O
Flamengo
enfrenta o Vélez Sarsfield nesta quarta-feira, às 21h30, no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires, na Argentina, pela partida de ida da semifinal da Libertadores. Em um confronto marcado por uma rivalidade nos anos 90
, com direito a pancadaria e jogos decisivos,
Sávio, na Central do GE, relembrou os embates contra os argentinos em 1995, quando foi carrasco do Vélez.
Na primeira fase da extinta Supercopa da Libertadores,
Flamengo
e Vélez se enfrentaram em Buenos Aires para o primeiro jogo da competição. O Rubro-Negro do “melhor ataque do mundo” tinha Romário, Sávio e Edmundo, mas enfrentava o Vélez, comandado por Carlos Bianchi, que era o atual campeão da América e do Mundial em 1995. Se hoje o
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é considerado o favorito para a partida da Libertadores, em 95, as apostas estavam com os argentinos.
– A gente chegou em Buenos Aires em um momento conturbado, com muitas indefinições, principalmente no Campeonato Brasileiro. E o Vélez em 93 até 97, manteve o time campeão, de muitos bons jogadores, alguns que depois saíram para a Europa. Chegamos em 95 em um momento em que eles eram os campeões e favoritos, e o
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era zebra – disse Sávio, que marcou naquela partida.
Confirmando o favoritismo, o Vélez saiu na frente vencendo por 2 a 0, mas o
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endureceu a partida e virou para 3 a 2 com gols de Edmundo, Sávio de pênalti e Rodrigo Mendes. Com a experiência do confronto, Sávio alertou o
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atual sobre ser favorito e cobrou concentração.
– Acho que isso é importante porque quando se trata de um jogo tão pesado como uma semifinal de Libertadores, tem que ficar muito atento. O Vélez nesse ano foi surpreendido dentro do seu campo, e isso tem sim como servir de lição. O futebol é cheio de surpresas. O
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é favorito, tem um excelente time, vem fazendo uma campanha muito boa. Está mantendo uma regularidade importante, mas se trata de um time argentino, que tem bons jogadores, e que se não está atento ali nos 180 minutos, tem que estar muito concentrado para não ter surpresas.
Foram quatro confrontos contra o Vélez em um período de dois anos, de 1995 até 1997. Sávio marcou cinco gols nessas partidas. Detalhe: em todos os jogos no José Amalfitani, o “Anjo Loiro” balançou as redes. O ex-atacante do
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lembrou do ambiente hostil que enfrentou no estádio:
– Aquele de 1995 realmente foi um ambiente forte. A gente enfrentava um Vélez muito forte, que era o campeão do mundo e da Libertadores, eles eram os favoritos, e a gente fez um jogo quase perfeito. Ali foi aquela retomada para a gente chegar à final da Supercopa da Libertadores.
Ali era realmente um ambiente hostil. O estádio estava cheio, uma expectativa muito grande em cima do Vélez, mas fomos muito bem. A gente ganhou, quebrou aquela sequência, e chegamos à final da Supercopa. Acredito que não será diferente, até porque se trata de uma semifinal da Libertadores – afirmou Sávio.
Mesmo com o ambiente hostil contra, Sávio afirmou que o
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é o favorito do confronto. Em penúltimo no Campeonato Argentino, mesclando titulares e reservas em muitos jogos, o Vélez chega para a partida sem vencer há quatro jogos na temporada (e há 13 no Argentino). O ex-atacante ponderou o momento do adversário e ressaltou o caráter decisivo do jogo.
– Claro que o momento do time do Vélez em 95 era melhor, com grandes jogadores de muito potencial técnico, comandado pelo Chilavert que era o goleiro, a grande atração daquele time, mas mesmo com as dificuldades do Vélez, que estamos acompanhando no Campeonato Argentino, sabemos que é um jogo decisivo, é uma semifinal.
Após marcar o gol de empate na virada contra o Vélez em 95, Sávio marcou em outros jogos contra os argentinos. Na partida de volta da Supercopa, o atacante marcou na vitória do
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por 3 a 0 em Uberlândia, no Parque do Sábia. Os outros gols foram de Romário e Edmundo.
Esta partida ficou marcada pela pancadaria entre Zadoná, Edmundo e Romário, que virou tema de provocação entre torcidas.
Depois,
Flamengo
e Vélez se enfrentaram também pela Supercopa da Libertadores em 1997. Sávio mais uma vez foi protagonista, e comandou outra virada contra os argentinos. O ex-atacante falou sobre a fama de carrasco:
– A história não se apaga. O carimbo fica. Eu tive o prazer de enfrentar o Vélez em algumas ocasiões, em quatro jogos foram cinco gols, sendo que dois jogos super importantes foram dentro de Buenos Aires. Depois dos jogos de 95, tivemos o jogo em Florianópolis, no campo do Figueirense, que perdemos de 1 a 0. O último jogo foi o da volta em 97, que foi 3 a 0 em Buenos Aires, que eu fiz um hat-trick, um jogo da Supercopa da Libertadores, super importante também.
É bom fazer parte dessa história e desse confronto também. Fazer parte de um confronto e uma rivalidade tão grande como é
Flamengo
e Vélez é gratificante – completou Sávio.
Flamengo
e Vélez se enfrentam no José Amalfitani, em Buenos Aires, nesta quarta, às 21h30, pela partida de ida das quartas de final. A volta acontece no dia 7 de setembro, no Maracanã. Quem passar enfrenta o classificado do confronto entre Athletico-PR e Palmeiras na grande final da Libertadores, no dia 29 de outubro, em Guayaquil.
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