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Posse de Bola #215: Palmeiras pena com São Paulo; Flu bota vantagem no Fla


No primeiro jogo da final do Paulistão, o São Paulo amassou o Palmeiras e fez 3 a 1 no Morumbi. No domingo, no Allianz Parque, o Palmeiras terá de vencer por pelo menos dois gols de diferença para impedir o bicampeonato do Tricolor. Já no Rio de Janeiro, o favorito Flamengo também sofreu contra o Fluminense, que fez 2 a 0 no Maracanã e abriu vantagem na decisão do Campeonato Carioca.

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Posse de Bola #215

, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira comentam o atropelo dos garotos do São Paulo de Rogério Ceni sobre o vitorioso Palmeiras de Abel Ferreira e projetam a partida de volta no Allianz Parque. Eles analisam também o confronto entre Flamengo e Fluminense no Rio de Janeiro e criticam a postura apática dos jogadores e dirigentes rubro-negros. Confira ainda a discussão sobre o papel e a importância de

Neymar

para a seleção brasileira hoje. Para o trio, o camisa 10 não é mais o principal jogador do time de Tite e precisa se adaptar à nova realidade.

Em relação à vitória do Fluminense por 2 a 0 sobre o Flamengo, Juca Kfouri diz que Abel Braga apostou na mesma estratégia dos últimos clássicos e se deu bem diante das falhas de Léo Pereira e do técnico Paulo Sousa. Para ele, o elenco rubro-negro repetiu a postura arrogante que tem demonstrado diante dos rivais, mas ainda tem condições de chegar ao inédito tetracampeonato estadual.

“Eu não tenho a menor dúvida, como Abel Braga não tem, que o Flamengo é superior ao Fluminense. E que, portanto, não está nada resolvido apesar da excelente vantagem, que o Fluminense conseguiu em um jogo que ele apostou uma bola e acabou tendo duas, graças à desastrada entrada em campo do zagueiro Léo Pereira. O Flamengo mais uma vez jogou com uma certa arrogância, com a convicção que faria o gol na hora que se dedicasse a fazê-lo. Não fez e perdeu por 2 a 0, é complicado tirar essa diferença, mas ainda acredito que o Flamengo seja capaz de fazer o resultado que precisa e levar essa decisão para os pênaltis. Se eu tivesse de apostar em quem seria o campeão carioca, ainda apostaria no Flamengo.”

Já Mauro Cezar Pereira destaca a falta de evolução no trabalho de Paulo Sousa no comando do Flamengo e acredita que o técnico português precisa adaptar seus conceitos de jogo às características dos jogadores caso queira virar o jogo contra o Fluminense. O jornalista observa, porém, que as cobranças no Ninho do Urubu devem ir além da comissão técnica e chegar no acomodado elenco rubro-negro.

“É um momento que Paulo Sousa precisa ser flexível, ele não é o único culpado, tem responsabilidades, mas é evidente que os jogadores também têm que colaborar e entender que hoje eles são perdedores. Hoje o Flamengo, em março de 2022, tem um elenco de jogadores perdedores, as vitórias ficaram na temporada retrasada.”

“Eles foram vice no Brasileiro, perderam a Copa do Brasil para o time do Alberto Valentim, o que é um vexame inaceitável, perderam a final

Libertadores

, perderam a Supercopa em cinco pênaltis que jogaram fora e agora podem perder o Carioca para o Fluminense, que foi eliminado pelo Olimpia recentemente vivendo uma crise com seu principal jogador negociado. Então, hoje, eles são perdedores, eles que têm que mudar esse negócio, não adianta botar só a culpa no técnico, o torcedor que culpa só o técnico está sendo ingênuo. Hoje os jogadores entregam só fracassos e derrotas, o vice de novo vai ser cantado pelos adversários, não pela torcida do Flamengo”, completa Mauro.

Por falar em cobrança, Arnaldo Ribeiro credita parte da complacência do elenco do Flamengo à ausência de comando no Ninho do Urubu. Na opinião do comentarista, os dirigente também se acomodaram e usaram as glórias recentes para alavancarem suas carreiras pessoais, deixando o clube em segundo plano.

“Está claro que falta comando, apesar de os comandantes serem os mesmos há muito tempo e usufruírem de seus cargos. Não foi só os jogadores campeões de 2019 que se deslumbraram, foram muitos dirigentes de 2019 que se deslumbraram e usaram o holofote absurdo do Flamengo para promoverem carreiras solo. Não é só jogador que virou DJ, tem dirigente que virou vereador, outro que virou CEO e diretor, e eles estão atrelados aos jogadores. A panela dos jogadores é a mesma dos dirigentes, e aí fica muito difícil para os treinadores, porque Marcos Braz, Landim, ninguém vai puxar a orelha do

Gabigol

, Bruno Henrique, Arão ou do Diego Alves, pelo contrário. Eles renovam contrato, deixam todos ali e o treinador que se vire, entregando a chave do CT. Se não tiver respaldo, não adianta.”


Garotos do São Paulo atropelam o Palmeiras

Em relação à vitória 3 a 1 do São Paulo sobre o Palmeiras, Juca Kfouri destaca que o São Paulo demonstrou muito mais vontade e força física no Choque-Rei e que os jovens das categorias de base amassaram os comandados de Abel Ferreira.

“O São Paulo tem jogado melhor que o Palmeiras, mesmo quando perdeu por 1 a 0 no Morumbi. O São Paulo tem sido mais aguerrido do que o Palmeiras. Mais uma vez a molecada se sobressaiu, se impôs mais uma vez. Claro que o Danilo fez falta no meio de campo do Palmeiras, claro que tem a questão do pênalti, que eu não daria, mas atribuir ao pênalti no final do primeiro tempo o segundo tempo que o Palmeiras fez, como Abel falou, que o time se sentiu injustiçado e entrou de cabeça baixa, esse time do Palmeiras, não. O Palmeiras foi amassado pelo São Paulo e deve dar graças a Deus por ter conseguido aquele gol no fim, a meu ver com falha de Jandrei. Acho até que o Palmeiras pode e até vai ganhar o jogo, se vai ganhar o título eu tenho minhas dúvidas. O São Paulo não é favorito, mas está muito perto do bicampeonato.”

Arnaldo Ribeiro também credita a grande atuação e a boa vitória do São Paulo sobre o Palmeiras aos jovens de Cotia. Segundo ele, o Tricolor tem aproveitado melhor do que o Verdão as crias das categorias de base, o que foi fundamental no Morumbi.

“Talvez nem o Rogério esperasse que fosse encontrar um time titular com a marca da base, dos garotos. No ano passado, sob comando do Crespo, também contra um Palmeiras favorito, também perdeu dois de seus jogadores mais experientes, Dani Alves e Benítez, e aí entraram os meninos e o São Paulo foi campeão com a base. O aproveitamento da base é uma das diferenças entre São Paulo e Palmeiras. É curioso porque a base do Palmeiras se materializou no Danilo, que é um baita jogador e deve voltar no Allianz Parque, mas os outros garotos não se firmaram.”

“Aí o Palmeiras vende o Patrick de Paula, empresta o Renan para o Bragantino, coloca o Gabriel Menino na lista de dispensas, e o Palmeiras não conseguiu trazer a qualidade que esses meninos mostraram nas categorias de base para o time principal. Vejo o time hoje com limitações de elenco por conta de não utilizar tão bem os garotos. O Palmeiras mostrou ter um time muito forte, mas está claro que o elenco do Palmeiras precisa ser reforçado para o restante da temporada”, opina Arnaldo.


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