Notícias

Tática, preferências por jogadores e comparação com Abel Ferreira: jornalistas portugueses dão detalhes de Carvalhal


Em contato com o Coluna do Fla, especialistas portugueses explicaram um pouco mais sobre o perfil do possível novo treinador rubro-negro


Por: Ana Beatriz Zayat

Refém de um trabalho desenvolvido com maestria há dois anos, o Flamengo tem como prioridade absoluta encontrar um comando técnico capaz de recolocar o clube como protagonista do futebol continental em 2022. E ao que tudo indica, o Rubro-Negro pode estar bem próximo de apresentar um novo nome de terras já conhecidas. Trata-se do português Carlos Carvalhal, que recentemente sinalizou positivamente ao interesse do Mais Querido e teve a aprovação de jornalistas de Portugal.

Diante da possibilidade de acordo entre as partes, a reportagem do Coluna do Fla entrou em contato com jornalistas portugueses extremamente conhecedores de táticas e estratégias para, então, apresentar um pouco mais do perfil de Carvalhal aos rubro-negros. Em sua análise sobre o período do comandante no Braga, o especialista Tomás da Cunha, da Eleven Sports e Tribuna Expresso de Portugal, fez um comparativo de Carlos com Abel Ferreira, do Palmeiras.

Carvalhal já disse em programas de televisão que “não tem sistema táctico”, mas o Braga joga sempre com um sistema fixo. É um 3-4-2-1 a atacar, depois defende em 5-2-3/5-4-1. Mas atenção porque nem sempre joga necessariamente com três zagueiros, faz como o Abel Ferreira e deixa um dos laterais para construir. Ou seja, cria assimetrias na equipa. No Fla, seria certamente Filipe Luís a ficar com esse papel. O Braga teve momentos muito interessantes a nível exibicional, mas pouca continuidade. Procura construir, mas nem sempre consegue fazer a ligação por dentro e aposta muito nas laterais para desequilibrar.

Questionado pela reportagem do Coluna do Fla, principalmente, sobre o setor defensivo, problema recorrente no Flamengo, o jornalista arriscou uma montagem de um dos possíveis esquemas táticos de Carlos Carvalhal com as peças rubro-negras à disposição.

A diferença é que o Abel é um estrategista, muda muitas vezes de sistema, e o Carvalhal tem uma ideia mais inegociável. Sim, precisarão de uma alternativa válida para esse papel (na ausência de Filipe Luís, que dificilmente terá a mesma sequência dos outros anos). Imagino algo como David Luiz, Rodrigo Caio, Filipe Luís como zagueiros, Isla e Bruno Henrique nas laterais, Arão e Andreas volantes, Everton Ribeiro e Arrascaeta no apoio a Gabigol.

Por fim, Tomás da Cunha concluiu: “O Flamengo tem mais recursos individuais do que tem o Braga, há essa diferença significativa. Se houver boa relação com o elenco, dificilmente não fará um trabalho interessante”. Cabe pontuar, ainda, que Carlos Carvalhal é reconhecido por ser muito próximo de seus jogadores.


Saiba como se dar bem duplamente com vitórias do Flamengo!


Em outro contato, desta vez com Brás Assunção, jornalista responsável por iniciar um projeto de podcast “Futebol de Bolso”, que faz ligação entre portugueses e brasileiros, Carvalhal também recebeu voto de confiança pela boa relação como diferencial para alcançar o sucesso em solo nacional.

Carlos Carvalhal é um treinador que gosta de estudar bem os times adversários, é viciado nisso. É daqueles que se os jogadores comprarem a ideia, dará um grande show. Usa quase sempre o mesmo esquema no Braga, mas passa por diversas variações táticas durante o mesmo jogo. Ou seja, o time se adapta as circunstâncias de cada adversário e momentos de jogo. Isso bem feito é uma delícia de ver.

Ao concluir, fez uma indicação aos interessados em conhecê-lo um pouco mais: “Veja o trabalho dele no Rio Ave, na época 2019/20, que levou o time à competição europeia ao jogar muito e ganhar de grandes equipas aqui em Portugal”.



Link do post

E pra você que curte o mundo esportivo -- entre agora mesmo em Palpites GE e tenha sempre em mãos as melhores dicas de investimento no futebol brasileiro e internacional.