Notícias

Vigilante do incêndio no Ninho entra na Justiça, e cobra quase 3 milhões de reais do Flamengo


Um vigilante que trabalhou por mais de dez anos no Flamengo foi à Justiça do Rio de Janeiro cobrar uma indenização de quase R$ 3 milhões do clube por danos morais, além de salário vitalício, por sequelas deixadas após o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, que matou dez atletas da base rubro-negra. As informações são do jornalista Diego Garcia, em reportagem exclusiva para o Uol.

Diego teve acesso ao processo no qual o segurança, que teve seu nome preservado na reportagem, deu detalhes do dia da tragédia, inclusive citando diálogos com os garotos que não sobreviveram ao incêndio.

Leia Mais: Titular contra o Tolima, Diego Ribas tem apenas 33 minutos jogados nesta Libertadores

Desde então, o vigilante diz que sofre com um violento abalo emocional, que até hoje lhe traz repercussões e obriga ao uso diário de remédios, com atual quadro de saúde mental em estado grave, tendo desenvolvido doença psiquiátrica. Segundo a matéria do UOL, o profissional de segurança anexou ao processo laudos de médicos para comprovarem as sequelas.

O vigilante diz que não consegue mais manusear armas de fogo, o que considera como um trauma definitivo, o que lhe impede de voltar a atuar na profissão de maneira armada, pois lhe traria grande sofrimento. Assim, devido aos problemas psicológicos, entende que perdeu a capacidade de trabalhar de forma definitiva.

Como vigilante do Ninho, o profissional aponta que o Flamengo se desviou das suas obrigações com seus jovens jogadores, ao ter relegado os adolescentes à própria sorte para viverem em contêineres, contra recomendações de segurança e com riscos graves de vida, enquanto pagava milhões de reais aos profissionais.

Assim, caso seja configurada a culpa do clube pelo incêndio que acarretou a doença profissional que atinge o vigilante, ele entende ter que ser indenizado pelos danos causados. O vigilante ainda se colocou à disposição para que seja realizada perícia médica com psiquiatra indicado pelo tribunal. Entre indenização por danos morais, salários, FGTS, 13º, multas, pensão mensal e vitalícia no valor de 100% de seu salário e honorários advocatícios, o vigilante cobra R$ 2,9 milhões do Flamengo.

O clube ainda não foi notificado da ação e, por isso, apontou que não iria comentar o assunto na imprensa.

Na madrugada de 8 de fevereiro de 2019, um incêndio nas dependências do Ninho do Urubu vitimou dez jovens atletas das categorias de base do Flamengo: Athila Paixão, Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva Matos, Rykelmo de Souza Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías.

Siga MRN no Twitter e Instagram

Seja apoiador e ajude-nos a melhorar: CLIQUE AQUI e faça parte da comunidade.



Link do Artigo do MundoRubroNegro

E pra você que curte o mundo esportivo -- entre agora mesmo em Palpites GE e tenha sempre em mãos as melhores dicas de investimento no futebol brasileiro e internacional.