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Michael conta em entrevista o drama que vive na Arábia Saudita


Com contrato até junho de 2025 com o Al-Hilal da Arábia Saudita, o ex-jogador do Flamengo Michael revelou em entrevista o drama para se adaptar no país. Xodó da torcida rubro-negra, o atleta de 26 anos contou que hoje duas equipes do futebol brasileiro se movimentam para repatriá-lo.

No bate-papo com o comentarista Alê Oliveira, Micha não revelou quais clubes do futebol nacional brigam para contar com ele na próxima janela, mas garantiu que um telefone tocará primeiro quando decidir voltar ao Brasil: o do VP de Futebol do Flamengo, Marcos Braz.

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“A verdade é uma só: quero voltar ao Brasil. Tem (dois clubes perto). Eu tenho uma promessa, se eu prometer, vou cumprir. Se eu prometo, eu cumpro. Aprendi com meu pai, você tem sua palavra. Se der, cumpra. Tenho uma promessa com o Marcos Braz, antes de eu sair (de dar prioridade ao Flamengo)”, disse Michael em entrevista ao canal do Alê Oliveira, no Youtube.

Michael vive boa fase nos gramados árabes, desde que chegou ao país há seis meses. Titular na partida do título, terminou a campanha com dois gols e três assistências em 11 jogos na liga. O Al-Hilal ficou com 67 pontos em 30 rodadas e garantiu o seu 18ª título saudita, o terceiro seguido.

“Não tem nada definido, nem para ir e nem para ficar. Hoje, eu vou voltar. Mas nem comprei minha passagem ainda. [Prometi ao Braz] que o dia que falasse que ia voltar para o Brasil, ele ia sempre ter a preferência. Pelo carinho, pelo respeito”, garantiu.

Além disso, Michael contou sobre a dificuldade de adaptação desde que chegou ao país árabe. Mesmo sendo bem recebido por diretoria, torcida e por parte do elenco do Al-Hilal, que desembolsou 8,45 milhões de dólares (R$ 45,5 milhões à época) pelos 80% dos direitos econômicos do atacante que pertenciam ao Flamengo.

“Lá [o país] tem sua cultura. Sou um cara muito alegre, gosto de música, gosto da resenha. Lá é um pouco diferente. Lá eu tenho que não ser eu. É realmente um trabalho. Eu chegava no Flamengo e o pessoal falava: ‘O doidinho chegou’. Chego cantando, gritando, converso com todo mundo. Aí chega lá…eu não falo inglês, não falo árabe. É difícil para mim essa adaptação. E eu sou um cara que gosta de treinar demais, então é difícil para mim”, desabafou.

“Pode ser que um dia goste de estar lá? Pode ser. Tenho o carinho de vários jogadores, não de todos. Tem uns que já não gostam de mim, falam que sou ‘good crazy‘. Os caras da diretoria gostam de muito de mim, os torcedores gostam de mim. Só que não sou eu, não tenho mais aquela vontade de estar ali. Estou trabalhando, sou profissional, sempre vou cumprir tudo o que foi determinado. Mas não sou eu. Sou apenas um cara que vai para o trabalho e faz bem feito. Sou um funcionário. Se eu estiver estressado ou triste, eu não jogo. Tem dia que eu jogo e parece que não sou eu”, afirmou o atacante, garantindo que não deixa o lado financeiro pesar além do necessário em sua decisão.

Michael conta do drama que vive morando longe da família

“Dinheiro para mim…tanto faz quanto tanto fez. Já vivi com pouco. Hoje eu tenho, graças a Deus. Mas não é o dinheiro que me move. Quando eu saí do Goiás para o Flamengo eu ganhava um valor que quando eu falava, as pessoas diziam ‘você não ganhava só isso’. Eu ganhava, mas eu estava feliz. O importante para mim não é o valor que eu estou ganhando, é quem eu sou no clube. E o que aquele clube representa para mim. O dinheiro vai e volta. O que importa é a amizade que a gente constrói e que leva para a vida”, disse Michael, revelando um drama pessoal que atravessou recentemente.

“Perdi minha mãe tem um mês. Eu estou com muita saudade dos meus irmãos, do meu pai. Parece que a gente quer ficar mais próximo dele. Foi um baque, minha mãe ficou internada 12 dias. Ai nessa hora você pensa: de que adianta o dinheiro? Eu tinha dinheiro que podia, mas não consegui salvar minha mãe. E ai? Você vê que o dinheiro não é tudo. Eu levei minha mãe para o Rio, fiquei com ela dois dias antes de viajar. Ela estava boa, tomando a cervejinha dela, comendo a carninha dela. E quando eu volto é para velar minha mãe. Para mim é um baque. Não é o só o futebol em si, que lá não é tão legal. Tem a saudade da família”.

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Link do Artigo do MundoRubroNegro

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