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Tostes explica porque Flamengo não zera suas dívidas


Rodrigo Tostes, dirigente do Flamengo – Foto: Divulgação

ESPN: O Flamengo encara o Athletico-PR pela final da Conmebol Libertadores, neste sábado (27), às 17h, com transmissão. Na terceira decisão em quatro anos, o clube colheu frutos de um trabalho de reconstrução financeira.

Um dos pilares para colocar o Rubro-Negro em ‘outro patamar’ foi o vice de finanças Rodrigo Tostes. Em entrevista exclusiva à ESPN, ele contou como foi o processo que fez o Flamengo virar a chave.

“Foram anos se preparando para isto. Para que não mais vivêssemos um ciclo e sim um período grande. Esses três anos concluem um projeto que tende a ficar perene aos próximos anos. O que podemos prometer é a gente conhecer todas as cidades da América Do Sul nos próximos dez anos. Esta é a nossa meta. Ganhar ou perder faz parte, mas vamos brigar por isso”, disse o dirigente.

Para a temporada 2022, a tendência é de que o Flamengo tenha o maior faturamento da história, algo em torno de R$ 1 bilhão. Durante a entrevista, explicou esse crescimento e abriu o jogo sobre a atual dívida rubro-negra, entre R$ 250 e R$ 300 milhões, algo totalmente controlado.

“Olhando para trás, nestes dez anos, nós não sabíamos onde estávamos pisando. A gente tinha balanço com todas as ressalvas que podem imaginar. Fizemos uma auditoria com a Ernest Young e a dívida apontava para algo entre R$ 700 e R$ 800 milhões, enquanto nosso faturamento era de R$ 185 milhões. A gente aumentava ano a ano a dívida. Com aquela estrutura não daria para pagar. O que o clube fez foi se preparar. Se não fossemos uma associação, teríamos pedido falência. A gente renegociou as dívidas, fizemos um trabalho de aumento de receitas. Hoje a situação é inversa. Temos uma dívida de R$ 250 milhões e um faturamento de R$ 1 bilhão. Nós poderíamos quitar nossa dívida em 100%. Nós esperamos este ano ter o resultado de R$ 350 milhões, que poderia quitar a dívida de R$ 250 milhões. Agora, por que não pagamos a dívida? Por que não faz sentido a gente mexer em algo que está bastante estabilizado, com juros negociados. Nós temos capacidade de pagamento”, disse.

“Ninguém queria emprestar dinheiro para o Flamengo, hoje somos sócio de um banco. A gente prefere ter uma dívida pequena e alongada, mas que ajude a nossa capacidade de investimento. Quando a gente escuta que o precipício do Flamengo está chegando, eles não sabem o que estão falando. Nós estamos controlados, somos responsáveis e sabemos que temos que tomar cuidado. O Flamengo está tranquilo do ponto de vista financeiro”, completou.

Link do Artigo do FlaResenha

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