A cada jogo feito pelas duas equipes, o Palmeiras se torna mais favorito para a decisão da
Libertadores
contra o Flamengo, no próximo dia 27, na opinião deste colunista.
Claro que ser favorito não é garantia de vitória. Mas indica uma tendência.
Os momentos distintos vividos pelos dois times colocam o Alviverde nessa situação teoricamente favorável.
Abel Ferreira superou sua fase mais crítica e fez o Palmeiras voltar a ter regularidade.
Renato Gaúcho só vê as críticas ao seu trabalho aumentarem e não consegue demonstrar saber o caminho para recuperar a equipe.
O empate do Flamengo em dois gols com a
Chapecoense
, lanterna do Brasileirão, nesta segunda (8), ilustra o favoritismo palmeirense.
Mais uma vez, o time de Renato não teve equilíbrio entre ataque e defesa. Deixou espaços para o pior time do Brasileirão contra-atacar e fazer dois gols, além das chances perdidas.
Um dos pontos fortes do Palmeiras é o contra-ataque rápido. Se Renato não corrigir isso, o risco será imenso no Uruguai.
A Chape, que tem média de 10,29 arrmates por jogo no Brasileirão, conseguiu finalizar 13 vezes contra o Flamengo, segundo o site Footstats.
Dá para imaginar o que vai acontecer se o Palmeiras tiver muitas chances na decisão?
Em termos comparativos, o Alviverde precisou de 15 finalizações para marcar duas vezes contra o Santos e vencer por 2 a 0. Na mesma partida, os palmeirenses viram o adversário fazer 12 arremates. A média santista é de 12,63 conclusões por jogo.
O número de gols sofridos é outro dado que deixa o Palmeiras em posição mais confortável, em tese. Nas últimas sete partidas que fez, o Flamengo sofreu 12 gols. Na mesma quantidade de jogos, o Alviverde teve sua meta vazada sete vezes.
Um alento para o flamenguista é o fato de que sua equipe não sofreu gols do time mais forte que enfrentou recentemente, o
Atlético-MG
, líder do Brasileirão. E venceu por 1 a 0.
Por outro lado, além do que vê em campo, o torcedor do Flamengo têm motivos para se preocupar com o que ouve fora dele.
Renato Gaúcho bate na tecla dos desfalques e do erros de arbitragem, mas não dá um diagnóstico preciso sobre os problemas de seu time.
É verdade que não poder contar com jogadores importantes e que o nível da arbitragem atrapalham. Mas isso vale para todos os times. Uns sofrem mais do que os outros, mas todos sentem. E faz tempo que é assim. São problemas que fazem parte da rotina do treinador brasileiro.
Vale lembrar que o Flamengo tem um dos elencos mais encorpados para superar o desgastante calendário nacional.
Não adianta Renato falar o que todo mundo sabe e já era esperado. Para acalmar os corações rubro-negros, o treinador precisa apresentar respostas para o inesperado e incompreensível: por que o Flamengo tem jogado tão mal e não corrige seus erros?
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