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RMP: O pulso rubro-negro ainda pulsa no Brasileiro


Achei que o Flamengo se despediria da luta pelo tricampeonato brasileiro no Castelão. Com o time destroçado pelas datas Fifa e pela assustadora série de contusões musculares que assola o elenco, um tropeço diante de uma equipe muito bem armada, como o Fortaleza do argentino Juan Vojvoda, seria até natural. E, se acontecesse, significaria praticamente entregar a taça ao Atlético Mineiro que, mais cedo, batera o Ceará por 3 a 1, com dois gols de Hulk que, sabe-se lá o porquê, Tite, dessa vez, preferiu não convocar.

Mas o Flamengo venceu, no Ceará. E venceu bem, por 3 a 0. Não chegou a ser uma exibição de gala. Mas a equipe rendeu mais do que no empate com o

Red Bull Bragantino

, na rodada anterior (empate em 1 a 1). Taticamente, o time de Renato Gaúcho foi mais corajoso. Nos primeiros 20 minutos da partida, imprensou o adversário em seu próprio campo, pressionando a saída de bola e avançando sua zaga até à linha do meio-campo. No melhor estilo Jorge Jesus. Só que os desfalques de sete titulares (Diego Alves, Isla, David Luiz, Arrascaeta, Éverton Ribeiro,

Gabigol

e Bruno Henrique) cobraram seu preço. E o gol não saiu.

Após o intervalo, bastaram sete minutos para o rubro-negro carioca resolver a parada e se manter vivo na perseguição ao líder do campeonato. Pedro, de cabeça, em escanteio cobrado por Andreas Pereira; Michael, em rebote de um chute do mesmo Andreas, e novamente Michael, cabeceando cruzamento perfeito de Matheuzinho. Fatura liquidada.

Quando a CBF traiu o Flamengo e resolveu não cumprir a promessa de adiar os jogos dos times que tiveram jogadores convocados (e nenhum teve tantos quanto o atual bicampeão brasileiro), cheguei a escrever que a missão dos reservas rubro-negros seria entregar aos titulares, quando esses regressassem, o Fla na mesma distância para o Atlético Mineiro em que receberam: 11 pontos que podem se transformar em cinco, se os dois jogos adiados forem vencidos, e apenas dois, se ganhar o confronto direto contra o líder, no Maracanã. A tarefa está próxima de ser concluída. Falta o Juventude, no Maracanã, teoricamente, o menos complicado.

Muitos ainda criticam Renato Portaluppi por supostamente poupar titulares no Brasileiro, pensando na

Libertadores

e até na Copa do Brasil. Não creio que esteja fazendo isso. Mas ainda que estivesse, como criticá-lo depois de ver Arrascaeta sofrer uma lesão que pode até tirá-lo do jogo mais importante da temporada: a decisão da principal competição do continente.

Com aproveitamento excepcional (superior a 80%), Renato mantém vivo o Flamengo nas três competições que disputa. Não seria aconselhável lhe dar um mínimo de crédito?

Em tempo: dois dos principais jogadores do time reserva do Flamengo são autênticos vaga-lumes: Vitinho e Michael. O primeiro não luziu em momento algum, no Castelão e ainda levou um cartão amarelo que o tira da próxima rodada. Já o segundo, depois de errar tudo no primeiro tempo, decidiu a partida, em sete minutos, no segundo.

Por sua vez, Andreas Pereira não rende tanto como terceiro homem de meio-campo quanto como segundo volante. Mas fez o bastante para garantir um triunfo importantíssimo, para manter o Flamengo na briga.

E Pedro voltou a ser Pedro. Que gol importante. E que atuação digna do talento do seu

futebol

.

O pulso rubro-negro ainda pulsa no Brasileiro.

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