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Rocha: Everton Ribeiro foi o símbolo da estreia de Paulo Sousa no Flamengo


Vitinho foi o melhor em campo na estreia dos titulares do Flamengo e do treinador Paulo Sousa na temporada. Nos 3 a 0 sobre o Boavista, o camisa onze recebeu a braçadeira de capitão e foi uma liderança técnica, com três assistências e ótimas jogadas. Principalmente, mostrou concentração durante os 90 minutos. Foi intenso.

Marinho foi o grande personagem nos 45 minutos em que esteve em campo. Na primeira participação, sofreu e cobrou uma falta com perigo. Além do carisma que já conquistou os rubro-negros, a personalidade para arriscar, mesmo em uma estreia e sem entrosamento com os companheiros. Às vezes se atrapalha no “chuta-chuta”, poderia ter acionado Matheuzinho em ultrapassagens, mas teve presença de área no gol que marcou.

O maior símbolo da estreia de Paulo Sousa, porém, foi Everton Ribeiro. Compromisso, leitura dos espaços e versatilidade.

Jogou pouco mais de dez minutos no dia anterior pela seleção brasileira no Mineirão, se apresentou normalmente para ser relacionado e aceitou com naturalidade começar no banco de reservas.

Até porque no 3-4-2-1 planejado e executado por Sousa na fase ofensiva era difícil vislumbrar um espaço para o camisa sete na base titular. Mas o treinador encontrou na sacada de resgatar o Everton lateral esquerdo do início da carreira, porém de outra forma.

Entrou na vaga de Renê, totalmente perdido como ala bem aberto. Ocupou o setor esquerdo com técnica e habilidade para protagonizar belas jogadas. Sem a intensidade e o vigor físico de Matheuzinho, que jogou de uma linha de fundo à outra durante todo tempo no lado oposto, circulou por uma zona menos “povoada” e deixou as jogadas de fundo para Vitinho.

No ataque posicional de Sousa, há espaços que devem ser preenchidos, mas não exatamente pelos mesmos jogadores em um esquema engessado. O ala pode apoiar por dentro e o atacante abrir o campo e dar profundidade às ações ofensivas.

Ou o próprio atleta pode mudar de função. Com a entrada de Rodinei na vaga de Pedro,

Gabigol

foi para o centro do ataque, perdendo mais uma oportunidade das três cristalinas que desperdiçou, além do gol em nova assistência de Vitinho. E Everton Ribeiro foi cumprir uma função mais parecida com a dos tempos de Jesus, Dome, Ceni e Renato: pela direita, cortando para dentro e abrindo o corredor para o ala.

É claro que a fragilidade do Boavista relativiza tudo que se viu na estreia. No entanto, mais importante que a vitória tranquila foi notar os jogadores mais condicionados fisicamente, concentrados em recuperar a bola assim que a perdem e dispostos a executar o plano do treinador. Começando o jogo ou entrando no segundo tempo.

Até para distribuir os minutos ao longo da temporada e não acontecer dos titulares chegarem destruídos em uma final de Libertadores. Todo mundo vai jogar e é importante que o elenco entenda e coloque em prática a ideias de Sousa.

Na coletiva pós-jogo, o técnico elogiou Everton Ribeiro: “O Everton é super inteligente, conhece os espaços, é tecnicamente evoluído. Ele dá ritmo, é bom no um contra um. Penso em poder utilizar ele em várias posições. Ele começou mais no corredor esquerdo, depois foi para o corredor de dentro.”

Esta deve ser a marca do Flamengo de Paulo Sousa. De descartado, em tese, Everton Ribeiro pode virar o “coringa” em um time “mutante” ao longo da temporada.

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