Pelo terceiro ano seguido, o Clássico dos Milhões decidia o Campeonato Carioca. Nas duas decisões anteriores, deu Flamengo. Naquela terceira, o filme parecia se encaminhar para um final diferente. O Vasco tinha a vantagem de perder por até um gol de diferença. Tinha, no papel, até mais time que o rival. Era experiente. Vinha de grandes momentos desde 1997. Mas o rubro-negro contava com uma inspiração extra: o tricampeonato. Algo para poucos no futebol do Rio, mas muito comum para o Flamengo, dono de três ‘tris’. Ele queria o quarto. A chance era única. Ter uma oportunidade como aquela poderia demorar anos, décadas. Desde 1979 que ele não era tri. E o último no estado havia sido o próprio Vasco, em 1994, status que ele queria manter. O Flamengo tinha Zagallo no banco, pé quente, Velho Lobo de grandes momentos do futebol, de grandes títulos. Tinha um novato Júlio César no gol. Um grande zagueiro (Juan). Um capetinha goleador e artilheiro no ataque (Edílson). E um maestro com a camisa 10, camisa que fora de seu ídolo e que ele vestia tão bem: Petkovic. Só que o Flamengo foi para o intervalo com um empate de 1 a 1. O título era do Vasco. A torcida cruz-maltina não via a hora. Chega de perder para o rival! Uma vez tudo bem, duas já era insuportável, mas três? Veio o segundo tempo. Petkovic começou a aparecer. Nas bolas paradas, azucrinava. Mas também aprontava com ela rolando, como no momento em que efetuou um cruzamento perfeito para o pequenino Edílson virar gigante e cabecear também de maneira perfeita para o gol logo no comecinho da segunda etapa: 2 a 1. O tempo passava e a bola não entrava. Melhor para o Vasco. Até que, aos 43’, Pet teve a seu favor uma cobrança de falta. Era a bola do jogo. Se ela entrasse, o Flamengo era tricampeão. O torcedor terminava de roer os últimos vestígios de unhas. Mordia a bandeira embrulhada. Colocava a mão no rosto. Outros não queriam nem olhar. Pet treinava à exaustão cobranças de falta. Mas repito: era de muito longe. Tinha a barreira. Tinha Helton, um ótimo goleiro, no gol. Era um desafio enorme. Por mais especialista que ele fosse, acertar dali seria uma enormidade. Pet bateu. A bola passou pela barreira. Helton saltou demais, elástico, voador. Mas a bola conseguiu passar pela única lacuna disponível no ângulo do gol do Maracanã. Ela entrou, foi se aconchegar no lindo véu de noiva que era aquele gol enorme do saudoso colosso de concreto. Foi gol. Do Flamengo. Gol de Pet. Que transformou seu apelido em uma sigla. Perfeição Épica do Tri. Foi talvez a cobrança de falta mais incrível da história daquele estádio. Por mais que o Maraca tenha visto obras primas de Didi, Rivellino, Zico e companhia, a de Pet superava o sentido lógico. Era algo quase inacreditável. Inexplicável. Inesquecível. Foi um dos gols mais gritados da história do Flamengo em uma das finais mais épicas do Clássico dos Milhões. E pensar que ele quase não aconteceu. É hora de relembrar.
A curva que a bola fez. O jeito como caiu. A precisão e força do chute. Foi lindo demais. Emocionante demais. Decisivo demais. Pet saiu correndo extravasando, em puro êxtase, como todo flamenguista saiu pelas ruas, pelas portas dos bares e botequins, e do jeito que os milhares ali, na arquibancada, queriam correr, mas não podiam por falta de espaço. Pet foi até a beira do gramado e desabou no gramado sagrado do Maracanã como se fosse um leito de conforto, para descansar após uma semana tão estressante e de um jogo tão elétrico. Era o descanso de um campeão. De um ser que entrava para o rol dos imortais do Clube de Regatas do Flamengo. Ele não era mais Petkovic. Era um ídolo.
FICHA TÉCNICA:
Data:27.05.2001
Estádio e Local:Maracanã – Rio de Janeiro – Brasil
Público:60.038
Escalação:
Flamengo: Júlio César; Alessandro (Maurinho); Fernando; Juan; Cássio; Leandro Ávila; Rocha; Beto (Jorginho); Petkovic; Reinaldo (Roma) e Edilson – Técnico: Zagallo.
Vasco: Helton; Clebson; Geder (Odvan); Torres; Jorginho Paulista; Fabiano Eller; Paulo Miranda; Pedrinho (Jorginho); Juninho Paulista; Euller e Viola (Dedé) – Técnico: Joel Santana.
Gols:
Flamengo: Edilson 23’/1T e 8’/2T e Petkovic 43’/2T
Vasco: Juninho Paulista 40’/1T.
Link do vídeo
saudades de quando o futebol não era nutella, hoje em dia tomam punição por muito menos que é feito kkkkkkkkkkkkkk
Como é bom voltar nos velhos tempos…
Gollll
Até juiz era bom
😲😲😲😲🤭🤭🤭
Flamengo eterno campeão 🏆 ❤
Caramba, isso emociona até hoje ao assistir.
Título histórico em cima do nosso eterno vice ❤🖤
Para quem nasceu de 2000 em diante, a fala de Pet aos 15 minutos de vídeo definem o que era o estadual carioca antigamente, e sobretudo, o clássico Flamengo x Vasco.
Júlio Cesar agarrava demais essa época. Tinha um frango ou outro, mas nesse jogo… sem comentários.
Como faz falta no Flamengo hj um jogador como o Pet, um exímio camisa 10… Hj o time não consegue infiltrar com jogadas criativa, e só tem o Arrasca pra fazer isso, quando ele não tá cai muito o rendimento da equipe
se o Euler fosse mais inteligente o Vasco seria imparável…
O Vasco é muito filho do Flamengo
Estava em casa sozinho assistindo esse jogo e quando o Pet fez esse gol de falta acho que foi a primeira vez que chorei por futebol… Eu tinha 11 anos. Jogão!!!
eu particularmente fico na dúvida quem foi melhor nessa final. Edilson ou petycov
O Vasco sempre sendo roubado.
Incrível Como O futebol brasileiro ""ERA OFENSIVO""
Romário tava no vasco nessa epoca ?
Vice vice vice Vasco da Lama
esse vasquinho e esses torcedores são ilarios, os cara perderam uns mil gols e no final quer por culpa em juiz kkkkkk
1999 2000 2001 treis anos seguidos Ganhando do vasco em Final freguês eterno vice
Quanto foi o jogo de ida?
5:30
em 2001, o replay do impedimento não demorava nem 10 segundos.
hoje com o var demora 10 minutos para os juizes tomarem uma decisão
Esse gol de falta é putaria.
Como é divertido ver Flamengo x Vasco
Júlio César foi um dos melhores jogadores em campo, se não fosse ele teria sido um chocolate do Vasco
O que o flamengo roubou nesse jogo, nao foi escrito
Como o Vasco perdeu gol nesse jogo, pqp!
Sinceramente, sou palmeirense, mas eu me emociono toda vez que vejo esse lance! Pet era monstro!
O Vasco amasso…e o pety cago kkkkk
Vasco freguês eterno . Nem na melhor fase deles eles conseguem vencer a gente em uma final kkkk fracassados
022
Pra vc ver como clássico é bipolar, até os anos 80/90 o clássico no rj era fla x flu, a partir dos anos 2000 o clássico do RJ é Flamengo x Vasco
Roubo da porra, como o juiz não deu o pênalti em Euller? kkkkkkkkk
Maior do Rioo
Flamengo sempre superior esses timinhos carioca