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Só a volta de Jesus fará o Flamengo superar atual ciclo vicioso


Quase dois anos depois da saída de Jorge Jesus do comando técnico do Flamengo, o departamento de

futebol

do clube segue vivenciando os mesmos problemas. A partir dos jogadores, passando pelos funcionários, e chegando aos dirigentes, o rubro-negro não consegue ter momentos de paz, sintonia e total convicção com nenhum profissional que chegue para dirigir o time. Paulo Sousa vai se encaminhando para o mesmo lugar de Rogério Ceni e Domènec Torrent na história recente do clube.

Há uma diferença gritante entre o desempenho do time no duelo contra o Atlético Mineiro, na final da Supercopa do Brasil, e o que foi apresentado nos últimos jogos. Na decisão disputada há cerca de 40 dias, o rubro-negro foi superior ao atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil na maior parte do tempo. Era nítido que ali haviam conceitos em desenvolvimento e uma equipe mais ”viva” em campo.

Mas o que teria mudado de lá pra cá? A convivência! As informações de conflito interno e falta de sintonia com determinados jogadores são bem frequentes. Paulo Sousa repete a história de Ceni e Dome. Começa sendo elogiado por seus métodos de trabalho e criatividade nos treinos, solicita melhorias e promove mudanças na estrutura interna e na rotina dos atletas, e na sequência vê o desempenho cair de forma assustadora.

Renato Portaluppi foi o único técnico ”pós-Jesus” a não vivenciar a sequência de fatos. Conseguiu ter boa relação com o elenco por sua forma de conduzir o vestiário, mas por outro lado mostrou-se limitado em repertório tático, algo assumido até pelos jogadores que eram mais próximos dele.

Toda a sequência narrada acima é acompanhada de forma passiva pela diretoria. Quem não se lembra de Marcos Braz correndo desesperadamente atrás de

Gabigol

quando este deixou o campo chutando garrafas d´água após um Flamengo e Fortaleza que iniciou no banco de reservas em 2020? Este é apenas um exemplo entre vários que ocorreram nos últimos dois anos.

Os principais jogadores do Flamengo perceberam a força natural que ganharam após a temporada marcante de 2019, os títulos que também vieram na sequência, e simplesmente manipulam a continuidade de qualquer profissional que os afete minimamente em suas vaidades. Um caminho sem volta. Perigoso! E proporcionado pela permissividade da direção rubro-negra.

Ao mesmo tempo, a ”sombra” de Jorge Jesus segue viva, e só será apagada quando o Mister retornar. Se vai repetir o trabalho histórico feito em 2019/2020 é muito difícil. Naquele momento, não só a qualidade dele como treinador, mas um somatório de fatores envolvendo os atletas foi determinante. Qualquer coisa diferente daquele nível de futebol apresentado soará como decepção, mas o Flamengo precisa disso, nem que seja para aprender que não existe treinador perfeito.

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