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Willian Arão e uma trajetória injustiçada no Clube de Regatas do Flamengo


Nesta terça (12), se oficializou a negociação de Willian Arão com o Fenerbahçe de Jorge Jesus, se encerrando assim uma passagem de pouco mais de seis anos do jogador com a camisa do Flamengo. Caminhada esta, vitoriosa, porém injustiçada. Arão deixa o clube menor do que o seu verdadeiro tamanho para ele.

O agora ex-camisa 5 é um atleta histórico dos 126 anos de Clube de Regatas do Flamengo, e não há revisionismo que mude isso. Pilar fundamental do segundo maior time da história da instituição que vestiu a camisa mais de 370 vezes e onde conquistou 10 troféus (sem ser coadjuvante em nenhum deles).

Arão, é claro, oscilou. Inclusive, mereceu muitas das recebidas críticas, mas que sempre tiveram um tom de exagero e perseguição. O fim de ciclo, mal encerrado pela diretoria, também não contou com sua ajuda, é verdade. Erros técnicos e de concentração até certo ponto inadmissíveis, mas que não deveriam resumir uma passagem campeã e de saldo super positivo.

Até porque deve ser desmistificada a narrativa de que Willian Arão só jogou bem em 2019. Mentira. Naquela temporada, assim como tantos outros, foi sublime. Mas não deveria ser fácil esquecer que ele foi o destaque de um ainda fragilizado Flamengo em 2016, sendo peça fundamental na reconstrução da equipe, além de ser um (talvez o) grande diferencial no bicampeonato brasileiro, em 2020, ao ser deslocado para a zaga e por lá ser um porto seguro.

A última imagem de Willian Arão pelo Flamengo ser de vaias, até mesmo em um 7 a 1 a favor no placar, é cruel e desproporcional. Não deveria ser assim, mesmo que a torcida estivesse em sua razão ou direito. E que fique de lição aos dirigentes rubro-negros que lá estão de como (não) deve ser o encerramento de trajetórias de nomes importantes.

Dez títulos em seis anos não é para qualquer um. E a torcida do Flamengo, que se acostumou tanto com decepções até 2018, deveria saber disso. Deveria ter noção do que viu, viveu e do que está vivendo. Principalmente para valorizar mais quem os deu alegrias que outrora pareciam tão utópicas.

Não é sobre idolatria. Você não precisa considerar Arão seu ídolo, nem do clube, até por esse assunto, em muitos casos, ser algo pessoal. Ele viveu entre altos e baixos, elogios e críticas, erros, mas também acertos. Não precisa ser unanimidade, nem reverenciado, mas necessita, sim, ser respeitado pelo tempo em que esteve vestido de vermelho e preto, assinando páginas icônicas de anos dourados que os flamenguistas viveram há muito pouco tempo.

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