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O Athletico-PR já é mais relevante que quais clubes do G-12? Veja a opinião dos torcedores do semifinalista da Libertadores


Libertadores: Athletico-PR e Palmeiras se enfrentam nesta terça-feira (30), às 21h30 (de Brasília), na Arena da Baixada

Nesta terça-feira (30),


Athletico-PR


e


Palmeiras


fazem o jogo de ida da semifinal da


Conmebol Libertadores


, às 21h30 (de Brasília), na Arena da Baixada. O fã de esporte acompanha a melhor repercussão no



Linha de Passe

, logo após a partida, com


transmissão ao vivo


pela

ESPN

no

Star+



.

Em Curitiba, o time da casa busca um bom resultado para tentar encaminhar a classificação. Se conseguir eliminar o atual bicampeão da América, o Furacão chegará à sua



final da maior competição do continente.

Nos últimos anos, aliás, vem sendo frequente ver o Athletico na disputa das fases mais agudas dos grandes torneios. Só de 2018 para cá, por exemplo, o clube ganhou duas Copas Sul-Americanas (2018 e 2021) e uma Copa do Brasil (2019), além de ter sido vice do torneio mata-mata nacional em outra ocasião (2021) e ter levantado algumas taças menores, como a Copa

Levain

(ex-Copa

Suruga Bank

).

Com isso, surge a pergunta: o Athletico-PR é mais relevante atualmente que quais equipes do chamado G-12, o grupo dos grandes históricos do futebol brasileiro (os quatro de São Paulo, os quatro do Rio e as duplas de Porto Alegre e Belo Horizonte).

Para ter a resposta, o


ESPN.com.br

percorreu as ruas de Curitiba e ouviu vários torcedores do Furacão, que foram diretos e muito sinceros sobre o tema.

Nas conversas com a reportagem, eles também lembraram seus momentos favoritos nas últimas duas décadas, quando o Athletico iniciou a revolução que o levou à posição de destaque que ocupa atualmente.


Veja as opiniões de torcedores do Athletico-PR

:

Higor Juan, 29 anos, empresário

– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

Tem grandes momentos de 2000 pra cá, mas o que mais me marcou foi a final da Copa Sul-Americana de 2018 contra o Junior Barranquilla, por ser nosso primeiro título internacional e pelo clima da final na Arena lotada. O jogo foi emocionante, com pênalti perdido durante a partida e, no fim, a disputa por pênaltis. Não consigo nem expressar em palavras o que foi o momento.

– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Acredito que não dá pra negar o legado e a história construída pelo chamado G-12 do Brasil, mas futebol é mais do que história. É preciso avaliar o histórico recente e, dentro dessa perspectiva, o Athletico tem muito mais títulos do que alguns clubes do G-12, principalmente se considerar os últimos 10 anos. O último titulo relevante do

São Paulo

foi o Brasileiro de 2008, e, do

Vasco

, a Copa do Brasil de 2011. Então, no momento atual, o Athletico tem mais relevância que muitos clubes do atual G-12.

Henrique Stockler, 34 anos, analista de RH


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

É bastante difícil escolher um momento favorito, pois há muitas lembranças boas nestes últimos 25 anos. Mas vou escolher o momento que, para mim, foi a virada do Athletico nos últimos tempos: a Sul-Americana de 2018. O Athletico tinha começado o século muito bem, foi campeão brasileiro em 2001, disputou pela 1ª vez a Libertadores, foi vice brasileiro em 2004, vice da Libertadores em 2005. Aí teve uma queda de rendimento depois até voltar a figurar no começo dos anos 2010 aos grandes jogos e às grandes disputas. A partir de 2014, voltou à Libertadores, e foi crescendo até chegar ao título da Sul-Americana em 2018, e da maneira que foi, contra o Junior na Baixada, jogo sofrido, os caras errando um pênalti, o Athletico ganhando nos pênaltis… Quando foi campeão, praticamente voltei no tempo para 2001. Antes dessa Sul-Americana, ficava a sensação de que o trabalho era bem feito, mas ficava só em boas campanhas e os títulos não vinham. Por isso, aquele gol do Thiago Heleno na disputa de pênaltis foi como o João Guilherme narrou na transmissão: uma quebra de muro. Depois disso, o time ganhou a Copa do Brasil em 2019, ganhou de novo a Sul-Americana em 2021, chegou a uma nova final de Copa do Brasil e agora busca outra final de Libertadores. Mas foi 2018 que marcou essa virada.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

A discussão dos 12 grandes no Brasil é muito relativa. A gente tem que separar a questão histórica do potencial atual. É claro que não dá para virar as costas para a história. Os clubes de São Paulo e Rio sempre estiveram onde estava o dinheiro do país, e essa questão ajudou que tivessem mais conquistas. O Athletico fez um trabalho que nenhum outro time fez. Você pode procrar ao longo da história alguma equipe que tenha tentado se descolar dos pequenos e médios e colado nos grandes, mas não existe ninguém que fez isso de maneira sustentável. Pode até ter existido quem conseguiu por um, dois anos, mas depois sumiu. O Athletico foi o único que fez isso. É um clube que hoje ganha títulos e briga com

Flamengo

,

Palmeiras

e

Atlético-MG

, mesmo ganhando seis, sete vezes menos no orçamento. Hoje, o Athletico tem modelos de gestão e futebol que são sustentáveis e faz mais com menos. Acaba fazendo mais que clubes que historicamente são maiores. Hoje, o Athletico tem muito mais potencial que

Botafogo

,

Vasco

e

Santos

, que estão bastante endividados. Claro que, em potencial, times como

Santos

e

Fluminense

conseguem gerar ativos com categorias de base, mas, quando a gente olha gestão e longo prazo, a gente sabe que o Athletico hoje está melhor. História não se discute, ninguém muda, mas, em questão de potencial, tirando os times de superpoderio financeiro, o Athletico é que mais vem brigando e disputando grandes jogos, coisa que vários do G-12 não conseguem fazer. Fazem campanhas esporádias, pois têm força de torcida, às vezes conseguem trazer grandes jogadores, mas o Athletico é o clube com maior potencial para crescimento a longo prazo e com projeção de boas campanhas em relação a vários membros do G-12.

Botafogo

e

Vasco

agora têm as SAFs, mas o Athletico, no modelo que tem hoje, é muito mais sustentável que o

Santos

, por exemplo.

Edgar Delfino, 34 anos, servidor público


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

O título da Copa do Brasil de 2019. Para mim, ele foi a validação de um projeto que vinha sendo desenvolvido há muitos anos. Provou que o Athletico não era um meteoro, uma brisa passageira, mas sim um projeto concreto. Futebol não é ciência exata, e claro que podem ter percalços no caminho, mas esse título mostrou que há um projeto sendo executado no Athletico e mostra que o clube não veio dar um pulo, cair e sumir. O Athletico veio para se estabilizar entre os clubes que disputam as maiores coisas do calendário, e não ser coadjuvante como foi por tantos anos. O título da Copa do Brasil de 2019 reafirma o Athletico na posição de um dos principais clubes do país.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

É uma pergunta complicada, mas acho que hoje é especialmente mais revelante que o

Vasco

. Tenho muito respeito pela história do Vasco, pela questão da luta por igualdade racial, da quebra de paradigmas, tenho grande apreço perla torcida do Vasco, que tem um ativistmo político no futebol que é caso raro. Mas acho que o Vasco foi um clube que teve no Eurico Miranda um cara parecido com o Petraglia aqui no Athletico. Um cara que tinha seus planos magalomaníacos, mas que não imprimiu uma gestão séria dentro do futebol. Por isso, hoje o Vasco amarga anos no ostracismo. Claro, é um time que tem Libertadores, vários títulos enormes, mas, hoje, o Athletico disputa campeonatos com muito mais relevância do que o Vasco. Não gosto de falar que é maior ou menor, pois cada um tem sua história, sua importância, seus ídolos, mas, hoje, o Athletico é, num cenário nacioanal e de América do Sul, muito mais relevante do que o Vasco.

Mateus Fernando Segura, 34 anos, administrador


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

O maior momento foi o título brasileiro de 2001. Naquele momento, tinha uma coisa que era a questão do nosso rival (Coritiba), que, quando eu era criança, tornou-se insuportável: o fato de ver que o escudo do Athletico não tinha a estrelinha de campeão em cima. Nessa época, final dos anos 90, começo dos 2000, ter a estrelinha era algo que chamava muito a atenção. Tanto é que essa camisa que estou usando hoje foi a primeira camisa do Athletico lançada com a estrela dourada. É a mesma camisa de 2001, mas com a atualização da estrela. Então, para mim o Athletico entrou de vez com força no cenário dos grandes brasileiros quando foi campeão nacional em 2001, até porque ninguém imaginava que aquele time conseguiria esse feito.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Olhando em temos de disputas de campeonatos, o Athletico está na frente de

Vasco

,

Botafogo

e

Fluminense

. Os três do Rio de Janeiro são hoje os mais fracos entre os grandes e ficaram para trás. Fora o

Cruzeiro

, que está na Série B… Mas acredito que eles irão retomar nos próximos anos, porque têm torcida grande e uma história recente de títulos.

Roberta Salles, 39 anos, empresária


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

Eu considero que o Campeonato Brasileiro de 2001 foi o maior. Não foi algo aleatório. Em 1996 fomos bem, em 1999 também, mas 2001 foi a coroação do que a gente nem imaginava. Foi algo muito grande. Nos anos seguinte o time fez campanhas muito boas, especialmente em 2004 e 2005. Mas o maior de tudo foi 2001, porque iniciou o processo que vivemos até hoje.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Considero que estamos hoje acima de todos, menos

Palmeiras

e

Flamengo

… E talvez do

Corinthians

, por questões de torcida e mídia. Talvez dê para colocar o

Atlético-MG

em 4º lugar. Fora isso, estamos acima de todos os outros.

Anne Borges, 35 anos, publicitária


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

Para mim, o maior momento do Athletico foi o título de 2001. Ver esse momento ao vivo foi minha maior emoção como torcedora. A gente sempre ouviu a torcida do Coxa falando que foi campeã primeiro… Eu cresci na década de 90, era todo dia isso na escola: ‘O Coxa é o maior, não sei o que…’. Mas sempre amei o Athletico, meu pai me ensinou a torcer e nunca larguei. Se para ser grande precisava de um título grande, ganhamos em 2001.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Vou ser bem polêmica, porque acho que dá para citar vários clubes. Hoje somos maiores que

Santos

,

Fluminense

,

Vasco

,

Botafogo

e até

Cruzeiro

. Não tiro a história de nenhum desses times, mas hoje, no atual cenário, só ficamos atrás de Flamengo e Palmeiras entre os grandes. O Athletico já está no grupo dos maiores em questão de estrutura e investimento faz tempo. Só basta a mídia estabelecer isso.

Carlos Afonso Silva Jr., 41 anos, publicitário


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

Tenho muito na minha cabeça a Copa do Brasil de 2019, e, dentro dessa competição, o jogo da virada contra o Grêmio, na semifinal. Para mim, foi um marco gigantesco nessa trajetória e na história do Athletico. O clube vem numa crescente desde 1995 até chegar onde está hoje, mas, nos últimos 20 anos, essa virada sobre o Grêmio foi um marco que empolgou de vez. Aquele time já tinha passado pelo Flamengo do Jorge Jesus, depois pegou o Grêmio do Renato Gaúcho, perdeu o primeiro jogo, todos davam como certa a final Gre-Nal… E o Athletico reverteu na Arena da Baixada e depois foi campeão em cima do Inter no Beira-Rio. Ali o clube assinou a vaga para entrar no outro patamar, na prateleira de cima do futebol brasileiro.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Não menosprezo história de ninguém, mas temos que separar as coisas… Futebol é momento. Tudo que foi feito para trás a gente não pode comparar em história, mas hoje não vejo o Athletico menor que

Palmeiras

e

Flamengo

. Hoje, em questão de estrutura é igual para igual ou melhor que os outros. Hoje, não perdemos jogador para ninguém, a gente tira dos outros. E quando o jogador sai daqui, sai porque quer, e sai caro. O

Flamengo

tem uma vitrine muito maior que a nossa, é claro. O

Palmeiras

tem patrocinador forte e construiu uma estrutura bacana. Mas hoje temos estádio, o

Flamengo

não. O Flamengo também não tem um CT como o nosso. Eles têm a vitrine, conseguem trazer caras de renome, por isso é o maior clube do Brasil. O

Palmeiras

tem dinheiro e construiu uma estrutura que deixará legado. E o

Atlético-MG

vem crescendo nos últimos anos. Mas creio que tudo o que esse clubes fizeram para arrumar a casa nos últimos anos foi inspirado no que o Athletico vem fazendo há tempos. Eles viram que dava certo aqui, se inspiraram e hoje colhem os frutos. Então, numa prateleira um pouco acima estão

Flamengo

,

Palmeiras

e

Atlético-MG

, pelos últimos dois anos. De resto, não temo ninguém. Nem mesmo o

Corinthians

. Todo o resto fica abaixo da gente.

Leonardo Gaed, 32 anos, publicitário


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

O maior momento para mim foi a primeira vez que entrei no estádio com meu pai. Nem lembro qual foi o jogo, porque eu era muito pequeno. Mas lembro até hoje a primeira vez que vi a torcida. Desde então, minha relação com o Athletico é uma relação mais com a torcida do que com os próprios atletas. Os jogadores passam, a torcida não. Foi uma paixão certeira à primeira vista, porque nem foi pelo que estava acontecendo dentro de campo, e sim na arquibancada. Eu até brinco com meus amigos: eu nem gosto de futebol, eu gosto do Athletico.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

O Athletico bate de frente com todos. Esses dias um amigo me falou: ‘Putz, vamos enfrentar o

Flamengo

, f***!’. Não temos mais que ter medo do Flamengo. O Athletico nunca teve nada. Então, hoje qualquer coisa que a gente conquistar está valendo. É um time que está criando sua força agora. Quando a gente viaja para jogos em outros países, as pessoas falam de

El Paranaense

. É algo que está construindo agora e vai seguir em construção. Sei da qualidade de estrutura de

Palmeiras

, A

tlético-MG

,

Flamengo

. Não desprezo ninguém, mas acho que jogamos deigual para igual com todos. Antes a gente era coitadinho. Hoje, quando jogamos contra um

Palmeiras

, os caras respeitam. Essa discussão nem existia no passado, quando a gente não disputava nada. Hoje, tem discussão e respeito. Hoje, os adversários se preocupam com a gente. Antes, passava natido. Agora, a gente causa preocupação a todos, ao contrário dos nossos rivais do Alto da Glória. Que, aliás, nem sei se tem alguma glória mais por lá…

Thiago Gonçalves, 37 anos, empresário


– De 2000 para cá, qual seu momento favorito como torcedor do Athletico, e por quê?

Sem dúvida foi a conquista do Brasileirão de 2001. Foi ali que a gente deu esse grande passo, e que até hoje estamos tentando dar o passo a mais. Não sei se chegaremos lá algum dia. Quebrar a barreira de torcida depende de muita coisa. O Corinthians passou 25 anos sem ganhar nada e a torcida creceu… Depende muito de onde você é, do interese da mídia, etc. Mas a barreira de estar entre os grandes já quebramos faz tempo, e o símbulo disso é 2001, quando conquistamos o maior título da nossa história até aqui.


– Atualmente, você considera que o Athletico é mais relevante que qual clube do grupo dos chamados 12 grandes?

Se você fizer um recorte a partir de 2001, a gente está inserido nessa roda-gigante dos grandes faz tempo. Fomos

top 5

em alguns momentos e

top 10

sempre. Se pegar os últimos cinco, seis anos, quando a gente não estava na Libertadores, estava na Copa Sul-Americana. E, quando jogamos a Sul-Americana, ganamos. É um ciclo virtuoso, de estar sempre chegando em decisões. Ganhar e perder faz parte do jogo, porque você sempre vai bater com receitas maiores, mas tem que estar sempre em posição de competir. Pelo lado da relevância, estamos entre os cinco maiores do país constantemente e há muito tempo. Hoje, o

Fluminense

não briga por títulos como o Athletico. Clubes como

Botafogo

também não. E o

Atlético-MG

só se alçou a essa posição que está hoje por causa de

doping

financeiro, que ainda não sabemos se terá as mesmas consequências do Cruzeiro. Mas o Athletico está no top 5 faz tempo e vai se manter por muito tempo.

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