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Coutinho: Fla ‘copeiro’ de Renato segue invicto, mas mostra fragilidades


O Flamengo não havia sequer empatado em jogos eliminatórios desde que Renato Portaluppi assumiu a equipe. As dez vitórias, algumas delas por goleada em contextos bem específicos dos jogos, criaram uma aura de time quase que imbatível em ”noites de Copa”. Mas quem observa com critérios sabe que o atual Mais Querido é frágil taticamente em alguns cenários. O Athletico, mesmo em momento ruim na temporada, soube explorá-los em situações diferentes ao longo dos 90 minutos, e o empate por 2×2, com direito a gol de pênalti nos acréscimos e consulta ao VAR, deixa tudo aberto para o confronto no Maracanã.

Alberto Valentim deu chance a Nico Hernández na linha de três zagueiros do Athletico. Sem Richard, Léo Cittadini formou a dupla de volantes com Erick, e Renato Kayzer entrou como titular no comando do ataque. No Flamengo, Renato Portaluppi não mexeu na estrutura que já vem atuando com as ausências de Arrascaeta e Bruno Henrique. Michael e Thiago Maia seguiram na equipe.

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Como as equipes iniciaram em campo

Imagem: Rodrigo Coutinho

A tônica do 1º tempo girou muito em cima da marcação no campo de ataque. Os dois times entraram com essa proposta. O Furacão com referências mais individuais. Alinhou Terans, Kayzer e Nikão para anular a superioridade buscada pelos cariocas com Rodrigo Caio, Willian Arão e Léo Pereira. Erick e Cittadini vigiaram Thiago Maia e Andreas Pereira. Os alas batiam com os laterais do Flamengo. O Mais Querido teve muitas dificuldades para superar isso.

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Marcação adiantada do Furacão buscando anular a superioridade numérica da ”saída de três” do Flamengo e usando referências mais individuais neste momento

Imagem: Rodrigo Coutinho

Já Renato adiantava seus jogadores com referências de maior proteção ao espaço, sem encaixes pré-determinados no campo de ataque. O time mostrou coordenação nesse movimento. Também gerou dificuldades ao Furacão, começou a roubar bolas na intermediária ofensiva. Passou a ter o controle após os 10 minutos. Antes disso, retardou reposições de bola e ”enervou” a equipe da casa. Mostrou experiência para transformar o cenário a seu favor.

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Estrutura de marcação adiantada do Flamengo, Andreas se alinhando a Gabigol no primeiro combate e a linha de quatro no meio subindo de forma coordenada

Imagem: Rodrigo Coutinho

Rondou a área e não demorou para abrir o placar com Thiago Maia, após boas participações de Léo Pereira, Willian Arão e

Gabigol

em falta cobrada na área. O gol mexeu ainda mais com o psicológico dos paranaenses e o Flamengo chegou perto de marcar o segundo. Gabigol e Arão tiveram boas oportunidades, mas pararam em Santos.

Depois que se tranquilizou novamente, o Athletico seguiu com a mesma estratégia, e o Flamengo não conseguiu mais ter a bola com frequência no campo de ataque. Travado e com pouca mobilidade para gerar as linhas de passe, principalmente Andreas Pereira, que sofreu com a marcação de Erick, perdia bolas em sua intermediária e sofria com ataques rápidos. Menos mal que a linha defensiva carioca respondeu muito bem no 1º tempo. Zagueiros ligados e laterais posicionados. Movimentos bem ajustados atrás impediram que o Furacão criasse mais.

Na prática o Athletico finalizou apenas uma vez com real perigo antes do intervalo. Erick cabeceou um escanteio batido por Terans pela esquerda e Diego Alves segurou. O time poderia ter um pouco mais de tranquilidade ao se aproximar da área. Ansioso para empatar e sentindo o bom momento, fez alguns cruzamentos imprecisos e precipitados.

O ímpeto dos anfitriões seguiu no 2º tempo, e o empate veio logo aos dois minutos. Terans cobrou rápido um escanteio, o Flamengo não definiu a marcação, e Pedro Henrique atacou a bola antes de Léo Pereira. Com a igualdade no placar, a postura do Athletico mudou. Passou a marcar mais atrás, negar espaços aos visitantes e tentar explorar os contragolpes.

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Depois do empate do Athlético, essa cena foi mais comum. O time da casa marcando mais atrás e o Flamengo circulando a bola no ataque. Aqui vemos os 11 jogadores do Furacão no terço defensivo, e não era sequência de uma jogada de escanteio

Imagem: Rodrigo Coutinho

O cenário é o pior possível para o atual Flamengo. O time tem muitos problemas ao se deparar com defesas fechadas. Não possui padrão de movimentos coordenados para gerar mais espaços. Acaba dependente das jogadas individuais. E quando os atletas não estão em um dia inspirado, acossados pela forte marcação do Athletico, com dificuldades de controle de bola e mudanças rápidas de direção em virtude da grama sintética, a coisa não funciona.

O Furacão manteve o conforto e aproveitou a apatia adversária em campo. Virou a partida em lindo cruzamento de Abner para Renato Kayzer cabecear entre Rodrigo Caio e Léo Pereira. O que era sólido defensivamente até o intervalo, se desfez rapidamente com as dificuldades gerais da equipe. Assim como em outros jogos recentes, faltaram soluções para superar as diferentes estratégias do adversário. No fim, na base do ”abafa”, o Flamengo conseguiu empatar em pênalti convertido por Pedro.

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