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Rocha: Obsessão do Palmeiras por Pedro se justificaria no campo?


O Palmeiras não desistiu de Pedro.

Ao imaginar que o Flamengo poderia ficar mais aberto à negociação por conta do imbróglio com o Banco Central, que foi solucionado com a redução da penhora para 10 milhões de reais, o clube paulista ofereceu 20 milhões de euros (110 milhões de reais) e mais dois jogadores por 80% dos direitos econômicos do atacante rubro-negro.

Rodolfo Landim comunicou diretamente a Leila Pereira a negativa, mantendo o discurso de que só negocia pela multa rescisória, que é de 100 milhões de euros, cerca de 550 milhões de reais, dentro do mercado brasileiro.

O clube carioca paga a Fiorentina de forma parcelada os 14 milhões de euros da contratação definitiva realizada no final de 2020 e tem orçamento e o direito legítimo de recusar propostas por um atleta que considera útil ao elenco. E a discussão sobre titularidade, diante da realidade de alta rotatividade dos principais elencos do país e do mundo, não faz muito sentido.

Mas, afinal, toda essa obsessão do Palmeiras por Pedro se justifica? O alto investimento teria boas respostas no campo?

O camisa 21 rubro-negro é um jogador forte, de boa estatura, mas essencialmente técnico. Às vezes até exagera na plasticidade em jogadas que poderiam ser mais simples para um centroavante que precisa de bolas nas redes adversárias para lutar com

Gabigol

e Bruno Henrique por mais minutos em campo. Tem 38 gols, mais dez assistências, em 94 partidas pelo Fla.

Mas não é um atacante de velocidade, nem tem a característica de voltar para ajudar no trabalho sem bola para dar liberdade a atacantes mais rápidos. Como fazia Luiz Adriano, que jogava com a camisa dez, mas foi o último “nove” de bom nível técnico a vestir a camisa alviverde.

Considerando a proposta de jogo do time de Abel Ferreira, especialmente em jogos grandes, contra as potências do Brasil e do continente, seria necessária uma adaptação, ou Pedro passaria o jogo marcando para que Dudu e Rony acelerassem os contragolpes. Um desperdício de talento.

A menos que houvesse uma combinação de estilos. Os três gols marcados por Pedro no Palmeiras desde 2020 são exemplos de que seria possível. Os dois primeiros se desmarcando rápido da última linha de defesa e completando cruzamentos, de Arrascaeta pela direita no empate por 1 a 1 no Allianz Parque em 2020 e de Bruno Henrique pela esquerda na vitória rubro-negra por 1 a 0 no Maracanã, pela abertura do Brasileiro 2021.

Outra arma seria o jogo aéreo com bola parada, recurso muito utilizado por Abel Ferreira. Como no gol de cabeça, completando cobrança de escanteio de Vitinho pela direita, nos 3 a 1 em São Paulo. Pedro é alto, tem bom posicionamento e a técnica da finalização de cabeça.

Seria possível “dar match”, sim. Mas, diante das negativas do Flamengo, melhor pensar em outras opções no mercado.

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