Tenho amigos que estão cobrindo in loco a guerra da Ucrânia desde o primeiro dia de combate. Muitos deles, inclusive, reportam as barbaridades provocadas pela Rússia com uma serenidade invejável. São referências (ou heróis) na profissão.
Do conforto do meu sofá e também da redação, eu, cuja área de atuação é o jornalismo esportivo, vou apurando informações sobre o futuro dos brasileiros que atuam no
futebol
ucraniano, especialmente em relação ao
mercado da bola
.
Jornalistas que vivem realidades distintas. Uns sentem na pele o que é ter a vida em risco e convivem constantemente com o drama de inocentes, já outros tentam perceber, sei lá, com qual clube determinado jogador pode eventualmente ser negociado.
Todos estamos atrás do mesmo: da notícia. Mas o que é o futebol perto de um genocídio? O que é a bola rolando perto de bombas explodindo? O que são transferências de jogadores perto de mais uma onda de refugiados?
“Acha mesmo que estão preocupados com isso [negociações] agora? Estão sendo bombardeados e precisando proteger as famílias, as esposas, as filhas, etc. Vidas estão em risco”, disse-me uma fonte ligada ao
Shakhtar Donetsk, que conta com 13 brasileiros no elenco
.
Hoje, mais do que nunca, parei para refletir sobre bom senso e
empatia
durante a realização da minha profissão. Uma função que é essencial para o mundo, mas que precisa sempre trabalhar com respeito e, acima de tudo, limites.
É preciso continuar o trabalho jornalístico com muito profissionalismo, dedicação e noção, seja no esporte ou na guerra, e diariamente (tentar) perceber que nada é mais importante do que a vida do próximo.
Já dizia o histórico treinador italiano Arrigo Sachi: “O futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes das nossas vidas”.
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