A segunda rodada do
Campeonato Brasileiro
já coloca frente a frente o
Flamengo
de Paulo Sousa e o
São Paulo
de Rogério Ceni, dois clubes que estão revezando jogadores entre os titulares, mas que suas decisões causam impacto diferente, com o português muitas vezes não agradando ao mesclar o time, enquanto o ídolo são-paulino tem aval da torcida e dos jogadores para tal.
No podcast
Posse de Bola #219
, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam como chegam os clubes para o duelo de dois dos mais populares clubes do país, a aceitação aos métodos de Ceni no São Paulo, o desabafo de Sousa no Flamengo, além do
Corinthians
pós-vitória na
Libertadores
, o Inter mal na Sul-Americana e a classificação do Manchester City de Pep Guardiola na retranca pela
Liga dos Campeões
.
“Em comum entre Ceni no São Paulo e Paulo Sousa no Flamengo, a questão do rodízio que no São Paulo é mais simples de ser implementado porque o Rogério é senhor daquele espaço, tornou-se de novo senhor daquele espaço. Ele é senhor em relação à arquibancada, à opinião pública e aos jogadores”, diz Arnaldo.
“Para o Ceni fica mais fácil fazer essa estratégia necessária para todo time na atual temporada do
futebol
brasileiro. O
Atlético-MG
faz, o Palmeiras faz, o Corinthians faz agora, o Flamengo faz e quando o Flamengo faz ainda fica aquela questão, aquela interrogação do trabalho do Paulo Sousa. Por que ele faz? Porque é necessário”, completa.
Nesta mesma linha, Juca Kfouri afirma que o torcedor precisa entender hoje que ele não terá mais escalações para decorar, já que os times brasileiros devem ter, a exemplo do que já fazem os europeus, mudanças nos 11 titulares a cada jogo, o que também é reflexo da chegada de treinadores estrangeiros no país.
“Entramos em uma era, essa é uma bela contribuição da invasão estrangeira que houve no Brasil, independentemente dos resultados de um ou de outro, que é acabar com essa bobagem. Eu entendo, principalmente os mais velhos, ‘bom era o tempo em que sabia o meu time de cor’. Isso acabou e esse calendário exige que isso tenha acabado”, diz Juca.
“Não é apenas a observação do treinador inteligente que vai jogar de acordo com o adversário que ele tenha, é a questão da preparação física, não dá para jogar todos os jogos. Esqueça escalações que você saiba de cor”, completa.
Já em relação à retranca de Pep Guardiola no Manchester City contra o Atlético de Madri, de Diego Simeone, pela Liga dos Campeões, Mauro Cezar Pereira cita que claramente foi algo circunstancial, que fugiu do que o treinador catalão pratica em seus times para conseguir a permanência em uma competição que ele busca um novo título há anos.
“O que o Guardiola fez foi circunstancial, ele não treina o time para isso, não prega esse tipo de jogo, mas em uma emergência teve que fazê-lo. Paciência, isso pode acontecer em várias situações, pode acontecer em várias modalidades esportivas, não é só no futebol, você sair um pouco do seu padrão para defender um resultado que é a sobrevivência em uma competição”, diz Mauro Cezar.
“Agora, se você olhar o jogo inteiro, o combate inteiro, quem começou o jogo em cima, com a bola foi o City e o adversário se defendendo, abrindo mão de atacar, com todos os valores, e aí não se questiona o Simeone, parece que o Simeone tem o monopólio do jogo defensivo, só ele pode jogar assim”, conclui.
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