Notícias

O desequilíbrio de Arrascaeta num duelo entre times em estágios diferentes – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 10/08/2022 às 07:38:34 O chute certeiro em Itaquera e o passe no Maracanã: em dois lances, Arrascaeta abriu a chave do cadeado das duas partidas entre Flamengo e Corinthians, expondo claramente onde estava a diferença entre os dois times. São jogadas que deixam uma certa sensação de impotência no rival: porque nos dois jogos, até que as intervenções decisivas do uruguaio ocorressem, os corintianos executavam fielmente um plano e conseguiam competir. Até descobrirem que tanto esforço e concentração não bastavam.

Quem examinar as listas de jogadores do Corinthians e do Flamengo, terá a certeza de que o rubro-negro tem mais recursos, mais talento. Mas o contexto em que os time se encontraram amplifica a sensação de disparidade. Porque os melhores jogadores do Flamengo chegaram às quartas de final da Libertadores fisicamente prontos e tecnicamente em ótima fase, à vontade no modelo de Dorival Júnior. Já o Corinthians, há muitas semanas, contabiliza indisponibilidades. Tem a ver com o calendário brasileiro, mas também com uma formação de elenco deficiente. Seja pela falta de intensidade, pela idade ou por características técnicas, parte importante dos maiores investimentos corintianos jamais parecerem complementares, harmônicos quando reunidos num time. Na dura rotina brasileira, acumularem lesões ou ausências. O Corinthians projetado no papel jamais existiu de forma duradoura. Mais do que dois elencos diferentes, o confronto reuniu dois times em estágios diferentes.

Arrascaeta, Flamengo, Corinthians, Libertadores

Alexandre Durão

Os rivais são só contrastes no momento. O Flamengo chega à terceira semifinal de Libertadores em quatro anos numa espécie de lua de mel. No Maracanã, não viveu sua noite de mais inspiração, mas é notável como sobram armas ao time.

E precisou delas porque o Corinthians, mesmo com problemas, competiu no primeiro tempo. Conseguia criar desconforto com sua pressão ofensiva, até o Flamengo encontrar uma rota de escape que começava pelos pés de seu goleiro até chegar à cabeça de seu centroavante. Era impressionante como Santos acertava os passes longos em busca de Pedro. A ideia era “saltar” a marcação adiantada do Corinthians. Era impressionante, também, como Pedro ganhava todos os duelos de Bruno Mendez e encontrava um companheiro, permitindo ao Flamengo sair de trás e se estabelecer em campo ofensivo.

Sempre que o Corinthians tentou esticar bolas para Yuri Alberto, quem apareceu foi David Luiz, dominante nos duelos. Outro personagem dominante foi Arrascaeta, decisivo outra vez. O momento de maior pressão do primeiro tempo passara, mas a volta do intervalo trouxe Renato Augusto, sem condições de jogar 90 minutos, na vaga de Fausto Vera. O início de segunda etapa dos corintianos era novamente bom, com inversões de lado que pegavam desguarnecidos os lados do campo do Flamengo. Du Queiroz e Adson chegaram a finalizar e o rubro-negro vivia um momento de dúvidas.

Até Arrascaeta repetir um movimento que vinha fazendo na primeira etapa: buscou o lado esquerdo do ataque, passou por Roni e deu passe sob medida para Pedro. Quando teve algum volume, ao Corinthians faltou refinamento para concluir; ao Flamengo nem era preciso criar tanto para encontrar o gol pelos pés de seus melhores jogadores. Havia mais capacidade de desequilíbrio de um lado do que de outro.

Na prática, a eliminatória acabava ali. Porque além de sofrer um golpe na autoestima, o Corinthians exibiu seus desequilíbrios. Ao recorrer a Giuliano e Roger Guedes, o técnico Vitor Pereira até aumentou o poderio técnico do time. Mas o efeito colateral imediato é a perda de vigor. O Corinthians raramente consegue combinar competitividade e qualidade individual. Parece ser um dos sintomas da estratégia de formação de seu elenco. O Flamengo passou a dominar amplamente, e ficou definitivamente à vontade com a expulsão de Bruno Mendez. Após um primeiro tempo de seis finalizações dos paulistas contra três dos cariocas, a segunda etapa viu dez arremates rubro-negros e quatro do rival.

Contra Vélez ou Talleres, o Flamengo será favorito. E a boa notícia é que pode jogar mais do que exibiu ao eliminar o Corinthians.

Fonte:

Tags:   .comu_erro {font-size: 10px;color: #aaaaaa;font-weight: bold;text-transform: uppercase;letter-spacing: 0.06em;background: #f4f4f4;padding: 0 10px;line-height: 23px;display: inline-block;margin-right: 2px;border-radius: 5px;cursor: pointer;padding-right: 5px;}.comu_erro svg{margin-top: 1px;margin-left: 5px;} Comunicar erro

Link do Artigo do FalandodeFlamengo

E pra você que curte o mundo esportivo -- entre agora mesmo em Palpites GE e tenha sempre em mãos as melhores dicas de investimento no futebol brasileiro e internacional.