Autor do primeiro gol do jogo, Matheus França foi essencial para a vitória do Flamengo sobre o Cuiabá, na noite do último sábado (8).

Além de deixar sua marca, o meia-atacante mostrou que pode emular movimentos de dois outros jogadores que já atuaram neste posicionamento: Arrascaeta e Lázaro.

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França gera profundidade de Lázaro e apoio de Arrascaeta

Após um primeiro tempo morno, em que o Mais Querido pouco produziu com bola, Dorival Jr. voltou com a equipe para a segunda etapa com uma modificação: Mateusão deu lugar a Matheus França.

Com a mudança, o Flamengo deixou de atuar no 4-3-3 para voltar a atuar no 4-3-1-2, em que França se tornou o meia à frente dos atacantes Marinho e Cebolinha.

A princípio, a ideia era de tentar simular alguns movimentos de Arrascaeta como meia articulador da equipe. Posicionando-se no entrelinhas adversário a fim de ser opção de apoio, alimentar o setor ofensivo com passes verticais e associar com o ataque.

Algo que o jovem de 18 anos conseguiu executar muito bem. Saindo da referência, ou seja, próximo aos zagueiros adversários, para receber livre entre as linhas de defesa e meio-campo do Cuiabá.

Além de articular as ações ofensivas do Flamengo, Matheus França também participou das ações com bola da equipe atacando em profundidade. Assim como Lázaro atuava enquanto era jogador do clube, em muitos momentos o atleta realizava desmarques de ruptura (facões) para ser acionado próximo do gol.

Apesar de não ter alcançado êxito no passe em si, conseguiu arrastar os defensores adversários e gerar espaços para seus companheiros. Aliás, dessa forma a equipe iniciou a construção do primeiro gol da partida (marcado por França).

Logo, em muitos momentos Matheus França emulou movimentações de Arrascaeta; já em outras situações atuou como Lázaro. Assim, o jovem a cada dia mostra que pode ser um autêntico ‘camisa 10’, que não só consegue realizar associações curtas e ditar o ritmo da equipe, como também tem força e explosão para ser acionado em velocidade com espaço.

Onde França pode atuar em seu máximo desempenho?

Por fim, algo fica claro: Matheus França é um jogador com um potencial gigantesco de evolução. Dado o curtíssimo tempo de carreira, ainda não se sabe em que região pode pode extrair o máximo de sua qualidade.

No entanto, já é possível identificar que possuí maior facilidade para atuar no corredor central, como volante ou meia central. Assim, seu desenvolvimento atuando nessa faixa do campo é muito interessante, pois o estimula a realizar diferentes movimentos com bola.

Cabe a Dorival Jr. seguir buscando soluções para utilizá-lo em campo, bem como França manter sua evolução vestindo o manto rubro-negro.