Foto: Marcelo Cortes
Em sua volta ao ao Flamengo, Dorival Júnior estreou prestigiando medalhões do elenco e perdeu por 3 a 1 do Internacional, no último sábado (11). Na opinião deste colunista, a derrota confirmou que o Rubro-Negro precisa mais de mais velocidade e concentração do que de currículos vencedores.
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O substituto de Paulo Sousa promoveu a volta de Diego Alves, que não comprometeu, escalou Arão, reserva no início do último jogo do técnico português, bancou Filipe Luís e David Luiz, que estavam perdendo espaço com o antigo técnico, e colocou Diego na etapa final.
A fotografia do jogo em Porto Alegre mostra um Flamengo lento e desatento. A lentidão e a falta de concentração deixaram a defesa exposta e proporcionaram chances ao Internacional.
O primeiro gol colorado aconteceu a partir de uma perda de bola de Filipe Luís. Na sequência, o time de Dorival não teve força e organização para retomar a posse.
Já o segundo gol começou com um passe esquisito de Everton Ribeiro. Arão poderia pegar a bola, mas não o fez.
O polêmico pênalti anotado para Matheuzinho rolou num lance em que a área flamenguista estava desprotegida graças à falta de velocidade na recomposição.
O Flamengo não está errado ao questionar a arbitragem, mas, na minha opinião, os erros individuais de seus jogadores causaram a derrota. E os medalhões cometeram as falhas mais graves.
Em sua entrevista coletiva, Dorival mostrou que mudar o estado anímico dos atletas é uma de suas principais preocupações. Sim, isso é preciso, mas não basta, como mostrou a queda em Porto Alegre.
Quem não consegue dar ao time a velocidade necessária para defender e atacar merece ser substituído. O mesmo vale para os desatentos, que entregam a bola para os rivais.
E, claro, quem está mal tecnicamente, não pode se garantir entre os titulares só com seu passado glorioso no clube. É o caso de Gabigol. Contra o Inter, ele não foi nem um rascunho desleixado em comparação com seu auge.
A questão é simples. Dorival precisa fazer as mudanças que Sousa tentou realizar. Só papo e política de boa vizinhança com os líderes do elenco parecem pouco para recolocar o Fla nos trilhos. Pelo menos essa foi a impressão deixada na estreia de Dorival.
O novo treinador precisará do respaldo da diretoria que seu antecessor não teve, se quiser colocar o time em outro patamar. Mudanças superficiais devem gerar uma melhora igualmente rasa.
O que o Flamengo precisa é parar de olhar para o passado e pensar no futuro. Quanto mais demorar para o time se transformar em busca de competitividade, maior será a sangria.
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3 visitas – Fonte: Blog do Perrone
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