Quando o confronto diante do São Paulo estava empatado por 1 a 1 na etapa final, o técnico Paulo Sousa lançou a campo Isla e Marinho, que participaram diretamente do segundo e terceiro gols do

Flamengo

, e em menos de dez minutos decidiram a partida. Após

a vitória por 3 a 1

, o português aproveitou para exaltar a qualidade do elenco rubro-negro.

“Tenho vindo dizer e volto a repetir a importância de todos os jogadores do elenco, sobretudo quando treinam bem, se dedicam e estão concentrados. Dou os parabéns a toda a equipe, sobretudo a quem leu o jogo do banco, percebeu o que tinha que ser feito, e a qualidade individual que puseram em campo”, afirmou Sousa.

Sobre a relevância da marcação alta para o jogo do Fla, decisiva para o primeiro tento, anotado por

Gabigol

, o treinador disse que a estratégia não é novidade em sua equipe.

“Não é a primeira vez. A ideia da pressão alta sempre existiu, algumas vezes bem interpretada. Já aconteceu em outros jogos de roubarmos a bola no ataque e termos chance de finalização, como tivemos várias chances hoje”, ponderou.

Entre pontos a melhorar, observados na partida contra o Tricolor Paulista, Sousa sentiu que o time de Rogério Ceni avançava com superioridade numérica pela direita, e por isso precisou do apoio de Gabriel e Arrascaeta no setor.

“Em termos de organização, os adversários nos obrigavam a baixar. Temos que saber defender baixo. Um dos padrões do São Paulo é o ataque sobretudo pelo lado direito deles, do zagueiro, para potenciar superioridades. E por isso era importante manter a intensidade, sobretudo na chegada do Gabi ou Arrasca, e oferecer nossa linha do meio-campo”, avaliou.

Para o confronto contra o Palmeiras, próximo compromisso do Rubro-Negro, Paulo Sousa considera que o apoio da torcida flamenguista no Maracanã será essencial: “Vamos ter uma nação no campo e fora bem vibrante e com muita energia, mais uma vez nos empurrando.”

O duelo antecipado da quarta rodada do Brasileirão ocorre às 19h30 de quarta-feira (20), no Rio de Janeiro.

Confira outras respostas de Paulo Sousa na entrevista coletiva:

Depois do jogo de hoje, pretende usar Isla na zaga novamente?

“Naquele momento utilizamos o Isla [na zaga] pela necessidade pontual que tínhamos com zagueiros. É um lateral que tem capacidade de defender e de construção. Dentro da dificuldade que nós tínhamos, vimos como uma opção e procuramos entender se o Isla podia fazer a função.”

Hugo é o titular hoje ou tem planos de usar Santos?

“No

futebol

nada é fixo. Ou seja, há muitas variáveis, sobretudo nos goleiros. O Santos chegou nesse processo, passados quase três meses, em que há um crescimento do Hugo. Relativamente é o momento que ele chegou, mas temos que contar com todos do elenco. Em qualquer momento tem que estar preparado para nos ajudar a ganhar.”

Filipe Luís como construtor de jogadas

“Se observar, vai ver que Filipe foi envolvido na construção em outros jogos. Algo que determinamos desde o início, em termos de idade, velocidade, de se manter sempre lúcido física e mentalmente, sobretudo na capacidade de construção e ler o jogo, de técnica. Decidimos trabalhar com ele numa linha mais baixa, como elemento para encontrarmos superioridade após os primeiros momentos de construção. Ele reconhece quando pode estar mais aberto no último terço, com ultrapassagens, mas a construção inicial por fora tem sido extraordinária.”

Continuidade e tempo de jogo para alguns jogadores. Como está a adaptação?

“Projetos têm princípio, meio e fim. Os processos têm princípio e meio, são evolutivos. O equilíbrio é muito importante. Pra mim o elenco é o mais importante, todos têm que estar preparados. Hoje, sem dúvidas, temos bem clara a importância daqueles que têm tido menos tempo, que têm trabalhado para entrar quando a equipe necessitar. Aquilo que vamos vendo no treino e na leitura do jogo, e tomamos as decisões de acordo com o que os jogos nos oferecem.”

Mudanças com linha de 4 foram pro jogo de hoje?

“Construímos um sistema, procuramos defender quase sempre em transição defensiva. E, quando temos que nos organizar defensivamente, nosso bloco está claro. E temos que nos ajustar aos nossos adversários perante os adversários.”

Como estão os jogadores que estão no departamento médico?

“Podemos deixar para o DM falar. Mas com certeza o Pablo tem muita proximidade de nós termos rapidamente, e esperando que o Bruno recupere bem. E uma lesão difícil de explicar que é a do Fabrício, que esperamos que volte logo.”

João Gomes e Lázaro foram bem, e vão desde o início da temporada. Qual a importância deles nesse processo da temporada?

“Não só os dois, mas toda a equipe. A absorção tática é muito importante para cada jogo. Em todos os momentos ou em cada momento, temos ideias bem enraizadas. Seja com um jogador em suas próprias posições ou não. Eles são dois jogadores diferentes, frescos mentalmente, que querem chegar, se impor no futebol profissional, têm entendido, se dedicado e trabalhado e sido premiados em campo.”

Partida do Arão. O vê mais como volante ou zagueiro?

“Ele é meio-campista. Sem dúvidas, um jogador que, numa linha mais baixa, tem muita capacidade de tomar decisão. Interpreta bem o espaço exterior e interior, e tem sido extraordinário. Temos zagueiros com características diferentes dele, e ele é um volante, que vai nos ajudar nessa mesma linha.”

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