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Repórter assediada por torcedor do Flamengo fala sobre o caso: ‘Sofri importunação e isso é crime’


A repórter da ESPN Jéssica Dias postou, em seu perfil no Instagram, um relato sobre o assédio que sofreu nesta quarta-feira, quando fazia uma reportagem ao vivo no Maracanã. O rubro-negro Marcelo Benevides Silva, sem que tivesse autorização, a beijou. E esse não foi o único momento em que o flamenguista molestou a jornalista. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.

Jéssica começa o texto, escrito nesta quinta-feira, com um recado aos que alegam que “foi só um beijinho no rosto”:

“Não. Não foi. Antes tiveram muitos xingamento e importunação pq o ao vivo demorava. Pedi calma e para que não ficasse xingando, não precisava. Vieram os “pedidos de desculpa” com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração. Outra tentativa de beijo no ombro. Me esquivei e meu câmera o chamou a atenção dele. O último ato foi o beijo no rosto. Que poderia ter sido na boca e não mudaria nada. Eu sofri importunação sexual enquanto trabalhava e isso é crime. Eu não queria beijo, não queria carinho, não queria passar 3h em uma delegacia. Eu só queria trabalhar. O ser humano que fez isso estava com um filho menor de idade que se desculpou pelo pai. O menino não tem culpa, não punam a família dele. Eu agradeço todo apoio e carinho dos meus chefes, colegas, torcedores, telespectadores e ouvintes da @espnbrasil e da @lbvbrasil . Agradeço em especial ao @bandeira2000 e @andrelzdsouza, minha equipe na pauta. Dois HOMENS de caráter, que foram atrás do cara e ficaram comigo durante todo tempo. Sábado eu me caso e no altar vou beijar o homem que eu permiti que o fizesse. Ficarei uns dias longe daqui e dos canais. Obrigada a todos ❤️”

Na publicação, Jessica reiterou que o assédio não se restringiu apenas ao beijo no rosto que foi dado ao vivo nas câmeras do canal.

A repórter agradeceu aos cinegrafistas André e Bandeira, que a auxiliaram, imobilizaram o homem e chamaram a Polícia para levá-lo à delegacia no próprio estádio do Maracanã, o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos. Depois de prestar depoimento, ela voltou para casa acompanhada de seu pai.

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