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Flamengo em 14º lugar: veja quatro pontos que ajudam a explicar início ruim no Brasileirão


O início do Flamengo no Brasileirão está longe do esperado, tanto em desempenho quanto em resultados. Após a derrota para o Botafogo, no domingo, o rubro-negro caiu para a 14ª posição na tabela, com apenas cinco pontos somados em 15 disputados. O retrospecto se assemelha ao de duas temporadas atrás, com Domènec Torrent no cargo de treinador. Entender a má fase do time de Paulo Sousa é um exercício complexo, mas alguns fatores contribuem para esse cenário. Confira abaixo.


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Bruno Henrique foi bem contra o Botafogo, mas ataque desperdiça muitas chances Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação
Bruno Henrique foi bem contra o Botafogo, mas ataque desperdiça muitas chances Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação

1. Pontaria ruim do ataque

O setor ofensivo do Flamengo tem alguns dos principais jogadores do futebol brasileiro — e que já mostraram funcionar muito bem juntos: Gabigol, Bruno Henrique, Everton Ribeiro e Arrascaeta, entre outros. Mas, neste Brasileirão, o quarteto e seus companheiros têm demonstrado dificuldade para balançar as redes dos adversários tanto quanto poderiam.


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De acordo com o site de estatísticas SofaScore, o rubro-negro é o time que mais perdeu chances claras de gol no torneio até aqui, apesar de ser o segundo que mais as cria: desperdiçou nove em 12, um aproveitamento de somente 25%. O site Footstats mostra ainda que o Fla precisa de 19,5 finalizações para fazer um gol na Série A. Apenas três times têm índices piores: Atlético-GO, Athletico e Fortaleza. O liíder Corinthians necessita de apenas 4,5 para marcar.

— Criamos oportunidades, fizemos o gol, foi anulado. Tivemos várias oportunidades bem claras para sair daqui com uma vitória — lamentou Sousa após a derrota no clássico.

Rodinei coleciona falhas individuais pelo Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação
Rodinei coleciona falhas individuais pelo Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação

2. Defesa vulnerável

Se a situação anda ruim no ataque, ela não é muito melhor na defesa — um problema que vai além do Brasileirão. O Foostats, por exemplo, mostra que o rubro-negro sofreu gols em oito das nove partidas que disputou em variadas competições desde o início da Série A. Nesse período, os adversários precisaram apenas de 2,3 finalizações, em média, para furar o bloqueio do time.


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Também são recorrentes as falhas individuais, com críticas principalmente sobre os laterais Isla e Rodinei, que se revezam na direita, além dos zagueiros, também estes em rodízio. O mais vulnerável deles é justamente o que joga adaptado na função: o volante Willian Arão, vaiado no clássico contra o Botafogo. É incômoda a sensação de que o sistema defensivo do Fla se mostra bastante fragilizado.

— Aquilo que procuramos é recuperar os jogadores para poder tê-los disponíveis. Temos sido infelizes em poucos lances que os adversários criam, mas vamos melhorar com certeza. Temos um grupo extraordinário que quer aprender e quer obter os resultados — justificou o técnico.

Filipe Luís pode ser mais uma baixa por lesão no Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação
Filipe Luís pode ser mais uma baixa por lesão no Flamengo Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Divulgação

3. Departamento médico agitado

O revezamento no time titular do Flamengo não segue apenas uma predileção de Paulo Sousa. Muitas vezes, o treinador é obrigado a fazer mudanças na equipe (ou é impossibilitado de fazê-las) por conta das lesões em série que assolam o elenco — em especial na defesa.


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Caso o problema de Filipe Luís se confirme — o lateral deixou o clássico com dores —, ele se juntará a uma lista que hoje tem Fabrício Bruno, Gustavo Henrique, Matheuzinho, Santos, Vitinho, Matheus França e Pedro. Mas outros enfrentaram questões físicas recentemente, como Rodrigo Caio, Pablo, Marinho e Bruno Henrique. As baixas, aliás, São uma velha conhecida e já atormentaram o Fla na temporada passada.

— Temos uma relação com o departamento médico muito boa, temos muita confiança no trabalho deles. Procuramos interagir todos os dias, perceber o que podemos fazer para melhorar e ter os jogadores sempre disponíveis. Não tendo, temos mais dificuldades e instabilidades no processo — disse o treinador rubro-negro no Mané Garrincha.

Paulo Sousa ainda tenta fazer modelo de jogo deslanchar no Flamengo Foto: Cristiano Mariz
Paulo Sousa ainda tenta fazer modelo de jogo deslanchar no Flamengo Foto: Cristiano Mariz

4. Resistências ao modelo de jogo

Paulo Sousa tem muito claras as ideias que vem tentando implementar desde a sua chegada ao Ninho do Urubu. A assimilação delas por parte dos jogadores, porém, não se mostra tão simples assim. Vários testes já foram feitos, atletas mudaram de posição e/ou função, e os ruídos decorrentes dessas experimentações levaram às primeiras queixas do elenco ao treinador.

Em partidas mais recentes, porém, Sousa parece menos voltado aos testes e mais dedicado a buscar entrosamento e repetições de padrões.


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— Penso que ficou bem demonstrado que a equipe corre, procura, acredita. A equipe cria as oportunidades para poder ganhar. Temos que jogar fora como jogamos em casa, o Flamengo tem que ter uma ideia bem consistente de mentalidade ganhadora. E aí tem que produzir, fazer o trabalho que nós fizemos. Temos, em todas as situações, que defender bem. É um momento que não tem sido positivo para nós, mas tenho certeza de que vamos ultrapassar — finalizou o técnico.

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