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Ranking liderado por Michael como mais eficiente do Brasileirão conta com finalistas da Copa do Brasil


Foi a eficiência que levou Michael a brilhar no Campeonato Brasileiro. Vencedor de

três prêmios

no Brasileirão, um deles de melhor atacante da competição, Michael fez 71 finalizações no campeonato e a expectativa era de que, pelas características dessas conclusões, ele conseguisse marcar entre sete e oito gols, só que ele marcou 14 e, assim, se tornou o jogador mais eficiente do Brasileirão. Gilberto, do

Bahi


a

, foi o segundo mais eficiente, com 15 gols marcados quando a expectativa era de que conseguiria fazer dez. Deixamos no final do texto a explicação sobre o que é a expectativa de gol (xG).

 — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
2 de 5 — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

— Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Como se vê na tabela, o terceiro jogador mais eficiente do Brasileirão é o atacante Hulk, do

Atlético-MG

. Ele volta a campo nesta quarta-feira para decidir outra competição, a Copa do Brasil, contra o

Athletico-PR

, de Terans, que aparece na 22ª colocação do ranking, fazendo praticamente o que se esperava dele em 73 finalizações. Contra a equipe mineira, após perder o jogo de ida por 4 a 0, em Belo Horizonte

, o Athletic


o-PR

precisará ser muito eficiente em Curitiba, principalmente porqu

e o Atlétic


o-MG

se notabilizou por ser a defesa visitante que menos finalizações permitiu a adversários no Brasileirão, em média, 9,5 por partida.

Mas se os eficientes Hulk e Terans são considerados titulares na finalíssima da Copa do Brasil, a equipe paranaense faz mistério em relação ao meia Nikão,

que deve ficar fora da partid

a. Decisivo na final da Copa Sul-Americana, quando marcou o golaço da vitória sobre o

Bragantino

, Nikão foi um dos finalizadores mais ineficientes do Brasileirão. Pelas características dos arremates que arriscou, esperava-se que ele conseguisse quatro gols, mas marcou três.

O que conta aqui é realmente a diferença entre o que um atleta fez e o que se esperava que conseguisse com as suas conclusões. Mas, no Brasileirão, a tomada de decisão de Nikão o levou a arricar finalizações com baixas chances de virar gol. Por exemplo, das 48 finalizações que fez, 28 foram de fora da área, de onde é mais difícil marcar, tanto que nenhuma das 28 virou gol. A expectativa era de que 8% das tentativas de Nikão virassem gol, mas nas conclusões de Hulk, a expectativa era de que 13% balançassem a rede. Na realidade, Nikão fez gol em 6% das tentativas, e Hulk, em 17,6%, praticamente o triplo. Um dos motivos é que Nikão cobrou um pênalti no Brasileirão, e Hulk, seis, mas entre 108 finalizações. Nikão foi o 13º jogador menos eficiente.

O atacante Mendoza, do Ceará, foi o jogador mais ineficiente em finalizações. Esperava-se que suas 51 finalizações virassem entre cinco e seis gols, mas ele só conseguiu marcar um. Como o futebol é muito dinâmico, Mendoza contribuiu de outras formas, como

fazendo três assistências para gols no clássico contra o rival


Fortaleza

.

Abaixo de David atletas não são nem eficientes nem ineficientes, com eficiência zero — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
3 de 5 Abaixo de David atletas não são nem eficientes nem ineficientes, com eficiência zero — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Abaixo de David atletas não são nem eficientes nem ineficientes, com eficiência zero — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Os rankings de jogadores mais eficientes e ineficientes comparam atletas que tenham feito no mínimo 43 finalizações, o correspondente a 40% do número de finalizações de quem mais arriscou, no caso, o atacante Hulk com suas 108 conclusões.

A expectativa de gol (xG) é um indicador consolidado futebol internacional que considera características de cada finalização, como distância e ângulo em relação às traves. Quanto mais centralizado e de perto das traves, maior a chance de uma finalização entrar no gol.

A partir de 83.406 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.419 jogos de Brasileirões desde 2013, Um modelo estatístico compara cada nova finalização com o índice de acerto das finalizações feitas anteriormente com aquelas mesmas características. Do total de cobranças de pênalti, 76,5% viraram gol. Então, a expectativa de gol de uma cobrança de pênalti é de 0,765 xG. Quando o jogador faz o gol de pênalti, ele é 0,235 xG mais eficiente do que a média dos cobradores de pênalti em Brasileirões. Basicamente, é isso. Se uma finalização é feita de primeira, tem uma expectativa de virar gol diferente de quando o atleta domina a bola antes de chutar.

Para calcular a expectativa de gol (xG) são consideradas características relacionadas à origem da jogada (se foi conseguida a partir de um cruzamento, falta direta ou contra-ataque, por exemplo), a parte do corpo que o atleta usa para finalizar, se o chute foi com a perna dominante ou com a outra, se foi um cabeceio. O tempo de jogo, a diferença no placar no momento de cada finalização e a diferença de valor estimado de mercado das equipes em cada temporada também são incluídos no modelo. É maior a tendência de uma finalização virar gol quando feita no final de uma partida; um time que está goleando tem chance maior de fazer mais um gol; times mais ricos têm mais chances de montar equipes demolidoras.

Um jogador é considerado eficiente se ele marcou mais gols do que a soma da expectativa de gol de cada finalização. E é considerado ineficiente se marcou menos gols do que a expectativa de gols de suas finalizações.

Caso você tenha ficado curioso sobre quem são os jogadores mais eficientes e ineficientes que fizeram menos de 40% das finalizações de Hulk, apresentamos alguns deles nos quadros abaixo.

 — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
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— Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Jogadores ineficientes entre 17 e 42 finalizações — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico
5 de 5 Jogadores ineficientes entre 17 e 42 finalizações — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

Jogadores ineficientes entre 17 e 42 finalizações — Foto: Bruno Imaizumi/Espião Estatístico

*Bruno Imaizumi é economista parceiro da equipe do Espião Estatístico, formada por: Bruno Murito, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Mateus Pinheiro, Roberto Maleson e Valmir Storti.

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