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Pedro, o centroavante da Seleção na Copa


Pedro com a camisa da seleção brasileira – Foto: Divulgação

BLOG DO WALTER CASAGRANDE: Não tenho muitas coisas para acrescentar sobre o Pedro, depois de mais um show da sua parte lá na Argentina, na vitória do Flamengo por 4 a 0 contra o Vélez Sarsfield, em que ele marcou três gols.

Simples, porque sou fã do seu futebol desde o início, no Fluminense. Sempre falei que o Pedro era o melhor centroavante brasileiro, um camisa 9 com várias alternativas para fazer gols. Ótimo posicionamento dentro da área, sai para a tabela, sobe e cabeceia muito bem, consegue dar um tapa forte de fora da área tanto com a direita quanto com a esquerda (não, não estou falando de política!). Tem grande facilidade para girar e bater, uma ótima matada de peito e muito domínio de bola.

No final do ano passado e no começo desse ano, ainda escrevendo para o GE, disse que ele tinha que jogar, fosse no Flamengo, fosse em qualquer outro clube. Quando surgiu o Palmeiras na história, achava que ele deveria mudar de clube, porque era um talento desperdiçado no banco, e o Gabriel vinha voando por três anos seguidos.

Mas o que mais me irritava era que os treinadores chegavam no Flamengo e em pouco tempo já diziam que os dois não poderiam jogar juntos. Precisou chegar o Dorival Jr que, com muita sensatez e sensibilidade, mostrou que todos os outros estavam errados.

Sempre pedi o Pedro na seleção brasileira. Mas, para o Tite, alguns eram convocados mesmo no banco, só que o Pedro tinha que ser titular. Mas agora será um absurdo se o jogador do Flamengo não for chamado para os últimos dois amistosos e para a Copa. E, sendo bem claro: o Tite precisa convocar e colocá-lo para jogar como titular. Ele não pode pensar nem duas vezes, o camisa 9 da Copa tem que ser o Pedro, por favor! Não temos nenhum centroavante tão talentoso quanto ele.

E aí é importante também mostrar para algumas pessoas que não precisa estar fora do Brasil para ser convocado. Não são todos os brasileiros que estão lá fora que são melhores que os jogam aqui. O Danilo do Palmeiras, por exemplo. Fora o Casemiro, quem joga mais que ele? Tem o Bruno Guimarães, que é muito bom também. Mas, na minha opinião, é só.

Mas voltando ao nosso personagem de hoje, que é o Pedro. Eu adoro analisar centroavantes, porque além de ter sido um, vi e joguei contra diversos grandes jogadores dessa posição. Não gosto de comparar, mas gosto de identificar características e semelhanças com aqueles que vi.

Joguei contra um dos maiores centroavantes da história e acho que o Pedro se assemelha a ele. O holandês Marco van Basten tinha tudo isso que falei sobre o Pedro, e também tinha a classe e a postura parecidas com a que o jogador brasileiro está demonstrando. Uma diferença que vejo entre dois, entretanto, é que o Van Basten tinha mais mobilidade e partia para o drible, deixando os defensores para trás.

Estou falando isso porque estive diversas vezes dentro do campo contra o Van Basten — chegamos na mesma temporada na Itália, 1987/88; eu no Ascoli e ele no Milan. Quando vejo os movimentos e a elegância do Pedro, logo me vem à cabeça o holandês que fez um dos gols mais lindos da história, na final da Euro de 1988, contra a extinta União Soviética.

Vejo no centroavante da Gávea um potencial parecido com o do holandês. Sei que muitas pessoas não vão achar o mesmo, mas como conheço perfeitamente o estilo do Van Basten, vejo muita semelhança entre os dois. O mágico centroavante holandês parou de jogar cedo, mas deixou sua genialidade para a história. E o Pedro terá tempo para construir a sua.

Tite, não vai dar esse vacilo com a torcida brasileira, hein? É Pedro já!

Link do Artigo do FlaResenha

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