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“Tem ideia clara de jogo”


18/2/2022 18:30

Meia-atacante aborda nova função pela esquerda, detalha como tem sido o início da relação com treinador português e destaca importância de o time entrar menos na pilha dos adversários

Com 10º título pelo Fla e Copa no radar, Everton Ribeiro elogia Paulo Sousa: Tem ideia clara de jogo

Everton Ribeiro já tem em seu currículo rubro-negro 274 jogos, 37 gols, faixa de capitão e quase todos os títulos possíveis. No próximo domingo, quando decide a Supercopa do Brasil contra o Atlético-MG, pode chegar à 10ª taça oficial com a camisa do Flamengo. Ele, porém, quer muito mais em 2022.

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É um objetivo (10º título) que está perto de ser alcançado, mas tem que trabalhar bastante para levantar mais um título. A gente sabe que não é fácil, e estar construindo essa história muito bonita é um privilégio e uma alegria muito grande. Esse ano, se tudo der certo, posso chegar a 300 jogos com o manto. Acredito que vem sendo escrita uma história muito bonita, mas vou trabalhar para que ela tenha mais conquistas e que fique mais recheada – afirmou Everton, campeão da Libertadores, do Brasileiro (duas vezes), da Recopa Sul-Americana, da Supercopa do Brasil (duas) e estadual (três) pelo Flamengo.

Os sonhos de Everton não se restringem às cores vermelha e preta. O amarelo da Seleção também o faz pensar alto, e a Copa do Mundo do Catar hoje é um objetivo bem factível. Primeiro porque conquistou a confiança de Tite, mas também pesa o fato de ter iniciado a temporada em alta.

E a arrancada positiva se dá sob nova direção e em função diferente. Ao falar de Paulo Sousa, o camisa 7 é só elogios e não somente em relação a si, mas principalmente devido à atenção que o português destina aos jovens.

Ele já mostrou por onde ele passou que é um treinador que tem uma ideia clara de jogo. Conhece de futebol e está passando isso para nós, que é de um ganho muito grande para cada um de nós jogadores. Tanto para os mais velhos quanto para quem está começando agora. Hoje mesmo ele está dando atenção especial aos mais novos, ensinando posicionamento, finalização.

– Estava até comentando com o Juan que são treinadores que veem a possibilidade de ensinar e que têm esse carinho e essa vontade de ver o jogador crescer. É muito legal de ver isso pessoalmente. Aprender com um treinador assim é sempre muito bom.

Citado até pelo próprio Paulo Sousa como um especialista na faixa direita de ataque, Everton tem atuado mais pela esquerda nesse início de ano. Convidado a explicar a função, o jogador de 32 anos não se vê como um ala.

Como o mister falou conosco, ele está tentando achar um jeito para tentar encaixar a melhor equipe que ele acha que tem que jogar com as ideias dele. Eu estou jogando agora do lado esquerdo mais como um ponta na hora de atacar e marcar. Acredito que não está sendo muito difícil para mim porque já joguei por dentro como meia central, como meia pela direita e agora jogo como meia pela esquerda. Então estou conseguindo me adaptar rápido ali. Com a equipe sabendo o que tem que fazer, fica fácil para todo mundo. A gente vem crescendo e tem muito o que fazer durante a temporada.

Confira outros tópicos do papo com o camisa 7:

O que está sentindo desse início de temporada individualmente e do Flamengo?

É um trabalho novo, foi um início de ano diferente, começando com ideias diferentes, mas acredito que o trabalho está sendo ?bem-feito. A gente tem conseguido entender bem o que o mister quer. Estamos conseguindo colocar em prática durante os jogos, o que é mais importante.

– Estou me sentindo bem, muito feliz por estar conseguindo fazer ali não uma nova função. Só mudei de lado, agora jogando pela esquerda. Estou tentando me adaptar o mais rapidamente possível para poder ajudar a equipe. Mas estão todos focados em fazer um bom trabalho, e acredito que estamos no caminho certo.

O que você poderia destacar de principal do trabalho do Paulo Sousa e o que ele tem de diferente?

Pessoalmente é jogar do lado esquerdo novamente, já joguei um tempo ali e agora tendo essa oportunidade de novo. E aprender uma nova formação, jogando com uma linha de três e podendo acrescentar novas ideias para aprender. Novas táticas, e isso acho que é importante para qualquer jogador. A equipe está sabendo lidar com isso, temos muitos campeonatos pela frente e pretendemos disputar todos.

Vê a Supercopa contra o Atlético como um daqueles jogos que mexe com o grupo? Vocês ficam ansiosos para disputar uma partida como essa?

É um título, e a gente não vê a hora de estar nesse jogo contra uma equipe muito forte do outro lado, com grandes jogadores. Então acredito que tem tudo para ser um grande jogo, e a gente está se preparando para fazer uma partida de alto nível e tentar conquistar mais um título.

O favoritismo é do Atlético-MG por ter vencido Brasileiro e Copa do Brasil?

São duas grandes equipes, com grandes jogadores. São dois trabalhos que estão começando, acredito que não tem favoritismo. Tem tudo para ser um grande jogo. Quem estiver mais atento, mais preparado e errar menos, vai sair na frente. Esperamos que seja para o nosso lado.

Se o Flamengo for campeão, provavelmente você, Diego e Diego Alves levantarão a taça. Como chegaram a esse trio de capitães?

Acho que foi natural. O momento que a gente teve essa primeira ideia foi porque um (Diego Ribas) estava voltando de contusão séria. Acho que envolveu aquele momento de mostrar que estava todo mundo junto (na conquista da Libertadores). Consequentemente isso foi levado para frente, e a gente espera repetir essa cena mais vezes.

Seleção Brasileira e Copa do Mundo

Sai a Supercopa e entra a Copa. Do Catar. Você está muito bem na fita na Seleção. Já conversa com Tite em relação ao novo posicionamento no Flamengo? Isso de fazer várias funções pode ser um plus na luta por vaga na Copa?

Não conversei ainda com o Tite, mas acredito que ele já me conhece muito bem. Na Seleção, faço tanto a direita, às vezes a meia central também. Acredito que seja uma posição a mais para que ele possa me ver em campo. Hoje em dia a gente sabe que é muito importante o jogador ser versátil. Espero estar sempre em alto nível para poder ser lembrado nas próximas convocações.

Mesmo faltando um bom tempo para a Copa, é um ano que a ansiedade fica o tempo inteiro?

É um ano especial, em ano de Copa do Mundo acho que todos os jogadores vêm ainda mais motivados para mostrar o seu futebol. Comigo não é diferente, ainda jogo no Flamengo. Essa motivação está sempre alta, isso me motiva a defender essa camisa com todas as forças. Meu primeiro pensamento é poder ser campeão aqui novamente, continuar com essa trajetória vencedora. E, consequentemente, isso vai me deixar mais perto para tentar uma vaga na Copa do Mundo.

Você foi vizinho do Catar no Al Ahli, dos Emirados Árabes. Questão de calor você não vai sofrer, ainda mais com Rio de Janeiro, se for convocado para a Copa…

Sim (risos), nosso vizinho o Catar, país incrível também. Em questão ao calor, a gente sabe que não tem muita diferença porque o Rio principalmente no verão é muito quente. Então a gente vai estar bem adaptado caso esteja na Copa do Mundo.

Autocrítica em relação a 2021, projetos para 2022 e relação familiar

Você conviveu com muitas críticas no ano passado. Concorda que teve altos e baixos? O que tirou de aprendizado para aplicar em 2022?

Acredito que todo jogador passa por isso, eu não sou diferente. Treino e tento me aperfeiçoar diariamente para manter uma regularidade e tentar sempre ajudar a equipe. Nesse ano, eu venho mais focado ainda, podendo manter o alto nível para poder ser campeão. É isso que nos deixa marcado, junto com a minha equipe. O mais importante é a equipe estar bem, e isso ajuda muito a nossa individualidade sobressair em campo. É continuar treinando bem para poder fazer isso nos 90 minutos.

O Flamengo brigou por títulos no fim do ano e sofreu derrotas frustrantes. Em 2022 é adotar o famoso ditado “ano novo, vida nova”?

Acredito que sim, o ano passado foi muito difícil. Batalhamos até o final, mas infelizmente não conseguimos alcançar os objetivos. Mas nesse ano a gente vem cada vez mais motivado, preparado e sabendo o que tem de fazer. Aprendendo com os erros, acho que isso é importante, e não cometê-los novamente para brigar e dessa vez tentar ser campeão.

Visual novo em 2022

Eu sempre acompanho (as brincadeiras na internet), é bom deixar o pessoal sempre na dúvida. Por que ele tá careca ou não? Ano novo, vida nova, e agora com visual novo para quem sabe tentar já começar com título e seguir ganhando com a camisa do Flamengo.

Como está sendo passar esse vínculo de ídolo do Flamengo para os seus filhos, que a torcida tanto adora?

É muito bom poder ver os meninos começando a entender mais essa paixão pelo futebol e pelo Flamengo. São dois cariocas e rubro-negros. Eles poderem viver isso de criança com uma perspectiva de dentro do clube é muito bom. Meus filhos vivendo isso de uma maneira diferente, podendo ver o pai jogando e esse amor crescendo pelo Flamengo e pelo futebol. Depois tenho certeza que vão viver isso na arquibancada. É muito especial poder viver esse momento com eles.

Eles levam jeito para a bola?

Tenho o Guto, que é destro. Agora o Antônio está se mostrando canhoto. Então vai ser muito legal vê-los crescendo. Se forem para o lado do futebol, terão um grande apoiador.

Mais sobre Paulo Sousa e necessidade de ser mentalmente forte

O que os líderes conversam em torno de conseguir fazer a temporada perfeita? E como tirar a referência de 2019 e evitar essas comparações?

O ano de 2019 foi mágico, como todo mundo fala, mas a gente tem que pensar no presente. São outros jogadores, outra ideia de futebol. Então é começar do zero e poder seguir um caminho também de vitórias, também com o objetivo de ser campeão, mas focar no hoje para que no final a gente possa estar comemorando como em 2019.

Paulo Sousa fala toda hora em “cultura de vitórias”. Que tipo de conversa mental que ele leva mais com vocês? Que palavras usa mais?

Acho que a palavra principal que ele usa é estar mentalmente forte, poder estar sempre focado no que fazer dentro de campo. Independentemente de juiz ou do que o adversário possa fazer, é estar focado no nosso jogo e tentar fazer o melhor a todo momento. Ele bate bem nessa tecla. Isso vai ficando no dia a dia cada vez mais forte, e a gente consegue levar isso para o jogo.

Vocês têm um grupo com vários experientes. Naquele Fla-Flu, o Fluminense conseguiu pilhar o Flamengo de uma maneira. Fica uma lição da maneira que o Flu conseguiu pegar o controle do jogo no pênalti anulado para não ter novos problemas de ordem mental?

Acho que foi um alerta, sabemos que temos jogadores para não deixar o jogo seguir esse caminho. Tanto que o mister falou isso conosco que é um exemplo a não se fazer. Já vem mudando essa mentalidade para que a gente possa estar sempre focado no jogo. Quanto mais minutos a gente estiver focado e jogando, a nossa equipe pode surpreender e fazer gols. É pensar só em jogar bola e esquecer o entorno do futebol.

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153 visitas – Fonte: Globoesporte.com



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