Notícias

Unidos pelo “simples”, Mário Jorge destaca integração entre o sub-20 e o Flamengo de Dorival – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 27/08/2022 às 10:49:54 Técnico da categoria júnior afirma que “tempero” trouxe competitividade a uma equipe que se transformou defensivamente e faz ótima campanha Fazer o simples no futebol é difícil, como dizia Johan Cruyff. Na maioria das vezes a gente tenta demonstrar que tem conhecimento e não consegue transmitir o que conhece.”

Com esse pensamento e a fórmula da simplicidade em prática, o técnico Mário Jorge levou o Flamengo à semifinal do Campeonato Brasileiro Sub-20, fase em que terá o Corinthians como rival – o primeiro jogo está marcado para domingo, às 15h, em Barueri. A campanha é muito boa. Sete vitórias, três empates e apenas uma derrota. Tem a melhor defesa, com sete gols sofridos, e marcou 20 em 11 partidas.

E, segundo Mário, o bom momento de seus comandados está intrinsecamente ligado à integração com o elenco de Dorival Júnior, outro treinador que tem conseguido passar seus conceitos sem fazer rodeios e promover uma complexa revolução na categoria de cima. Por isso, o técnico do sub-20 acredita que a arrancada da equipe profissional tem influenciado positivamente o plantel de juniores.

– A gente hoje pode realmente se gabar de uma situação em que o clube tem auxiliado bastante. Os meninos têm treinado muito com o profissional, e o momento bom do profissional acaba ajudando muito a categoria sub-20.

– Efetivamente com dois jogos por semana do profissional, a gente acaba treinando muito com eles. Isso ajuda muito na proximidade dos jogadores com o profissional, e a experiência dos meninos acaba se tornando diferente. O Dorival tem utilizado bastante os meninos e dado abertura à comissão técnica (do sub-20) para participar. Isso fortalece muito esse processo, e a onda que está acontecendo no profissional acaba acontecendo com a gente na base um pouco.

Bruno Spindel e Mário Jorge em treino do Flamengo em Atibaia

Marcelo Cortes/Flamengo

Mário Jorge explica que o horário dos treinos facilita a comunicação constante entre as duas comissões técnicas e também a utilização de jovens por Dorival na equipe profissional.

– A relação com o Dorival é muito próxima. Consigo terminar meu treino um pouco mais cedo porque a gente dá suporte ao profissional o tempo todo. A gente treina num horário muito próximo. Consigo pegar uns 30, 40 minutos do treino dele, assisti-lo da beira do campo e conversar com ele sobre os atletas. Ele me pergunta sobre alguns jogadores do sub-20 que estiveram treinando com ele em algum momento, me pergunta a característica. E a minha relação com o Lucas (filho e auxiliar de Dorival) também foi muito legal.

Embora divida os louros com Dorival Júnior e até mesmo com seu antecessor – o técnico Fábio Matias, hoje no sub-23 do Bragantino -, Mário Jorge também comandou uma transformação no Flamengo. Assim como aconteceu no profissional, o treinador deu solidez defensiva ao sub-20. No Carioca, diante de rivais mais modestos com exceção aos três grandes, o time sofreu 22 gols em 17 jogos. Na competição nacional, são apenas sete em 11 partidas.

– No Carioca, a gente vinha tomando muitos gols, e era uma coisa que me preocupava. E a gente cuidou um pouco mais disso com ênfase na parte defensivo. Isso acabou dando resultado no Brasileiro. Chegamos à semifinal com o terceiro melhor ataque da competição e com a melhor defesa junto com o Corinthians.

O treinador afirma que o “tempero de competitividade” e o trabalho de anos em outras categorias com jogadores que formam a base do sub-20 hoje são chaves para o bom momento. Ao falar do entrosamento com os pupilos, mais uma vez tocou na tecla da simplicidade.

– Acho que consolidamos algumas coisas que o Fábio Matias vinha fazendo. Fábio tinha uma ideia de jogo muito parecida. Só demos sequência ao que ele estava fazendo, é óbvio que a gente coloca alguma coisa do nosso tempero. É trazer um pouco da minha parte competitiva para a equipe e aquilo que almejo como ideia para o jogo. A facilidade de ter trabalhado com os meninos em outra categoria facilitou a minha comunicação com eles, o acesso às informações, e eles conseguiram efetivamente aplicar dentro de campo.

– Fomos muito simples e claros na ideia que a gente queria com os meninos. Eles fizeram tudo aquilo que estava combinado, acho que isso trouxe frutos para eles e para nós. Acredito que o clube vai usufruir disso na frente. Esses meninos estão no clube há mais de cinco anos e têm uma veia competitiva muito aguçada. Eles precisam ser estimulados o tempo todo. Fica meu agradecimento ao Fábio, que deixou o terreno muito semeado e muito pronto. Chegamos só para colhermos os frutos.

Confira o papo na íntegra:

Como define a campanha do Flamengo no Brasileiro Sub-20?

– Classifico como muito boa. A gente sofreu um pouco, principalmente depois da nossa única derrota. Os meninos tiveram que passar por todo um protocolo de testagem. Depois que todos voltaram à rotina, voltamos a vencer e a performar. Todo mundo sofreu, sobretudo as equipes que estavam jogando a Libertadores no profissional, mas acho que sofremos muito devido a isso.

Duelo das duas melhores defesas: Flamengo x Corinthians, que sofreram sete gols cada

– Agora temos um duelo das duas melhores defesas da competição. Diferentemente do que aconteceu no Brasileiro Sub-17 do ano passado, em que tínhamos o melhor ataque, nesse ano temos a melhor defesa. Então demonstra mais uma vez o trabalho que desenvolvemos e o trabalho que a comissão técnica fez comigo. São caras incansáveis, detalhistas e que trabalham comigo há muito tempo.

– No Carioca, a gente vinha tomando muitos gols, e era uma coisa que me preocupava. E a gente cuidou um pouco mais disso com ênfase na parte defensivo. Isso acabou dando resultado no Brasileiro. Chegamos à semifinal com o terceiro melhor ataque da competição e com a melhor defesa junto com o Corinthians.

Mario Jorge em sua última partida pelo sub-17, na semana passada, em vitória do Flamengo por 5 a 2 sobre o Resende

Gilvan de Souza/Flamengo

– Acredito que será um jogo muito estudado, muito padronizado pra defesa, mas um jogo em que a gente poderá fazer muito uso do nosso ataque, que é muito cirúrgico e letal.

Mateusão (Flamengo) x Arthur Sousa (Corinthians): corintiano é o artilheiro, e rubro-negro é vice

– O Arthur tem feito uma competição muito boa e muitos gols. Conseguiu uma vitória maiúscula contra o Internacional em Porto Alegre, fez dois gols. Mateusão foi artilheiro do Carioca Sub-20, é um menino que está em seu primeiro ano na categoria, mas tem muita margem de evolução. Tem melhorado muitas características do seu jogo, principalmente o jogo de pivô e o jogo de atacar o espaço. Mateusão é muito potente e muito veloz.

Mateusão, do Flamengo, é o artilheiro do Campeonato Carioca Sub-20

Marcelo Cortes/Flamengo

Arthur Sousa comemora gol do Corinthians Sub-20 contra o Fluminense

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

Mais elogios ao centroavante rubro-negro Mateusão

– Acredito que tenha muita coisa para evoluir à frente por ser seu primeiro ano. Temporada muito regular, muito boa. Feliz pela renovação dele, garante um ativo muito interessante para o clube. O menino tem mais cinco anos de contrato pela frente. Acredito muito que o clube o projete num futuro próximo para fazer uma reserva em cima do Gabigol e do Pedro. Menino muito talentoso e com faro de gol excepcional. Vejo muita coisa boa para frente.

Marcos Braz, Mateusão e Bruno Spindel, do Flamengo assinam contrato até 2027

Gilvan de Souza / Flamengo

Única derrota no Brasileiro Sub-20 após casos de Covid-19

– Teve o jogo do profissional com o Tolima, e nós perdemos sete ou oito jogadores para o jogo com o América-MG. E culminou com a nossa única derrota no Campeonato Brasileiro. Mas, analisando cruamente o jogo com o América, sabíamos que poderíamos ter feito mais e melhor. Mas aquele processo acabou atrapalhando porque perdemos jogadores. E os reservas deles, que jogariam conosco, foram reforçar o profissional. Mas faz parte do processo. Isso vai acontecer, e a gente precisa se reinventar a cada jogo.

Como encara as constantes perdas de atletas para o profissional, como são os casos de Victor Hugo, Matheus França e Lázaro?

– Não deixa de ser baita estágio para um treinador que está no sub-20 para chegar ao profissional. A gente vai conviver com lesões, suspensões e convocações para seleção brasileira, mas é ótimo para o treinador brasileiro ter que se reinventar a cada semana. A gente tem essa facilidade de ter opções e a condição de se reinventar toda semana. Óbvio que faz muita diferença pra nós quando perdemos meninos como Victor Hugo, o França, o Lázaro, o Daniel Cabral, o Noga. São meninos de muita vivência de Flamengo, com muita experiência.

– Mas os outros que estão chegando estão dando conta. Temos Wesley, que chega para nós no primeiro ano de sub-20 e já tem essa proporção toda. Menino muito talentoso e com vigor físico acima do comum. Mas temos de conviver com o ônus de a categoria estar sempre servindo ao profissional.

Mais elogios a Dorival e aos seus auxiliares

– Só tenho coisas boas para falar da pessoa do Dorival, um cara extremamente receptivo. Trata todo mundo muito bem, me atendeu muito bem. O filho dele, Lucas Evangelista, foi extremamente gentil comigo em Atibaia. E o Pedro Sotero também.

– Para mim, é sensacional poder ouvir, presenciar e trocar experiência com um profissional que tem mais de 40 anos de carreira juntando tempo de atleta e como treinador. Tem muita coisa para me ensinar, e se eu não aproveitar e beber um pouquinho dessa fonte, eu vou ser negligente. Aproveito da melhor maneira possível.

Dorival Júnior, técnico do Flamengo, em jogo pela Copa do Brasil

Marcos Ribolli

– Por mais que o Dorival tenha a mão dele em cima dos meninos com relação a treinamento, ele acaba me auxiliando em relação à experiência de jogo dos meninos. Acho que o bom momento também se reflete nisso, de usar os meninos e de tê-los mais próximos ao profissional. E a gente também está um pouquinho mais próximo e usufruindo disso.

Simplicidade de Dorival e primeiro contato em 2018

– O Dorival é uma pessoa extremamente simples, um cara sensacional. Ele é meu colega de turma na CBF Academy. Tive Lisca, Gilson Kleina, Renato Gaúcho e Dorival num momento em que eu era treinador de sub-15. Foi fantástico. São caras para quem bato palma, que eu quero ver o time deles jogando para aprender e ao mesmo tempo estava à mesa com eles almoçando.

– Já tive uma oportunidade com ele em 2018, quando o Dorival esteve no clube. Tive oportunidade de trocar algumas coisas com ele, mas agora na categoria que eu trabalho facilitou um pouco mais a aproximação. O tratamento que ele deu à nossa comissão em Atibaia demonstra o ser humano que ele é.

+ Leia mais notícias do Flamengo

+ Quer transformar seu conhecimento sobre o futebol em prêmios em dinheiro a cada rodada do Brasileirão? Acesse o Cartola Express!

Reprodução

+ Bora de Brasileirão! A maior oferta de jogos por um preço que dá jogo. Assine o Premiere!

???? Ouça o podcast ge Flamengo ????

Assista: tudo sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv

Fonte:

Tags:   .comu_erro {font-size: 10px;color: #aaaaaa;font-weight: bold;text-transform: uppercase;letter-spacing: 0.06em;background: #f4f4f4;padding: 0 10px;line-height: 23px;display: inline-block;margin-right: 2px;border-radius: 5px;cursor: pointer;padding-right: 5px;}.comu_erro svg{margin-top: 1px;margin-left: 5px;} Comunicar erro

Link do Artigo do FalandodeFlamengo

E pra você que curte o mundo esportivo -- entre agora mesmo em Palpites GE e tenha sempre em mãos as melhores dicas de investimento no futebol brasileiro e internacional.