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Pena não ser semana de Copa do Brasil


Bem sei que não adianta reclamar da falta de sincronia dos calendários dos países sul-americanos e da Conmebol. Se para organizar as datas do futebol em cada país isoladamente já é um suplício, imagine tentar que se joguem competições da mesma natureza nas mesmas datas nos mesmos países. Ilusão. Mas pelo menos posso lamentar nestas mal-traçadas linhas que tenhamos a ida das quartas de final da Copa do Brasil num meio de semana, depois venham dois reservados à ida e à volta da Libertadores e Sul-Americana, e só então, três semanas depois, possamos dar sequência ao jogo de 180 minutos que é qualquer mata-mata. Ao menos no futebol brasileiro, três semanas é uma eternidade. Saem jogadores, chegam outros, lesiona-se um aqui, recupera-se outro ali… Fora que dois 8 envolvidos na Copa do Brasil, 5 estão nas competições internacionais. E terão sua performance certamente afetada pelo que acontecer nas duas datas intermediárias.

Peguemos o duelo que menos apontou caminhos de definição de classificados – o único empate, entre

Flamengo

e

Athletico-PR

. Menos mal que ambos estão na Libertadores, mas não estão imunes a intempéries. Se um avançar e o outro não, o que tiver sido eliminado entrará animicamente muito mais desgastado e também pressionado a pelo menos seguir em frente na Copa do Brasil – portanto, com pré-condições desiguais. Por outro lado, o tal que perder poderá entrar com mais foco, já que o vencedor da Libertadores vai se manter em três competições e não poderá tirar o pé em nenhuma. O melhor seria ou os dois serem eliminados no continente, ou que ambos avancem – extenuados, mas com o astral lá em cima.

Daqui a duas semanas e meia, quando teremos de recorrer à memória para lembrar o que ocorreu na ida, o Athletico-PR estará recebendo o Flamengo na Arena da Baixada. Não estou entre os que defendem que o time de Felipão obteve um grande resultado no Maracanã – embora tenha conseguido o que planejara: sair vivo para o jogo da volta. O técnico do Furacão, que para surpresa de muitos está fazendo um trabalho admirável nesta temporada, fez uma opção discutível no Maracanã quando escalou três zagueiros e uma última linha defensiva de cinco homens. Uma formação que ele não havia utilizado em… nenhum jogo desde que assumiu o Athlético.

E aí o que aconteceu é que, sem o devido preparo, as coisas simplesmente não funcionaram. Qual deveria ser a tese? Amarrar o Flamengo, atravessar um trem de cinco homens na entrada da área, rebater bolas 90 minutos. Ou, com uma linha de quatro mais ajustada (como vem sendo feito nas brilhantes campanhas paranaenses no Brasileiro e na Libertadores), colocar mais um meia ou um atacante para explorar o espaço que o Flamengo seria obrigado naturalmente a dar. Qual foi de fato a tese? Cinco na última linha, linha essa que ficou baixíssima, e o Flamengo circulando bolas dentro da área paranaense. Como pode um time com cinco zagueiro, dois volantes, permitir ao adversário duas bolas na trave (concluídas de dentro da área), uma bola salva em cima da linha por Khelven, e uma atuação mais do que brilhante do goleiro Bento?

Por tudo isso o certo, certo mesmo era que Athletico-PR e Flamengo encerrassem esse jogaço nesta quarta. Mas não vai ser assim. Antes disso vão viver outros filmes épicos contra Estudiantes de La Plata e Corinthians. A volta da Copa do Brasil será gloriosa também, não tenho dúvidas disso. Embora a estratégia de Felipão tenha saído completamente errada, o time saiu muito vivo do Maracanã, e dependendo do destino dos times na Libertadores, o Furacão pode derrotar o forte Flamengo. Está tudo aberto.

Duro vai ser esperar tanto tempo pra ver…

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