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A evolução do Flamengo na derrota contra o Atlético-MG


Três dias após o duelo pelo Brasileirão, Flamengo e Atlético-MG iniciaram a disputa por um lugar nas quartas-de-final da Copa do Brasil. O clube mineiro voltou a sair vencedor, mas ao contrário da partida pela liga nacional, o Flamengo conseguiu competir em boa parte da partida.

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Flamengo sofre gol no início, mas faz bom primeiro tempo

Mohamed e Dorival Jr. fizeram poucas mudanças em relação às equipes que atuaram no domingo. Do lado alvinegro, Otávio entrou no lugar do lesionado Jair. Um volante mais técnico. Em contrapartida, o Mengão começou a jogar com Arão e Filipe Luís nos lugares de Vitinho e Ayrton Lucas.

Com bola, o Flamengo iniciou a partida apresentando certa evolução nas dinâmicas para trabalhar em 2ª fase de construção. Arrascaeta e ER7 baixavam próximos aos volantes e se associavam com os laterais a fim de ter um centro de jogo bem denso.

Movimentos foram feitos de forma mais automática e com maior assimilação das ideias do novo treinador rubro-negro. Além disso, dinâmicas mais rápidas foram empregadas, o que inicialmente dificultou os encaixes atleticanos. Contudo, a equipe tinha poucas opções de profundidade para ter a posse mais próxima do gol.

E a equipe sofreu um gol logo no início da partida. Em rápida transição ofensiva, Mariano acionou Hulk em profundidade e o atacante marcou um belo gol. Andreas poderia cobrir melhor a bola do lateral, mas Diego Alves fez uma péssima escolha.

Resposta rápida

O Flamengo, no entanto, respondeu rápido ao tento sofrido e conseguiu criar algumas situações em bola parada e atacando o corredor lateral-direito. Com agressividade, João Gomes e Andreas conseguiram momentaneamente minimizar a falta de um atacante pisando a área.

Todavia a melhor resposta da equipe foi sem bola. Isso porque os encaixes individuais por setor em 4-3-3 foram mais bem executados. Com alguns ajustes, Dorival conseguiu por muitas vezes tirar a liberdade dos zagueiros do Atlético-MG de encontrar os laterais e volantes com liberdade.

Arrascaeta e ER7 subiam pressão em cima dos zagueiros, enquanto Gabi cobria Allan. Por isso, Andreas e João Gomes tinham que subir pressão em Mariano ou Arana para constranger os laterais com bola. Arão subia pressão em Otávio.

O Fla conseguia lidar melhor com as bolas longas do Atlético-MG graças às coberturas de Matheuzinho e Filipe Luís em Keno e Vargas. Hulk era vigiado por Rodrigo Caio e Pablo. Nesse sentido, a linha defensiva se defendia bem com ataque atleticano devido ao bom trabalho defensivo dos atacantes.

O Flamengo seguia apresentando boas dinâmicas para fugir da pressão na saída de bola, mas passou a ter cada vez mais dificuldade para conseguir ser mais incisivo no ataque. Matheuzinho e Gabi pela esquerda abriam o jogo para o avanço dos volantes.

Mas as defesas passaram a ser predominantes contra os ataques quando postados e conseguiam conectar algumas conexões. Fruto das boas dinâmicas sem bola de ambas as equipes.

A primeira etapa terminou com o Flamengo incomodando mais a saída de bola atleticana. João Gomes e Andreas acertaram o timing da pressão nos volantes adversários, competindo bastante e, além disso, forçando alguns erros que não foram bem aproveitados.

Mohamed faz ajustes e Atlético-MG melhora na segunda etapa

O Atlético-MG voltou com ajustes no segundo tempo. Keno já havia deixado o campo para a entrada de Ademir, fazendo com que Vargas trocasse de lado. Mas a principal mudança foi o recuo de Nacho mais próximo dos meias para preencher melhor o setor.

Os zagueiros do Flamengo passaram a ter bola descoberta; entretanto, não tinham atacantes para serem acionados em bola longa. Para piorar, o oponente do Mais Querido voltou a encaixar transições ofensivas, se aproveitando de erros rubro-negros.

E aos nove minutos, o Atlético ampliou. Após erro de Matheuzinho para afastar a bola na sobra do escanteio, Hulk fez bela jogada passando por três jogadores rubro-negros. O atacante serviu Ademir, que de cabeça fez 2×0.

Novos velhos problemas

O Flamengo voltou a apresentar problemas para lidar com a marcação atleticana que, com mais um jogador próximo aos volantes, dificultou o trabalho do Flamengo pelo meio. Pelo lado, os laterais e ponteiros mineiros passaram assim a vencer muitos duelos defensivos.

Dorival Jr. fez três mudanças em sequência, a fim de agredir mais a linha defensiva adversária. Pedro, Lázaro e Rodinei entraram nos lugares de Everton Ribeiro, Arão e Matheuzinho. A equipe então passou a atuar num 4-4-2 com Gabi fechando o lado direito sem bola e Arrascaeta próximo de Pedro.

A mudança não gerou grande impacto com bola, mas sem bola foi problemática. Sem o volante para cobrir o entrelinhas e com setor direito fragilizado com Rodinei e Gabi, o Flamengo passou pelo seu pior momento no jogo. Rubens passou a ser destaque.

Mas o futebol é um esporte onde o desempenho e o resultado não são proporcionais. O mesmo Rodinei que tinha muita dificuldade para lidar com Rubens, encontrou pela direita um belo passe para Lázaro fazer um gol importante para a eliminatória. 2×1.

Por fim, Dorival Jr. trouxe Thiago Maia e Ayrton Lucas para campo. O volante deu liberdade para João Gomes atuar mais pelo lado direito junto de Gabi, Rodinei bem como do próprio Arrascaeta. Mohamed sacou Nacho e promoveu a entrada de Calebe. Um volante com maior poder defensivo.

O jogo se encaminhou no fim para um ataque x defesa. A. Lucas chegou a finalizar na grande área, mas foi Calebe que teve a maior chance de marcar nos acréscimos. A bola na trave salvou o Flamengo de voltar para o Rio de Janeiro com um maior prejuízo.

Entre muitas turbulências, Flamengo compete em Minas

Apesar da derrota, o Flamengo conseguiu responder ao péssimo jogo que fez no domingo contra o próprio Atlético-MG, com uma maior combatividade dos volantes à frente, nos encaixes nas subidas de pressão e a dinâmicas melhor estabelecidas em organização ofensiva.

É impossível prever se Dorival Jr. vai conseguir evoluir seu trabalho no meio do turbilhão que é o Flamengo dentro e fora de campo. No Mineirão, entretanto, o treinador conseguiu melhorar sua equipe e fazer um jogo bem mais competitivo.

Para sonhar com títulos em 2022, o Mengão precisa seguir crescendo em rendimento. A fim de melhorar sua situação no Brasileiro e vencer os duelos contra Tolima e Atlético-MG nos próximos meios de semana, a perspectiva da equipe saindo de Minas Gerais é de que isso é possível.

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