Quando Rony acertou bicicleta espetacular completando assistência de Dudu pela direita, logo aos sete minutos de jogo, a impressão era de que o Palmeiras, tão forte mentalmente, amassaria, ainda que em contragolpes, um Fluminense inseguro.
Com a confiança abalada pelo empate cedido no final para o
Corinthians
pela Copa do Brasil no mesmo Maracanã, a abusando dos erros que o líder absoluto do campeonato e bicampeão da Libertadores não costuma perdoar.
Mas o Palmeiras resolveu administrar muito cedo a vantagem. Recuando as linhas em um 4-2-3-1 que deixava apenas Rony na frente e não permitia que o Fluminense criasse superioridade numérica no setor da bola. De novo aproximando Jhon Arias e Matheus Martins, os, em tese, dois pontas do mesmo lado do campo.
Trocando passes sob o comando de Paulo Henrique Ganso, mas em outra noite pouco inspirada de Gérman Cano, essencial pela eficiência nas finalizações. Mas de novo errando, finalizando, impedido, no travessão de Weverton e desperdiçando um raro contragolpe cristalino cedido pela equipe de Abel Ferreira.
Em um segundo tempo de domínio total do Fluminense. Mas, de novo, na bola do jogo, a imprecisão. Ganso finalizou na trave. Em um universo de 17 finalizações tricolores, porém apenas três no alvo. Com Samuel Xavier sendo o melhor escape para fugir da marcação do oponente.
O Palmeiras fechou a sequência difícil contra Corinthians, Flamengo e Fluminense, todos na segunda colocação nas rodadas dos confrontos direitos, com cinco pontos. Vitória sobre o Corinthians e dois empates. Cumprindo a meta de manter distância confortável no topo da tabela. Se o Flamengo vencer o Botafogo amanhã, cairá para sete pontos.
Mas faltou o desempenho consistente. Contra o maior rival em Itaquera, sofrimento e um gol que surgiu em falha de Fagner em inversão de jogo e depois o gol contra de Roni. Diante do time misto do Flamengo no Allianz, péssimo primeiro tempo, recuperação no segundo, mas cautela depois do empate e das entradas de cinco titulares rubro-negros. No Maracanã, belo gol no início, mas depois permitiu o controle crescente do Flu.
È difícil de ser batido, com todos os méritos, mas uma atuação digna de líder e favorito absoluto ao título não vem há algum tempo. São mais pontos que bola jogada. Nada que incomode Abel e os palmeirenses, mas uma realidade que se repete nas conquistas alviverdes desde 2015.
(Estatísticas:
SofaScore
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