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Supercopa é decidida pelo inusitado e prevalece a análise fake


21/2/2022 08:59

Supercopa é decidida pelo inusitado e prevalece a análise fake

Há duas formas de analisar a Supercopa entre Atlético-MG e Flamengo. A primeira opção é avaliar o jogo após o seu resultado: construir uma narrativa que se encaixa com o fato de que o Galo foi o campeão. A segunda alternativa é contar o que foi o jogo, suas nuances táticas e técnicas, seus acasos, seus detalhes.

No primeiro caso, pode-se ver exaltações ao Hulk sempre decisivo (apareceu em um lance no jogo inteiro). Ou ataques à falta de precisão do time rubro-negro nas cobranças (correto, perder quatro chances de título em pênalti é bem raro). Ainda haverá os tradicionais ao técnico estrangeiro inovador da vez, Paulo Sousa, que é um inventor, quer trocar posições, não entende como o Flamengo deve jogar (“Pardal, eles não jogam aí”). Serão seguidos em elogios ao treinador Turco Mohamed por ter mexido pouco no Atlético-MG de Cuca (“isso mesmo, time campeão não se altera”).

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A segunda análise é mais complicada porque pressupõe que se reme contra a maré, que se avalie pelos fatos além da imagem emocional de uma taça. Mas, neste tipo de análise, não há dúvida: o Flamengo foi um time que evoluiu em relação ao ao passado, apresentou variações táticas e dominou o Atlético-MG. Já o Galo foi uma repetição do conservadorismo (vitorioso) construído por Cuca em 2021.

A iniciativa da partida foi rubro-negra desde o começo. O time escapava nas alas com Everton Ribeiro e Rodinei, enquanto João Gomes dominava o meio de campo. Tinha mais agressividade e presença no campo do ataque. Com meia hora, produzira três chances de gol.

O Galo defendia-se e apostava nos contra-ataques explorando as laterais rubro-negras, ponto frágil. Mas era bem pouco ameaçador. Um cenário bem diferente da partida anterior entre os dois times em que o time mineiro tentava atacar e que o Flamengo se defendia no Maracanã.

Os erros de conclusões de Gabigol levaram o placar zerado até o final o primeiro tempo quando Arana acertou um chute da intermediária para Hugo rebater para Nacho fazer o gol – falha do goleiro rubro-negro. Tal foi o domínio que Nathan SIla, zagueiro atleticano, poderia sair expulso caso o árbitro Anderson Daronco não ignorasse uma mão que interrompia um contra-ataque – posteriormente, ele tomou um amarelo também por parar um ataque com falta. O placar não refletia o que foi o jogo.

Ressalte-se que, no segundo tempo, o Atlético-MG saiu um pouco mais para marcação ofensiva. O Flamengo, no entanto, seguia melhor até que Filipe Luís achou um passe precioso para Arrascaeta dar uma assistência para Bruno Henrique. A bola sobrou para Gabigol.

O time carioca virou com uma bela jogada de Lázaro que entrou no lugar de Everton Ribeiro para fazer a ala esquerda. A troca constante de posições de Pauso Sousa, sim, mudou as funções de vários jogadores. E os dois, Ribeiro e Lázaro, jogaram bem nas novas posições, mas aí é muita preguiça de analisar isso. Pois Lázaro acertou o passe para Bruno Henrique botar o rubro-negro na frente.

Em desvantagem, o Galo avançou sua marcação e trocou atletas, Ademir e Vargas entraram em campo, deram amplitude nas laterais para o time. Do lado rubro-negro, Paulo Sousa tirou o cansado Bruno Henrique por Diego, e perdeu velocidade na jogada ofensiva. Errou feio o português, matou seu ataque. O time atleticano cresceu com uma pressão de bolas rondando a área rubro-negra. Foi melhor por uns 20min.

Foi em um desses lances que Hulk recebeu na área e mostrou timing de centroavante. Driblou com o corpo o zagueiro Fabrício Bruno e chutou para empatar. O jogo se arrastou até o final.

As cobranças de pênaltis podem ser descritas como bizarras. Houve bastante eficiência no início e um nível de conclusão risível no final. O destaque negativo vai para Arão que bateu um pênalti nas mãos de Everton quase como um garoto nas mãos do pai.

Os goleiros Everson e Hugo, no que lhes cabe, foram bem debaixo da trave, embora tenham perdidos suas cobranças. Melhor para o atleticano que pegou três pênaltis, não é pouco mesmo considerando o total de cobranças. O Flamengo desperdiçou quatro chances de matar o jogo em pênalti, é bem raro ocorrer com um time e mostra um problema para decidir, ainda mais somando o que ocorreu em 90min. Tomou uma virada em penalidades.

Ao final, é fácil analisar de trás para frente e ver só acertos no Galo e erros no Flamengo. Não foi o que ocorreu. Durante o jogo corrido, o time rubro-negro mostrou evolução e ser melhor do que era no ano passado, o Atlético-MG revelou estar no mesmo estágio. Mas a moeda caiu para o lado do Galo, assim com caiu para o do time carioca em 2021 diante do Palmeiras (um jogo igual naquele ano). Não lhe adiantou muita coisa ao final da temporada.

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12 visitas – Fonte: Blog Rodrigo Mattos



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