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Quem é o ex-alvo de Flamengo e São Paulo que lançou Mbappé e está a um jogo do Mundial de Clubes


Leonardo Jardim, técnico do Al-Hilal, fará a decisão da Champions League da Ásia

Treinador que lançou Mbappé aos profissionais e apontado como antigo alvo de


Flamengo


e


São Paulo


, Leonardo Jardim está perto de chegar ao


Mundial de Clubes


. Para isso, o comandante do

Al-Hilal

, da Arábia Saudita, precisa vencer o

Pohang Steelers

, da Coreia do Sul, na final da


Champions Asiática


, nesta terça-feira.

A partida, que será realizada às 13h (de Brasília),

terá


transmissão ao vivo

pela


ESPN No Star+


.

Filho de portugueses, o treinador nasceu na Venezuela, mas foi criado em Portugal. Ele nunca foi jogador profissional e chegou a ser treinador de uma equipe de handebol feminino antes de escolher o futebol como via única para a sua carreira.

“Treinei uma equipe feminina – é ainda mais difícil trabalhar com mulheres do que com homens. Mas penso que todos esses momentos, seja na aquisição de conhecimento ou a treinar equipes na quarta, terceira ou segunda divisões, ajudaram-me a ter uma melhor compreensão do jogo. E também me ajudaram a compreender melhor a minha profissão e a tomar decisões”, disse ao site da

Uefa

.

Estudioso do futebol, o treinador é formado em Educação Física e Desporto da Universidade da Madeira, em Portugal, e teve como tese de conclusão de curso o aproveitamento dos escanteios na Eurocopa de 1996.

“Ele defendia que naquela altura havia pouco aproveitamento dos escanteios no futebol. Teve uma nota alta”, recordou Helder Lopes, antigo professor e orientador de Jardim, ao site “maisfutebol”.

Após terminar a faculdade, ele se inscreveu no curso de treinadores da Uefa, que completou com 24 anos, tornando-se o mais jovem a ter o quarto nível.

‘Ele tem muita personalidade’

Apenas três anos após se graduar como técnico, Leonardo Jardim comandou sua primeira equipe profissional, o Camacha-POR, por cinco temporadas.

Em 2007, foi chamado para o Desportivo de Chaves-POR, time da terceira divisão no qual ganhou ainda mais projeção após conseguir o acesso. Mesmo em um pequeno clube, ele sabia o que queria.

“Muita gente não dava muito para ele. Chegou com personalidade grande, falando para os jogadores que o projeto dele era em um ano subir de divisão e depois ir para um time da primeira divisão de Portugal. Com o trabalho dele, com os méritos, ele chegaria com um time grande da Europa”, contou o brasileiro Danilo, ao

ESPN.com.br

.

“Ele era muito exigente, treinava muito a parte tática. Exige de todos, cobra de todo mundo, tem que ser perfeito, bom profissional e mais importante ter uma família dentro dos clubes”, prosseguiu o brasileiro.

Danilo conta que o treinador estudava muito os adversários e sempre teve gosto por equipes ofensivas.

“Eu lembro que ele sempre punha um vídeo para incentivar os jogadores. Uma vez, ele botou o filme “300”. ‘Eram poucos soldados, mas nunca desistiram’, ele falava. Isso motivou muito, mexeu muito com os jogadores, foi na reta final da subida de divisão”.

O lateral brasileiro foi responsável direto pela ascensão da carreira de Leonardo Jardim – afinal, foi ele o autor do gol que garantiu o acesso do Chaves. “Eu até brinco com ele: ‘Pô, mister, eu lancei você, hein? Eu quero ver se você vai se lembrar de mim’ (risos). Criamos uma amizade legal”.

Tanto é que Danilo foi junto com Leonardo Jardim para o Beira-Mar, em 2010. Esse laço com os jogadores é um dos maiores trunfos do treinador.

“Você sabe que jogador quando não joga fica chateado, mas ele conseguia administrar o grupo de um jeito que agradava todo mundo. Pelo menos nos dois clubes que eu passei era assim”.

“Eu nunca o vi nervoso. Ele chegava no intervalo e sabia conversar, perguntava o que estava acontecendo, por que o jogador estava daquele jeito. Ele transmitia confiança. No dia seguinte aos jogos, o Leonardo sempre vinha com uma listinha e nos mostrava o quanto tinha errado e acertado. Falava o que a gente precisava melhorar”.

Jardim também marcou seus atletas por ser um técnico preocupado com a vida fora do campo de seus comandados.

“Ele se preocupa com a família dos jogadores, se está tudo bem em casa. Ele foi um paizão mesmo. Com ele no Beira-Mar não fiz muitos jogos, mas mesmo assim tinha uma amizade muito forte. Ele sempre perguntava do meu filho, falava ‘cadê o meu ‘brazuquinha”. Me ensinou muita coisa”, completou.

O português também sempre se notabilizou por ter uma grande confiança em seu próprio trabalho. Um estilo notável e também capaz de produzir situações únicas para alguns de seus ex-atletas.

“É uma história muito engraçada. Na primeira semana ele falou na entrevista: ‘Se daqui um ano eu não trabalhar em uma equipe da primeira divisão, eu paro de ser treinador e vou voltar a ser professor, voltar a pescar na Ilha da Madeira”, recordou o zagueiro Kanu, ex-Vitória, aos risos.

Jardim cumpriu sua palavra e não precisou voltar aos bancos da escola. Depois de conseguir a promoção para a primeira divisão portuguesa e fazer o Beira-Mar brigar por vagas em competições continentais na temporada seguinte, ele se demitiu do cargo poucas rodadas antes do fim por causa de divergências com a diretoria.

Lançou Mbappé

Em 2011, ele treinou o Braga por uma temporada. Depois, passou por Olympiacos, clube no qual fez sucesso, mas teve seu trabalho interrompido.

“Ele é muito direto, não fica dando voltinha, quando fala para o jogador ‘vai jogar’… é muito direto e trata todos os jogadores iguais. Não vi um jogador falar mal dele. Ele sempre deixava o jogador bem à vontade, brincava, mas na hora ali dos treinamentos era um treinamento curto, forte e bom. Não fica inventando muito. Faz o bê-á-bá do futebol”, recordou o lateral Leandro Salino.

Jardim acabou demitido da equipe grega mesmo liderando o campeonato nacional com dez pontos de vantagem para o segundo colocado. As razões oficiais permaneceram misteriosas.

Logo em seguida, comandou o Sporting-POR por uma temporada, conquistando a segunda posição na Liga Portuguesa. Em junho de 2014, foi apresentado como treinador do Monaco, no qual viveu o melhor momento da carreira.

Em seis temporadas no clube, somando duas passagens, ele lançou vários nomes que depois brilhariam no mundo – o principal deles foi o atacante Mbappé – e fez o Monaco faturar alto com a venda de jogadores.

Em 2017, venceu o Campeonato Francês desbancando o poderoso PSG e chegou de forma surpreendente à semifinal da Champions League depois de passar pelo Manchester City.

Demitido pelo Monaco em 2018 e recontratado poucos meses depois, ele saiu da equipe do Principado na temporada 2019/20. Especulado como sucessor de Jorge Jesus no Flamengo no ano passado e também apontado como alvo do São Paulo, o técnico acertou com Al-Hilal da Arábia Saudita neste ano.

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