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Sob cobrança por mudanças no futebol do Flamengo, presidente Landim viaja e não acompanha delegação no Peru


A cobrança por reformulação no futebol do Flamengo vai muito além das peças em campo e até do técnico Paulo Sousa. Na Gávea, o presidente Rodolfo Landim tem sido pressionado a intervir com pulso mais firme nas decisões do dia a dia e no diálogo com atletas, treinador e os dirigentes do futebol.

Após a perda do título Carioca para o Fluminense, o mandatário foi alvo de uma carta assinada por mais de 50 conselheiros, e endereçada também aos demais presidentes de poder do clube, com a exigência por uma reestruturação no departamento, que aumenta a pressão sobre o vice de futebol Marcos Braz.

Landim marcou presença antes da decisão do Estadual no CT, mas após o jogo embarcou em viagem particular. O presidente não acompanhou a delegação que foi ao Peru para estreia na Libertadores. Também não viajaram nenhum vice-presidente. E Landim sequer pediu licença do cargo para que as suas atribuições fossem delegadas ao vice-geral, Rodrigo Dunshee.

O único vice-presidente presente no Peru é Marcos Braz, a quem Landim delega o comando do futebol mesmo em momentos de crise. Neste domingo, Braz comandou reunião com Paulo Sousa em que deu apoio ao treinador, ao lado do diretor Bruno Spindel, outro cobrado pelo perfil de pouca ascensão sobre o elenco rubro-negro no dia a dia.

Com o vice no Estadual, Landim informou que se dedicaria mais ao Flamengo e disse ter aberto mão do cargo de Presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Mas ato contínuo embarcou para fora do Brasil e tem previsão de volta somente em duas semanas.

Enquanto isso, o Flamengo estreia na Libertadores nesta terça-feira, contra o Sporting Cristal, fora de casa. E na volta, inicia a caminhada no Campeonato Brasileiro, diante do Atlético-GO, sábado.


Confira a carta enviada ao presidente:

“No dia 31 de março, o Flamengo publicou o balanço referente ao ano de 2021: uma receita bruta superior a R$ 1 bilhão, e um recorde para o futebol brasileiro, com um superávit de R$ 177,6 milhões, o maior superávit contábil da história do Clube. Porém, os resultados em campo estão muito aquém da maior folha salarial da América Latina e de um CT excepcional. E por mais que o futebol seja imprevisível, depois da perda do título de ontem, contra um time lidando com gravíssimos problemas financeiros e uma estrutura muito inferior a nossa, evidenciam a necessidade de uma ampla reestruturação no departamento de futebol.

Essa necessidade já se esboçava em 2020, e foi infelizmente protelada. Mas, depois da derrota de ontem, não podemos mais perder um dia sequer; precisamos reorganizar, reformular, o futebol do Flamengo. Portanto, pedimos uma reunião para ficarmos a par do que será feito de agora em diante. Precisamos que a gestão profissional das finanças seja também adotada no futebol. Precisamos das pessoas mais qualificadas e experientes do mercado para trabalhar no Clube.

Precisamos de um acompanhamento psicológico permanente, não somente como suporte para os atletas, mas como parte motivacional, importante trabalho mais do que comprovado em inúmeros clubes europeus. Precisamos analisar se existem desavenças no vestiário e, se necessário, reavaliar os contratos de alguns jogadores. Senhores, que a derrota de ontem seja um wake up call. Que a derrota de ontem seja, não o triste fim de um melancólico campeonato, mas o início de uma nova era no Futebol do Clube de Regatas do Flamengo, permeado por profissionalismo, compromisso e excelência…

Rio de Janeiro, 3 de Abril de 2022.

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