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Uma lição da Copa do Mundo: jamais duvide de Arrascaeta


Existem temas e assuntos que são absolutamente passíveis de debate, onde toda pessoa tem o direito de ter sua opinião sem problema algum. Você pode ter um filme favorito que a pessoa ao lado acha terrível. Ou então ser apaixonado por uma cidade onde seu amigo não aguentaria viver por uma semana. Ou até mesmo ter como prato preferido algo que outra pessoa não consegue nem sentir o cheiro sem passar mal.

Em situações assim, que vão desde futebol até política, passando pela maneira certa de tirar um gato de cima de uma bancada antes de uma coletiva da seleção, todos têm direito de ter sua opinião, com cada um buscando embasar da melhor maneira que conseguir. A situação do gato, por exemplo, veterinários parecem indicar que não era bem aquele o jeito certo. E isso pode não ter dado muita sorte na Copa.

arrascaeta brilhou na vitória do uruguai sobre gana
Pensa ser tão otário que você acha que o lugar do Arrasca é no banco?
Foto: KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images

Mas existem outras situações que são mais factuais. Situações onde chegou-se a um ponto tão conclusivo da realidade, que argumentar ou lutar contra acaba parecendo mais um sinal de desinformação, insanidade ou até má intenção do que apenas vontade de opinar. Por exemplo, em pleno ano de 2022 você falar que a Terra é plana, que vacinas não funcionam ou que existe fraude num processo eleitoral dos mais seguros do mundo. Aí não é mais uma opinião que merece ser ouvida, e sim muito provavelmente, algum tipo de picaretagem. 

Dito isso, e diante de tudo que aconteceu neste último mês no Catar, talvez já tenha sim passado da hora de colocar o movimento anti-Arrascaeta no mesmo patamar que o terraplanismo, os antivaxx e a galera que está acampada na frente dos quartéis.

Isso porque Arrascaeta pode ser, dos poucos jogadores incontestáveis que temos hoje no futebol brasileiro, um dos mais contestados. Seja por técnicos em fim de carreira, como um Abel Braga que não via pra ele vaga no Flamengo de 2019, seja por jornalistas que se sustentam falando absurdos. Ou jornalistas como Fábio Sormani, alegando que o Cruzeiro tinha feito um “negócio da China” ao vender o meia para o Flamengo. Ou até mesmo dirigentes que acreditaram na própria fanfic, como Itair Machado, que parecia achar que Rodriguinho e Marquinhos Gabriel estavam no nível do uruguaio. Não é pequena a lista de pessoas que subestimaram Arrascaeta apenas para que o tempo provasse o tamanho do absurdo que estavam falando.

Arrascaeta com a camisa do Flamengo no Maracanã
Dando a resposta dentro de campo e a resposta é “vocês são malucos”
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo

O caso mais recente? Diego Alonso, técnico do Uruguai. Ele não via Arrascaeta como titular no time e manteve nosso camisa 14 no banco nas duas primeiras partidas. O craque só veio ter oportunidade como titular no último jogo da Celeste Olímpica. Resultado? Nas duas primeiras partidas nenhum gol marcado, com um empate e uma derrota, e na terceira partida uma vitória por 2×0. O autor dos dois gols? Arrascaeta, aquele mesmo que o treinador não via com vaga no 11 inicial e cuja não titularidade muito provavelmente custou ao Uruguai uma vaga na fase de mata-mata na competição.

Que isso fique de lição não apenas para o novo treinador rubro-negro, como também para o novo treinador uruguaio e para todos os comentaristas de internet que parecem apaixonados pelo discurso de que “se um jogador está no Brasil ele não é tão bom assim”. Porque, como a nação rubro-negra bem sabe, Arrasca não só é “tão bom assim” como não tem problema nenhum em provar, jogo após jogo, título após título, que está sim entre os melhores do mundo. 

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