muita discussão”.