Depois de ter a denúncia contra Gabigol arquivada, o Atlético-MG entrou com recurso, mas novamente não teve o pedido aceito pelo Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD). O clube mineiro solicitou punição ao atacante do

Flamengo

por supostamente incitar a violência e ter tido atitude contrária à disciplina e à ética desportiva após a derrota rubro-negra no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil – na última quarta, o Fla venceu a partida de volta por 2 a 0 no Maracanã e avançou na competição.

Ainda no dia 22 de junho, quando as equipes se enfrentaram no Mineirão, o Atlético apresentou uma notícia de infração sobre a frase dita pelo atacante após o 2 a 1 a favor do Galo, em Belo Horizonte.

– Agora temos outro final de semana e depois vamos para a Libertadores. Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno – disse Gabigol ainda no gramado do Mineirão.

1 de 2 Gabigol comemora a classificação do Flamengo contra o Atlético-MG — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Gabigol comemora a classificação do Flamengo contra o Atlético-MG — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A direção atleticana entendeu que o uso da palavra “inferno” poderia acirrar os ânimos visando o confronto de 13 de julho no Maracanã. A denúncia não foi adiante, e o procurador Giovani Rodrigues Mariot optou pelo arquivamento devido à “falta de tipicidade necessária para amparar o oferecimento de denúncia”, que “não está alinhada com o contexto em que a declaração foi dada”. Para Mariot, a fala de Gabigol foi “claramente sobre o ambiente do jogo”.

O Atlético recorreu da decisão, mas o STJD manteve a denúncia arquivada em decisão proferida nesta sexta-feira, dois dias após o jogo de volta. O assunto foi encerrado de forma definitiva. No entendimento do Procurador do STJD, Rodrigo Botelho Piacente, a declaração de Gabigol não incita a torcida ou violência e “não há nexo casual entre as ameaças propagadas por torcedores nas redes sociais com a declaração do atleta”.

– Não haverá denúncia, que obviamente é uma decisão correta. As alegações da Notícia de Infração não tinham fundamento – afirmou o advogado Michel Asseff Filho, que representou o

Flamengo

no caso.

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