O
Atlético-MG
está preocupado com os
custos da construção
da Arena MRV, futuro estádio do clube cuja previsão de inauguração aponta para 2023. O valor final da obra subiu e já se aproxima de R$ 900 milhões. O preço ainda não colocaria a futura casa do Galo como estádio privado mais caro do país, mas supera o investimento feito em vários outros parques esportivos.
A reportagem do
UOL Esporte
comparou os valores investidos em reformas grandes (para a Copa do Mundo de 2014) ou construção recente dos principais estádios privados do Brasil para entender se o custo da Arena MRV está ou não além do normal. Estádios mais antigos que não passaram por reformas grandes ficaram fora da relação.
Neo Química Arena – R$ 1,6 bilhão
Imagem: Ettore Chiereguini/Ettore Chiereguini/AGIF
A Neo Química Arena tem seu preço difícil de ser definido. O valor fica próximo de R$ 1,6 bilhão, mas foi investido por etapas e ainda há questões judiciais em andamento. Utilizado na Copa do Mundo de 2014, a casa Corinthians teve custo de construção de R$ 1 bilhão informado pelo Ministério do Esporte em 2015.
No entanto, o estádio entregue pela construtora que geriu a obra ao clube era bem diferente do projeto inicial. Houve, então, o início de disputas jurídicas ainda em andamento. Novas obras e adaptações foram feitas elevando o valor estimado atualmente.
O estádio tem capacidade para 47.605 mil torcedores.
Allianz Parque – R$ 660 milhões
Imagem: Divulgação/ WTorre
A casa do Palmeiras foi inaugurada em novembro de 2014. Construída pelo Grupo WTorre, que administrará o local por 30 anos, está localizada exatamente onde era o antigo Parque Antártica. Inclusive, 20% do antigo estádio palmeirense faz parte da estrutura da imponente nova casa. Com capacidade para 43 mil pessoas, o estádio teve custo de aproximadamente R$ 660 milhões.
Arena do Grêmio – R$ 600 milhões
Imagem: Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação
Localizada na zona norte de Porto Alegre, a Arena do Grêmio foi construída em parceria com a empresa OAS. O custo aproximado do empreendimento foi de R$ 600 milhões. Na negociação para erguer sua nova casa, o Grêmio aceitou ceder a área do antigo estádio Olímpico.
No entanto, em razão das ações da Operação Lava-Jato, a OAS teve suas atividades bloqueadas. Até hoje o ‘Velho Casarão’ não foi entregue e implodido para dar lugar a um empreendimento imobiliário, como era planejado inicialmente.
A casa gremista é administrada pela Arena Porto-Alegrense, empresa criada especificamente para isso. O clube já tentou várias vezes efetivar a compra da gestão do estádio, mas não teve sucesso até o momento.
O estádio tem capacidade para 55 mil pessoas.
Arena da Baixada – R$ 391,5 milhões
Imagem: Athletico
Ainda que construída mais recentemente (sua inauguração foi em 1999), a Arena da Baixada passou por reforma para a realização da Copa do Mundo de 2014. Segundo o Ministério do Esporte, foram investidos R$ 391,5 milhões no estádio do Athtletico-PR, cuja capacidade é 43 mil torcedores.
Beira-Rio – R$ 366,3 milhões.
Imagem: REUTERS/Diego Vara
Segundo informado pelo Ministério do Esporte no relatório final da Copa do Mundo de 2014, a reforma do Beira-Rio custou R$ 366,3 milhões, sendo o menor valor investido para um estádio daquele mundial.
A obra foi realizada pelo Inter em parceria com a empresa Andrade Gutiérrez. A gestão do estádio é feita pelo clube em parceria com a BRIO, empresa criada para este fim, que gere alguns setores do local.
Como sua inauguração aconteceu em 1969, o custo total do Beira-Rio sofreu alterações ao longo do tempo. Para fins de comparação, o valor da reforma servirá como base. A capacidade total do Beira-Rio atualmente é de 50 mil pessoas.
Nilton Santos – R$ 380 milhões
Imagem: Leo Burlá/UOL
O Nilton Santos não foi construído pelo Botafogo, mas pela prefeitura do Rio de Janeiro. O estádio foi feito para realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ano de sua inauguração. O Botafogo arrendou o estádio no mesmo ano e seu contrato vai até 2029.
O custo aproximado de construção foi de R$ 380 milhões. A capacidade total é de 43.800 torcedores.
Custos elevados em outros estádios
Há, ainda, alguns estádios que merecem registro. O Maracanã, utilizado por Flamengo e Fluminense, teve reforma estimada em R$ 1,1 bilhão para a Copa do Mundo de 2014. O valor ainda cresceu em razão de obras cuja responsabilidade foi da administradora do estádio.
O Mané Garrincha, em Brasília, foi o estádio que demandou maior investimento dos utilizados em 2014. O valor, segundo o Ministério do Esporte, é de R$ 1,4 bilhão. Nenhum dos clubes do Distrito Federal usa o local com frequência em razão do valor elevado do aluguel.
De acordo com o mesmo relatório, de 2015, a reforma do Mineirão custou R$ 695 milhões, a construção da Arena Pantanal R$ 596,4 milhões, a construção da Arena Fonte Nova R$ 689,4 milhões, a reforma do Castelão saiu por R$ 519,6 milhões e a construção da Arena Pernambuco saiu por R$ 532,6 milhões.
*Colaboraram: Yago Rudá, Diego Iwata, Alexandre Araújo e Lohanna Lima.
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