Com a temporada se aproximando do fim, dois gigantes do
futebol
carioca se colocam abaixo de suas devidas expectativas de acordo com as condições de cada clube, com o
Vasco
tendo ficado mais distante na briga pelo acesso à Série A do
Campeonato Brasileiro
após a derrota para o Guarani, enquanto o
Flamengo
vê o
Atlético-MG
aumentar a distância e deixá-lo mais distante do que seria o seu tricampeonato consecutivo nos pontos corridos, algo que apenas o São Paulo conseguiu entre 2006 e 2008.
No podcast
Posse de Bola #175
, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam as dificuldades para o Vasco, assim como para o
Cruzeiro
, na reta final da Série B, assim como o Galo próximo do título e o arrependimento interno do Flamengo em relação ao técnico Renato Gaúcho.
Mauro Cezar Pereira lembra que Renato foi desejado pelos dirigentes atuais do Flamengo em 2018, quando preferiu ficar no
Grêmio
, mas não era considerado após o confronto no qual Jorge Jesus o impôs uma goleada de 5 a 0 na semifinal da
Libertadores
, mas acabou contratado para o lugar de Rogério Ceni e hoje causa arrependimento em rubro-negros.
“Depois que o Flamengo teve a experiência com o Jorge Jesus e o Renato foi atropelado, era praticamente unânime dentro do clube de que iriam fazer uma besteira, o que era absolutamente óbvio, quem poderia pensar de maneira diferente diante daquilo que aconteceu, não só pelo placar, mas pelos jogos, tudo o que aconteceu naqueles jogos”, diz Mauro.
“Inclusive em abril, quando o Ceni já estava com a batata assando, quatro dias depois de o Renato se desligar do Grêmio, lembrando que ele se desligou quando foi eliminado da Libertadores. Naquele momento eu perguntei a uma pessoa do clube e ela falou ‘Renato nem f…’, ainda falou ‘Renight’, que é o apelido que a torcida atribui lá no Rio de Janeiro ao Renato”, completa.
O jornalista considera que a forma na qual se buscou Renato após a demissão de Rogério Ceni fugiu da lógica pela ambição do clube nos últimos anos.
“Mandaram o Ceni embora, mas quem vai ser o técnico? Não se procurou um técnico, foram atrás do que estava à mão, ‘tem esse cara aqui, parte da torcida quer, outra não quer, mas ele é boleiro, sabe lidar com jogador, vamos trazer o Renato, já está no Rio, está na praia mesmo’. Isso é bizarro, isso aí é você contratar técnico de futebol como se contratava lá nos anos 1970 e 1980”, diz Mauro.
Já em relação ao Vasco, Juca Kfouri comenta a situação de acesso improvável à Série A na temporada atual e questiona se não poderá ser melhor para o clube cruzmaltino se organizar melhor para que volte mais estruturado em 2023.
“O que aconteceu com o Vasco ontem é típico e eu fico me perguntando se de alguma maneira o destino não vai acabar fazendo desse limão vascaíno uma limonada. Eu sei que é paradoxal o que eu vou dizer, contraditório, mas se o Vasco não precisa ficar mais um ano na Série B, sem as exigências de permanecer na Série A, fruto de uma gestão que está pondo o Vasco nos trilhos, mas que não está pronta, evidentemente, dada a terra arrasada que o Jorge Salgado pegou”, diz Juca.
“Todas as notícias sobre a gestão do Vasco, os acordos que o Vasco tem conseguido fazer para resolver a sua dívida monstruosa, tudo isso está bem encaminhado, só faltava o time e o time não está respondendo. Mas eu me pergunto, honestamente, se esse time sobe, o Vasco teria condição de se manter ano que vem? Ao passo que com esse caminho da gestão não será menos difícil subir no ano que vem e subir de uma forma autossustentável? Não estou querendo dourar a pílula, não estou querendo consolar o torcedor vascaíno, mas vejo assim, vejo que diferentemente do Cruzeiro o Vasco trilha um caminho correto”, conclui.
Além da situação na Série B e os questionamentos ao técnico do Flamengo, o programa também analisa a possibilidade de contratação de Paulinho pelo
Corinthians
, o Palmeiras trabalhando para manter Abel Ferreira, a luta do Grêmio contra o rebaixamento e Cuca podendo se tornar o grande técnico da história do Atlético-MG com o título brasileiro mais próximo.
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