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Como o Flamengo saiu dos encaixes do Athletico para conquistar o tricampeonato da Libertadores – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 30/10/2022 às 10:22:02 Flamengo dominou após a expulsão de Pedro Henrique, mas mesmo antes já mostrava movimentações para sair da armadilha montada pelo adversário O Flamengo confirmou que vive sua era mais vitoriosa ao levar o tri-campeonato da América, após vencer por 1 a 0 o Athletico, na finalíssima em Guayaquil. O duelo teve destaque de dois jogadores já eternos na história do Rubro-Negro: Gabigol, que fez todos os quatro gols do Flamengo nas últimas três finais de Libertadores, e Éverton Ribeiro, que dominou o jogo no segundo tempo.

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Não foi um jogo fácil. O Athletico fez a mesma coisa que o Palmeiras, ano passado, e o River Plate, em 2019: jogaram com encaixes de marcação bem definidos para brecar a qualidade do ataque rubro-negro e explorar espaços na defesa.

Dessa vez, a expulsão de Pedro Henrique foi determinante para frear o ímpeto do CAHP, que foi melhor no primeiro tempo. Mas antes da expulsão, o Flamengo já mostrava uma movimentação diferente para sair da armadilha do rival.

Vamos entender didaticamente como foi jogo:

Vitinho encaixa em Rodinei, Abner em Gabigol: a surpresa do Athletico

O treinador Luiz Felipe Scolari surpreendeu a todos com uma escalação mais ofensiva que o costume. Quando a bola rolou, o plano ficou evidente: marcação muito fechada e com perseguições bem definidas: Vitinho voltava com Rodinei para que Abner pudesse marcar Gabigol. No meio-campo, Hugo Moura ficava com Arrascaeta e Alex Santana vigiava Éverton Ribeiro. Veja abaixo:

Os encaixes do Athletico que brecaram a movimentação do Flamengo

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A imagem mostra como foram os encaixes. Mas mais importante que apontar é entender a lógica de Felipão. Por que raios ele quis atuar assim? O motivo era ter sempre superioridade numérica na defesa do Athletico. Veja a imagem abaixo e perceba que a descida de Abner fazia Thiago Heleno ficar livre, sozinho, como a sobra do sistema.

A sobra é o jogador que corrige eventuais erros e consegue impedir que alguém apareça livre. Dessa forma, a probabilidade do talento de Pedro ou de Gabigol decidir diminui, porque eles ficam ainda mais marcados. Os encaixes do CAHP também garantiram que Filipe Luís, que saiu para a entrada de Ayrton Lucas, fosse marcado por Khellven, sem poder aparecer de surpresa pelo meio.

Athletico consegue superioridade e evita a chegada de Filipe Luís

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Esses encaixes não aconteciam apenas com o CAHP no próprio campo. Quando o Flamengo tocava a bola lá atrás, Fernandinho, Alex e Hugo avançavam para garantir que a primeira fase de construção fosse tão vigiada como a finalização das jogadas. Éverton Ribeiro não tinha como aparecer livre para articular o jogo – guarde essa informação, ela será importante no segundo tempo.

Éverton Ribeiro não consegue avançar

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Flamengo começa a sair dos encaixes antes mesmo da expulsão

A partir dos 35 minutos, com o cenário já estabelecido, o jogo começa a mudar. Dorival libera Thiago Maia, que sobrava na marcação, para avançar e tentar surpreender os encaixes. O jogo de pares, como os portugueses chamam essa estratégia de encaixar e marcar individualmente dentro de um espaço, depende muito da atenção e concentração do jogador. Ele precisa saber muito quando acompanhar até o fim e quando trocar a marcação.

Essa subida do Maia garantiu duas chances ao Flamengo e mostrava Éverton já tentando escapar de Alex. Na imagem, ele avança nas costas do seu marcador para conseguir abrir espaço. A entrada de Ayrton também ajudou: por alguns minutos, Khellven não sabia se preenchia a defesa ou se seguia a orientação antiga, com Filipe Luís.

Éverton começa a escapar dos encaixes

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Gabigol faz o facão e aproveita espaço que já se desenhava antes da expulsão

E aí veio a expulsão. Mas não é coincidência que o lance tenha acontecido no mesmo lado de Ayrton Lucas. Não é coincidência que Gabigol fez o gol decisivo naquele lado. Era o setor em que Khellven lutava para entender como reagir após a saída de Filipe Luís. Não se trata de um erro individual, mas sim do nível de percepção de jogo.

Algo que Gabriel Barbosa simplesmente sobra. No lance do gol, ele estava no lado direito. Quando percebe a bola indo pro mesmo lado, ele faz o facão e explora o espaço que o Athletico deixou em sua linha defensiva, justamente nas costas de Khellven.

Lance do gol: Gabriel Barbosa lê os espaços

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Com um a mais, Éverton Ribeiro sobra e controla a posse de bola

Com um a mais, o Athletico perdeu a capacidade de ir encaixando e marcando. Lembra que a intenção de Felipão era garantir superioridade numérica no ataque? E conseguir neutralizar a construção de Éverton Ribeiro?

Tudo foi desmanchado no segundo tempo, com o devido elogio para a competitividade do Furacão, que não entregou e se lançou ao ataque num jogo extremamente cansativo. E o craque do Flamengo que deve ir para a Copa do Mundo desfilou inteligência: Éverton Ribeiro foi importantíssimo para construir, manter a bola, ir tirando qualquer chance de contra-ataque do Athletico. Sempre livre, procurando os espaços que sobraram.

Éverton Ribeiro sobrou no segundo tempo

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O Flamengo iguala São Paulo, Santos, Grêmio e Palmeiras como os times brasileiros que mais venceram a Libertadores. Se faltou técnico e planejamento em 2020 e sobrou confusão em 2021, o elenco encontrou um grande treinador para montar um time: essa Libertadores é totalmente obra de Dorival, que merece todos os reconhecimentos.

E o futuro é ainda mais brilhante. Se a Era Zico parecia distante, a Era Gabigol e Éverton Ribeiro pode ser ainda mais vitoriosa num elenco que prova, jogo a jogo e campeonato por campeonato, que é o melhor da América Latina.

Diego Alves com a taça da Libertadores

Marcelo Cortes / Flamengo

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