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Paulo Sousa e mais 7 técnicos estrangeiros que se deram mal no Brasil


Os técnicos estrangeiros estão em alta no

futebol

brasileiro. Dos 20 clubes que disputam a primeira divisão, nada menos que oito estão nas mãos de “professores” que nasceram no exterior.

Nas nem todos os trabalhos conduzidos por gringos nos gramados pentacampeões mundiais alcançam o mesmo nível de sucesso que foi atingido nos últimos anos por Abel Ferreira (

Palmeiras

), Jorge Jesus (

Flamengo

), Jorge Sampaoli (

Santos

e

Atlético-MG

) e Juan Pablo Vojvoda (

Fortaleza

).

A recente demissão do português Paulo Sousa, que não conseguiu dar resultado à frente do clube mais rico do Brasil, o Flamengo, está bem longe de ser o único fracasso de um treinador do exterior no futebol nacional.

O

“Blog do Rafael Reis”

apresenta abaixo sete técnicos estrangeiros que, assim como o ex-comandante flamenguista, não se deram muito bem quando estiveram no comando de times brasileiros.


DOMÈNEC TORRENT


Espanhol

Flamengo (julho a novembro de 2020)

Domènec Torrent, do Flamengo, preocupado durante goleada sofrida contra o Atlético-MG -  GLEDSTON TAVARES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO -  GLEDSTON TAVARES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Imagem: GLEDSTON TAVARES/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Primeiro treinador contratado pelo Flamengo depois da histórica passagem de Jorge Jesus pelo clube, desembarcou no Brasil credenciado por ter sido auxiliar de Pep Guardiola durante mais de uma década. Só que, até hoje, o torcedor rubro-negro tenta entender qual era o real papel que Dome desempenhava na comissão do vitorioso comandante do Manchester City. O catalão não foi adepto da ideia de que “em time que está ganhando não se mexe” e tentou alterar conceitos que haviam sido implementados por Jesus. O resultado foi tão catastrófico que, em menos de 30 partidas sob seu comando, o Fla conseguiu sofrer três goleadas marcantes: 5 a 0 contra o Independiente del Valle, pela

Libertadores

, 4 a 1 frente ao São Paulo, no Brasileiro, e 4 a 0 do Atlético-MG, também na Série A, derrota que custou seu emprego.


PAULO BENTO


Português


Cruzeiro

(maio a julho de 2016)

Paulo Bento, hoje técnico da Coreia do Sul, já dirigiu o Cruzeiro - Divulgação/KFA - Divulgação/KFA

Imagem: Divulgação/KFA

O comandante da seleção da Coreia do Sul que irá disputar a Copa do Mundo do Qatar-2022 esteve por aqui alguns anos antes de treinadores portugueses se transformarem em mania no Brasil. E certamente não foi pelos seus feitos que os compatriotas de José Mourinho e

Cristiano Ronaldo

ficaram tão celebrados. Ex-volante que já havia comandado Portugal no Mundial-2014 e sido semifinalista da Eurocopa-2012 com a seleção lusa, Paulo Bento dirigido o Cruzeiro em apenas 15 partidas e perde mais da metade delas (oito). Quando foi embora, muito criticado pela excessiva carga de treinos e por ter barrado vários jogadores conhecidos da formação titular, deixou a equipe celeste na vice-lanterna do Campeonato Brasileiro e com uma sequência negativa de quatro derrotas e um empate.


RICARDO GARECA


Argentino

Palmeiras (maio a setembro de 2014)

Ricardo Gareca, quando era técnico do Palmeiras - Eduardo Anizelli/Folhapress - Eduardo Anizelli/Folhapress

Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Antes de iniciar um longo e vitorioso trabalho à frente da seleção do Peru (classificou-se para a Copa da Rússia-2018 e joga na segunda-feira para disputar também o Mundial do Qatar), o argentino “ajudou” o Palmeiras a quase ser rebaixado para a Série B do Brasileiro. Em 2014, Gareca foi apresentado à torcida alviverde como um treinador diferenciado, alguém capaz de fazer a equipe alviverde não apenas vencer, mas também praticar um futebol ofensivo e envolvente. De fato, o time dirigido jogado pelo argentino até jogava para frente, mas quase sempre perdia: foram nove derrotas em 12 rodadas do Brasileirão. Além da falta de resultados, Gareca ainda deixou como “legado” para o Palmeiras os seus quatro compatriotas que indicou como reforços: Fernando Tobio, Pablo Mouche, Agustín Allione e Jonatan Cristaldo. Apesar da determinação em campo mostrada pelo último, que virou uma espécie de ídolo alternativo da torcida, nenhum deles realmente deu certo no clube.


LOTHAR MATTHÄUS


Alemão


Ahtletico-PR

(janeiro e março de 2006)

Lothar Matthaus foi técnico do Athletico Paranaense em 2006 - Transmissão Globoesporte - Transmissão Globoesporte

Imagem: Transmissão Globoesporte

Capitão da Alemanha na conquista do tricampeonato mundial, na Itália-1990, o ex-jogador sempre teve uma carreira errática no banco de reservas. Matthäus até foi campeão sérvio com o Partizan Belgrado (2003) e austríaco pelo Red Bull Salzburg (2007), mas sempre se dividiu entre as carreiras de treinador e comentarista esportivo —não dirige uma equipe há mais de uma década. Mesmo com esse currículo cheio de buracos, foi a aposta da diretoria do Athletico-PR para a temporada 2006. A experiência durou apenas dois meses. Ainda que estivesse invicto aqui no Brasil (seis vitórias e dois empates), Matthäus decidiu abandonar o clube alvinegro depois de sua mulher ameaçá-lo com um pedido de divórcio caso continuasse sua aventura em Curitiba e não retornasse para a Alemanha.


JESUALDO FERREIRA


Português

Santos (janeiro a agosto de 2020)

Jesualdo Ferreira orienta o Santos durante partida contra o Defensa y Justicia pela Libertadores 2020 - JUAN MABROMATA / AFP - JUAN MABROMATA / AFP

Imagem: JUAN MABROMATA / AFP

Três vezes campeão português com o Porto e também com passagens por Benfica e Sporting, Jesualdo é uma espécie de decano dos treinadores da nossa antiga metrópole. E, depois que Jorge Jesus explodiu no Flamengo, foi a escolha do Santos para tentar fazer frente à equipe rubro-negra. O problema é que o estilo de jogo mais conservador defendido pelo veterano técnico luso em nada combinava com o DNA tradicionalmente ofensivo e ousado do clube da Baixada Santista. Para a surpresa de pouquíssima gente, o casamento não deu frutos positivos. E o Santos decidiu demitir seu treinador apenas três partidas depois de o futebol retornar da paralisação de quatro meses em virtude da pandemia da covid-19, logo após a eliminação para a Ponte Preta nas quartas de final do Paulista.


RAFAEL DUDAMEL


Venezuelano

Atlético-MG (janeiro a fevereiro de 2020)

Rafael Dudamel, técnico do Atlético-MG, durante partida contra o Afogados-PE - Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético - Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético

Imagem: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético

O time do Atlético-MG que foi campeão brasileiro no ano passado não nasceu em 2021. Uma temporada antes, a diretoria alvinegra já estava investindo pesado para montar um elenco capaz de brigar pelos maiores títulos em disputa. Originalmente, o treinador escolhido para conduzir esse projeto era Dudamel, que havia colhido bons resultados com a seleção venezuelana. Só que o clube mineiro não teve muita paciência para descobrir se o ex-goleiro era realmente o homem certo para levar o Atlético-MG a grandes feitos. Bastou uma eliminação para o modestíssimo Afogados da Ingazeira, de Pernambuco, na Copa do Brasil, para o trabalho de pouco mais de um mês de Dudamel ser encerrado.


RAMÓN DÍAZ


Argentino


Botafogo

(5 a 27 de novembro de 2020)

 Ramon Díaz foi apresentado como novo técnico do Botafogo                              -  Reprodução/Twitter                             -  Reprodução/Twitter

Imagem: Reprodução/Twitter

Campeão da Libertadores-1996 com o River Plate, o argentino é o treinador estrangeiro de história mais surreal no futebol brasileiro. Díaz foi contratado pelo Botafogo no começo de novembro de 2020 e acabou demitido 22 dias depois, sem sequer ter estreado no comando da equipe. É que Díaz precisou passar por uma cirurgia na tireoide logo depois que foi anunciado pelo clube brasileiro. Inicialmente, o Botafogo deu todo apoio ao seu funcionário e prometeu que esperaria sua recuperação plena. Mas não foi o que aconteceu. Ao tomar conhecimento que o técnico ficaria internado por mais tempo do que o prazo originalmente estimado, a diretoria alvinegra resolveu mandá-lo embora sem nenhuma partida (ou mesmo treinamento) no currículo.

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