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Mauro Cezar: Paulo Sousa e o elenco precisam ceder pelo bem do Flamengo


Elenco e técnico do Flamengo não têm sintonia. Há descontentamento de boa parte do grupo de jogadores com o fato de não se saber quem é titular e fica na reserva, além do aproveitamento de atletas fora de posição, rendendo bem menos que poderiam, na visão dos mesmos.

O português não dá abertura para esse tipo de diálogo, algo que era comum nos tempos de Rogério Ceni. Na época, mesmo eventualmente não gostando, se ajustavam e iam a campo. Assim ganharam Brasileiro, Taça Guanabara, Supercopa e Campeonato Carioca.

Paulo Sousa, assim como Domènec Torrent, é mais fechado, trabalha quase enclausurado em suas convicções, formas de jogar, algo de que não abre mão. Na linha

os jogadores que se adaptem

.

Mas Jorge Jesus também era assim, contudo os que dele sentem saudades alegam que sabe explorar as características dos jogadores. Algo que Paulo Sousa não estaria sabendo fazer.

Como a direção mantém vários jogadores temporada após temporada, na prática o português faz alterações, que resultaram no afastamento do time até de algumas lideranças do elenco.

Ele executa missão parecida com aquela que Pep Guardiola encarou ao assumir o Barcelona, dando fim à “Era” Deco, Ronaldinho, Eto’o. E Mano Menezes no

Corinthians

quando Tite saiu, ou Levir Culpi no Atlético Mineiro depois da

Libertadores

ganha com Cuca

Está claro que mesmo com um eventual título neste sábado, os problemas continuarão existindo se não houver diálogo e todos os lados forem flexíveis. O time pode vencer algumas partidas, mas provavelmente seguirá fracassando e perdendo se não houver mudanças.

Sousa precisa recuar, entender que o grupo tem certas características e colocar tudo o que pensa em campo de uma vez não está dando certo. Talvez possa ceder e, no ano que vem, com possíveis conquistas, ele consiga colocar todas as suas convicções no gramado, até com chegadas e partidas.

Nos bastidores, além dos dirigentes, que precisam agir, há personagens como o gerente técnico Juan, ex-zagueiro; e o gerente de

futebol

Fabinho, ex-volante, que jogaram pelo Flamengo, conhecem bem o clube, o elenco e atuam próximos ao treinador. Personagens que poderiam ajudar num processo de convencimento do português.

Paulo Sousa é visto como um homem educado, com estudos, mas o ponto que se discute é sobre como transmite seus conhecimentos, ideias. A tal distância entre teoria e prática. Se cada um ceder um pouco, o Flamengo sairá ganhando, mesmo que sábado esse grupo de jogadores seja vice. De novo.


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