O Flamengo subiu de patamar em 2019 com títulos do Brasileirão e da Libertadores, além de um futebol de alto nível sob o comando de Jorge Jesus, mas hoje, a 21 dias da final continental, desperta a desconfiança no trabalho do técnico Renato Gaúcho. O motivo foram tropeços que o deixaram distante do Atlético-MG no nacional, assim como a eliminação na Copa do Brasil para o Athletico-PR. Fora de campo, veio à tona uma investigação envolvendo o presidente Rodolfo Landim, em tema que não envolve o clube, mas também deixa o alerta para o Rubro-Negro.
No podcast Posse de Bola #175, Juca Kfouri comenta como a diretoria do clube pode atrapalhar um time como o Flamengo, que há dois anos aparecia como candidato a criar uma dinastia no futebol brasileiro e conseguiu títulos, além de estar na final da Libertadores, mas sem demonstrar o futebol que chamava a atenção. “O Flamengo, que você nota, tem como gestor principal um cara que está acusado de uma lesão em fundos de pensão, por gestão frauddulenta, na casa de R$ 100 milhões. Que confiança eu posso ter neste cidadão como presidente do clube de maior torcida do país? E aí você, em um momento em que você perde um jogador que cada vez se revela mais essencial na história recente do Flamengo —que é o De Arrascaeta—, você entra nessa crise técnica que o Flamengo entrou. A carruagem do Flamengo está virando abóbora? Aparentemente, sim”, diz Juca.
“É um absurdo porque, para quem veio de 2019, como o Flamengo veio, que em 2020 —apesar de ser aos trancos e barrancos— ganhou uma porção de taças, ganhou o Brasileirão pela oitava vez, o 2021 que o Flamengo está tendo é absolutamente medíocre. Aí você dirá ‘medíocre até o dia 27, porque se no dia 27 ganha o santo graal, pronto, outro patamar’. Não é, não será”, completa. O jornalista considera que o Flamengo teria condições de manter o futebol de “outro patamar”, mas se atrapalha nos erros da própria gestão.
O que distinguiu o Flamengo em 2019, mais do que os títulos todos que ganhou, formidáveis, foi que o Flamengo devolveu ao futebol brasileiro um futebol que fazia tempo que a gente não via e isso deixou de acontecer com todas as condições para acontecer se a gestão fosse de fato moderna, firme e progressista. Não é. Não há razão alguma para confiar na direção do Flamengo”, conclui.
234 visitas – Fonte: UOL
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