Gabigol
marcou o gol da
vitória do Flamengo
diante do
Vasco
no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Carioca e agora pode ser punido por ter comemorado em frente à torcida adversária. Isso porque o Procurador Geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), André Valentim, apresentou uma
denúncia contra o jogador
.
No podcast
Posse de Bola #211
, Mauro Cezar Pereira critica a denúncia no TJD/RJ, citando também a forma como se tenta impedir o jogador de comemorar por alguma suposta provocação à torcida adversária, como no
jogo entre Palmeiras e Corinthians no Allianz Parque
, enquanto casos de racismo, como o denunciado pelo próprio jogador rubro-negro, passam impunes.
“O Gabigol foi indiciado pelo tribunal, por um promotor e tal porque ele comemorou o gol. ‘Ah ele comemorou perto da torcida do Vasco’. Eu sugiro que eles coloquem em campo guardas de trânsito com placas indicando onde o jogador pode comemorar. Jogador do Flamengo, aí as setinhas, ‘favor fazer a manobra à direita e vá até o seu torcedor do outro lado’. Isso é uma palhaçada muito grande”, diz Mauro Cezar.
“Ontem (17) houve de novo lá no jogo do Allianz Parque, o Roger Guedes faz o gol de pênalti e aí o Weverton vai lá reclamar. Cara, vai comemorar onde o gol? Supostamente ele teria feito algum tipo de provocação à torcida do Palmeiras. E se ele fizer? O torcedor está irritando o cara, ele vai bater o pênalti, ex-clube dele, aí ele consegue manter a tranquilidade e bateu muito bem, talvez ele possa realmente reagir de alguma forma, pode fazer um silêncio, botar a mãozinha no ouvido, qual o problema? O cara está sendo provocado pelo torcedor e é o papel do torcedor”, completa.
O jornalista lembra o caso no qual o próprio Gabigol
denunciou ter sido vítima de racismo no último Fla-Flu
, mas o caso acabou arquivado. Enquanto isso, a comemoração com plaquinha ou próximo à torcida adversária é coibida de alguma forma.
“O Gabigol é xingado, quando xingaram o Gabigol de macaco não aconteceu nada, aí ele comemora o gol e é indiciado pelo tribunal. Gente, pelo amor de Deus. Já não pode levantar a plaquinha, levanta a plaquinha, toma cartão. É muito chato e a gente precisa falar mais sobre isso, porque essas malas estão aí presentes para tentar cada vez mais matar um pouquinho o
futebol
“, diz Mauro.
“A gente viu isso em dois jogos, dois dias seguidos esse tipo de coisa de o cara não poder comemorar o gol e aqui tem essa bizarra torcida única que cria uma situação que vai comemorar o gol onde? O cara joga no
Corinthians
, faz o gol no campo do Palmeiras. Corre para o vestiário, grita gol e depois volta? Que coisa chata”, conclui.
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