O fim de semana foi agitado no Vélez Sarsfield. No sábado, o clube foi informado pela Conmebol que a Plateia Sul Alta do Estádio José Amalfitani estará fechada para o confronto contra o Flamengo pela semifinal da Libertadores.
No domingo, segundo o que apurou a coluna, os dirigentes do Vélez começaram a armar a defesa para pedir à Conmebol que o fechamento seja apenas de onde ocorreu a briga contra o Talleres, e não na plateia completa.
Além do fechamento, o Vélez foi multado em 95 mil dólares. O técnico Alexander “Cacique” Medina também recebeu uma multa: de 50 mil dólares pela expulsão por protestar na mesma partida.
Massacre covarde
A coluna publicou no último dia 8 que o “massacre de Liniers” merecia a interdição total do estádio. Tanto foi assim que o Vélez jogou com portões fechados pelo Campeonato Argentino contra o Gimnasia y Esgrima.
Foi o maior episódio de violência do
futebol
argentino na Libertadores desde o ataque dos torcedores do River Plate ao ônibus dos jogadores do
Boca Juniors
na final da edição de 2018, que precisou ser mandada para Madri.
A coluna insiste desde março que o ambiente do futebol argentino é altamente bélico até para um país tristemente acostumado às selvagerias.
O Vélez vencia o Talleres por 1 a 0 quando começou o espancamento, ainda no intervalo.
Em setor específico (a Plateia Sul Alta) do estádio lotado, cerca de 350 convidados de jogadores e dirigentes do Talleres foram cercados e linchados por “barra bravas” do Vélez.
O que aconteceu foi gravíssimo. E a partida seguiu normalmente, mesmo com o banco de reservas do Talleres absorto e preocupado com o que acontecia.
Como num
filme
grotesco, o Vélez ampliou o placar para 2 a 0. E o Talleres, assustado com o espancamento, buscou o 2 a 2 e perdeu no último minuto. A vitória final do Vélez por 3 a 2 coroou o melhor jogo da Argentina no ano, mas carece de sentido falar de futebol depois de tamanha barbárie.
Havia cerca de 2.500 torcedores do Talleres no José Amaltifani. O clima antes, durante e depois da partida foi amistoso entre os “torcedores comuns” de ambos os lados. Incluindo as “barras oficiais”.
O grande problema foi com uma “barra dissidente” do Vélez, violentos que buscam o poder na base da pancada.
Com a conivência dos seguranças, que simplesmente cruzaram os braços, eles invadiram o setor onde estavam os convidados do Talleres e iniciaram a emboscada. “Foi um massacre. Tudo armado”, resumiu Andrés Fassi, presidente do Talleres.
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